Ayuda - Ponto de vista do Bruno

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Era de manha.

Eu olho para o lado ao acordar e não a encontro.Muito pelo contrário. Ela já parecia ter se levantado a muito tempo.

Eu me viro, ficando de barriga para cima e encarando o teto, apenas pensando no que poderia ter acontecido se eu não chegasse a tempo de acabar com o infortúnio que ela passou ontem.

Eu imaginaria que algo assim jamais aconteceria.

Coloquei minhas mãos sobre o rosto, soltando um suspiro.

Mais um dia.

Mais um longo dia.

Ao me sentar na cama, noto uma mancha vermelha no lençol.

Talvez ela estivesse machucada, ou se aquele maldito homem havia feito algo a mais que não pude notar a distância.

Me levanto com um tom de preocupação. Retiro a roupa de cama, a ajeito.

Normalmente, ela faria isso com minha ajuda.

Fui para fora da caverna esperando encontrá-la, mas algo me dizia que ela não estava lá...

Desço a grande escadaria que tem em meu quarto com um pouco de pressa esperando esbarrar Nela.

Mesmo nesse longo caminho que sei que ela faria longas pausas para descansar, não a encontrei.

Ao sair do quarto, dou uma volta pelos corredores da casa, a espera de algo que possa me levar até ela.

Normalmente, ela não saia pela manha.

Talvez estivesse na floresta.

Saio de casa em direção ao matagal verde. Apesar de não saber bem se ela estaria lá, apenas segui.

Nada.

Apenas não a encontrei.

Por mais doloroso que seja ter que ir para o vilarejo, eu o fiz.

Vesti meu capuz e corri em direção a cidade.

Mais uma vez nada.

Um grande e enorme nada.

Ao voltar para casa, passo pela cozinho, ouvindo a voz dela conversando com Julietta:

" Estou com muitas dores, sintoe envergonhada. Se Bruno ver que estou assim, talvez ele reaja mal." Ela dizia.

" Tudo que você deve fazer é ter uma conversa com ele.Bruno não sabe disso com certeza. Mi hermano és muy tapado" Julietta  aconselhou.

Eu não sei como reagir. O que ela poderia estar escondendo ?

Dei a volta indo em direção ao meu quarto, quando passo pelo quarto de Pepa.

Ela estava discutindo com Félix algo que eu não conseguia ouvir. As vezes queria ter uma super audição e escutar muito.

Pepa passa furiosa por mim sem ao menos me olhar. Apenas sigo até Félix esbarrar em mim.

- sinto mucho, cunhado, estou com pressa!

Seguro seu ombro por alguns segundos:

- Félix, eu preciso de.um conselho...de homem...

- ahhh- ele deu um sorriso malicioso- Problemas com la Chica ? - ele ri.

- eu não sei...ontem um homem ... Meio...que ...sabe...a agarrou. E hoje vejo uma mancha de sangue na cama...- ele me interrompe:

- eu iria até o maldito...sinto mucho cunhado, tenho que me resolver com Mi vida! - ele correu.

Ir até o maldito ?

Eu já odiava ir a cidade, mas dar ainda mais motivo para me odiarem?

Pare Bruno!

Isso é por maltratar mi esposa.

Novamente sai indo em direção ao mercado. Passei pelas bancas a procura dele. Do maldito homem sem respeito. Ao avistar sua banca, me aproximo.

Estava zangado.

Ele apenas corre para trás da bancada se afastando de mim.

- eu lhe disse que se fizesse algo lhe daria uma visão que não gostaria de ver- eu cuspo.

- do que está falando,lazarento ?Eu nem sequer falei com sua mulher lamentável. Ela está em um estado que só mesmo você para achar que serve de esposa. Já que ninguém jamais pensaria em se casar com você...- ele murmura- Por isso que uma moça bonita como a filha de Fernandez só estaria com você por comprometimento.

Ele vai me pagar.

- Tu no tienes medo ?- agarro seu colarinho.Sinto muitos olhares a minha volta, mas isso é a menor de minhas preocupacoes.

- não sei do que fala. Se for por falar dela estar lamentável, acredite, vou repetir cada vez mais.

Eu lhe dou um soco.

- você a machucou.

Estava com as mãos suadas e bufava de raiva.

- não se dirija a ela e nem mesmo a nenhum Madrigal.Cerdo Suho!

Eu volto para casa, olhando a volta, me sentindo corajoso e sem hesitar.

Jamais teria feito algo assim.

Eu não sei como...

Eu não sei...

Entrei em casa, e encontrei Félix sentado junto a Augustín, eles pareciam estar falando de algo que eu jamais entenderia, quando Augustín acena para que eu me aproxime.

- Bruno, sente- se conosco.

Eu o faço.

Ao me sentar junto a eles, eles sorriem.

Isso nunca aconteceu.

- estávamos falando de nossas mulheres.- ele complementa.

- Pepa está em uma semana terrível. Eu não aguento suas mudanças de humor. As vezes chuva, as vezes trovões. Eu tenho vontade de chorar! - Félix fala tapando a testa com sua mão, enquanto balançava a cabeça.

- Julietta também não é fácil.Eu ainda não moro com ela, mas apenas de visitar já consigo sentir medo de sua carência. Com a gravidez está cada vez pior.- ele suspira- e enquanto s/n?

Eu apenas fico com dúvidas.

A que estão se referindo ?

- do que estão falando? - eu indago.

- não sabe ? - Félix se levanta expressando sua surpresa.

- não...

- Bruno, mulheres...são...seres que tem uma natureza diferente.Elas ...menstruam.- ele fala baixo- elas sangram uma vez ao mês. E isso é uma tortura.- ele joga o pescoço para traz.

Eu acho que não fiz certo.

Mas mesmo assim, aquele desgracado mereceu.

Perdão Deus, perdão.

Me levanto ainda apavorado.

Então o sangue não era de um machucado, mas da sua natureza ?

Isso é muito complicado de se entender. Eu apenas vou fingir que não sei.

Mas enquanto a dor que ela estava sentindo.

Eu vou para meu quarto. Ao entrar, encontro s/n sentada na cama lendo um livro. Não estou muito interessado no que ela lê.

- Hola Bruno. Onde esteve ?- ela pergunta.

- eu apenas fiz algumas coisas...era..Hum- eu ronco a garganta- então... Eu ouvi você na cozinha. Está com ...dor ?

- isso já passou. Julietta me deu um pedaço de seu bolo curativo.

- okay...

- olha não se preocupe. Estou bem.

Eu assenti com a cabeça.


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