Mi Padre

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Já se passou um mês desde o casamento e 2 semanas desde que você encontrou o fragmento.

Duas semanas inteiras de questionamentos torturantes sobre o que isso significava. Você queria ver a visão completa, tentando ser otimista de que era uma visão antiga ou talvez algo não tão sério.

Sempre que possível, você o tiraria do bolso e o examinaria. A imagem estava quase quebrada, girar e olhar para ela de certos ângulos faria com que as coisas mudassem e desfocassem na peça tridimensional.

Houve momentos em que você sentiu vontade de perguntar a Bruno, com certeza, ele entenderia sua preocupação. Mas toda vez que você ia perguntar, tinha medo de quebrar a confiança que havia começado a construir com ele.

Durante o mês passado, vocês dois estiveram se dando muito bem. Evitar a aldeia na maioria dos dias significava que você se pegaria conversando com membros da família Madrigal. Você passou a gostar de todos os outros membros da casa, e Bruno, por ser a pessoa com quem você falava todas as manhãs, ao descer as escadas fazia você se aproximar.

Você o consideraria um amigo íntimo se ele ainda não tivesse o título de seu marido.

Dizer a ele que você entrou furtivamente em sua sala de visão sem permissão pode prejudicar seu relacionamento, e você não queria começar as manhãs em uma caminhada estranhamente silenciosa descendo o quilômetro de escada.

Na verdade, vocês dois estavam tendo uma conversa muito profunda sobre o drama que gira em torno da aldeia agora.

-E o que ela disse?-Você pergunta, intrigado em saber o que Bruno sabia.

-Ela disse que não poderia se casar com ele porque descobri que está apaixonada pelo primo!-Bruno revela dramaticamente.

-Qual deles? Carlos tem tipo um bilhão de primos!

-Gabriel-responde Bruno.

-Gabriel?-Você dá a ele um olhar confusa-Mas Gabriel é primo dela também!

-Eu sei!-Bruno diz, com a voz cada vez mais alta-são todos primos!

-Uau-você se recosta em puro estado de choque, tanto drama que acontece que você parece nunca ouvir falar. Bruno, por outro lado, parece saber muito e geralmente sabe o que acontece com seu dom precognitivo.

-Então você sabe como...

Você foi interrompid por uma batida na porta.

Tanto você quanto a atenção de Bruno se voltam para quem estava fora da casa dos Madrigal. Vocês dois pareciam um pouco estranhos para se levantar da cadeira e responder quem estava batendo sozinho.

Então, em vez disso, vocês dois foram ver quem estava batendo no meio do dia.

Abrindo a porta, você se viu olhando para um rosto familiar que não gostou de ver.

-Papa?

De todas as pessoas que você pensou que poderiam estar na porta, você não esperava seu pai.

-Ei, pomba- Seu sorriso parecia um pouco grande.-Bruno-ele reconhece seu marido, que parece tão surpreso quanto você.

-Senhor-Bruno responde em um tom nervoso.

-Só pensei em dar uma passada para ver como vocês dois estão,- ele ri. -Ei, eu estava pensando, que tal vocês, crianças, virem jantar amanhã à noite?

Você podia sentir seu corpo empurrando para trás a sensação de gritar 'NÃO' no segundo que ele disse, mas você não poderia fazer isso. Ele era seu pai, afinal, você não tinha muita escolha quando se tratava dele.

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