Capítulo 50

36 2 0
                                    

Estava frio naquele lugar, era um alto de uma montanha estranha num planeta estranho. Eu já conseguia visualizar o Thanos com a Gamora perto da beira do precipício, sabia que tinha que fazer alguma coisa.

— O universo te julgou, você queria um presente, aí ele disse não! — Ouvi a Gamora falar e estranhei quando Thanos permaneceu calado. — Você falhou...
Enquanto tentava me esconder para o plano dar certo, eu comecei a sentir uma sensação estranha dentro de mim, minha cabeça começou a doer.

— E quer saber por quê? Porquê não ama nada! Ninguém! — O momento certo para atacar Thanos era quando ele fosse fazer algo contra a Gamora para pegar a jóia da alma, eu sabia quando deveria agir, mas algo me impediu de avançar.

— Que merda, agora não... — Sussurrei pra mim mesma quando percebi que a dor ficava mais intensa. E num instante eu comecei a perder a visão, fui andando discretamente pra longe da vista deles e me apoiei numa rocha, eu já não enxergava as minhas mãos.
Foi questão de segundos pra que eu deixasse de ouvir o que tinha ao meu redor, meus sentidos estavam sendo alterados e isso doía demais. Foi aí que despertei dentro da ilusão, não tinha Thanos e nem Gamora, mas sim a minha mãe e o Tio Clint, na beira do precipício.
E eu já estive nessa ilusão, digo, nessa visão.

— Acho que nós dois sabemos quem deve ir — Disse tio Clint.

— Tem razão — Afirmou minha mãe.
Eles estavam conversando, de certa forma decidindo quem iria se sacrificar por algo que aconteceu na terra, depois de ficarem sérios eles começaram a lutar e tentar evitar que o outro se jogasse, eu não queria estar vendo isso novamente.
Entrei em pânico quando minha mãe se jogou e tio Clint a segurou, mas eu não podia interferir.

— Não faz isso — Clint disse nervoso, ele queria trazer ela pra cima de novo.

— É a minha hora... — Minha mãe respondeu a ele, tentando parecer calma, do jeito de sempre.

— Não, por favor, não.

— Eu tô tranquila — Minha mãe disse e essas foram suas últimas palavras.

— Não, por favor... — Tio Clint não conseguiu fazer mais nada, pois minha mãe já tinha tomado impulso e se jogado de vez no precipício, eu lá atrás só conseguia chorar e pensar no porque a jóia do tempo me mostrava isso de novo.
A primeira vez que vi esse cenário eu ainda estava na Nova Hydra, mas não sabia quem eram essas pessoas, eu só sei que despertei desse pesadelo chorando muito, e esse é um dos que me fazem não dormir a noite.

Tio Clint tinha sumido, e eu estava na beira olhando pra minha mãe que tinha se sacrificado pela humanidade, talvez por mim, ou pela Tia Yelena, nunca saberei o motivo. Apenas tinha em mente que não podia deixar ela fazer isso de verdade, então por isso disse que viria até Vormir sozinha.

Voltando a minha realidade, rapidamente eu vi Thanos agarrar o braço da Gamora e começar a arrasta-lá, esse era o momento de agir. Sai detrás da pedra e gritei:

— Larga ela, Thanos! — Ele se virou e me encarou, digamos que se encantou ao perceber que era eu, sim ele sabia quem eu era.

— Ora, ora, portadora das jóias, que prazer tê-la aqui.

— Solte a Gamora e vamos resolver isso nós dois.

— Impossível, você não pode me dar o que eu quero.

— Bom, já que você é um cabeça dura... — Esse foi o meu momento de começar a atacar, ativei os poderes de ambas joias e corri até Thanos, lutando contra ele e o distraindo para que Gamora fugisse.

— Gamora, não! — Ele gritou.

— Corra, Gamora, eles estão te esperando na nave — Me referia aos Guardiões.
Luta foi, luta veio, e eu atacava Thanos de forma intensa, sabia que poderia usar toda força dos fragmentos das jóias como a força física herdada e dada pelo soro da Nova Hydra, estava sendo difícil derruba-lo, mas eu ia conseguir tempo.

Agente Rogers Romanoff  [+16]Onde histórias criam vida. Descubra agora