Capítulo 55

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— Nathalie, o que você tá fazendo?

— Eu não sei quem é você — Eu disse o socando no rosto.

— Não precisa fazer isso...

— Não, eu tenho uma ordem, não posso descumprir — Falei tirando uma arma e apontando pra ele.

— Lembre de mim, lembre do que me prometeu — Ele dizia com a voz trêmula, enquanto gemia de dor.

— Não sei do que está falando, Soldado Invernal.

— Você me prometeu me amar, mesmo que não estivesse do meu lado. No amor não se faz isso!

— Acontece que... eu não amo você.

Acordei num desespero, como se nitidamente tivesse escutado o som da arma disparando. Enrolada nos lençóis, respirando ofegante, não sentia o ar preencher os pulmões. Olhei pro lado e Bucky estava dormindo ainda, não tinha notado que eu acordei assustada com mais um pesadelo. Vi que já estava de manhã e levantei para tomar um banho e desci pra ficar sentada num banco no jardim atrás do palácio, local que eu fui muito nos últimos dias lá em Wakanda, lendo.

— Oi maninha, tá tudo bem?

— Ah, oi Nala, estou bem sim.

— Você tá lendo.

— Eu leio sempre.

— Não quando seu namorado está no quarto.

— Ah, cala a boca.

— E... você vem pra cá quando tá chateada, me diz o que foi?

— Os pesadelos voltaram com toda força nos dois últimos dias.

— Algo diferente do comum?

— Em todos eles, eu revivi momentos de tortura e mortes de pessoas próximas a mim. Mas dessa vez... dessa vez, eu matei o Bucky. E eu não me lembrava dele.

— Nath, ei! Isso não vai acontecer.

— Eu não posso arriscar, eu tenho que proteger ele...

— Proteger quem? — Perguntou Bucky chegando perto de nós.

— A gente se vê mais tarde, Nath — Nala falou saindo e nos deixando sozinhos.

— Você não estava na cama quando acordei, de novo.

— Eu precisei sair.

— De novo esse papo?

— Vai brigar comigo de novo por besteira? — Atualizando vocês, estamos em Wakanda já há alguns dias e desde quando eu voltei a ter esses pesadelos, tenho afastado Bucky.

— Não é besteira, você tá estranha.

— Não quero discutir isso com você mais — Falei levantando indo em direção ao quarto, Bucky como um bom briguento, veio atrás de mim cheio de ódio.

— É sério que você vai dar as costas pra isso e fingir que nada está acontecendo.

— Mas não tem nada acontecendo!

— Mentirosa.

— Isso tá virando uma maluquice da sua cabeça. Tá vendo coisa onde não tem, já tem dois dias nessa agonia.

— Está bem — Ele falou entrando no quarto e fechando a porta.

— Ah pronto, vai fechar a cara pra mim e é isso?

— Eu não quero discutir mais.

— Mas é chato, viu — Eu disse sentando na cama, ouvi meu celular alarmando, era uma notificação da Shuri me avisando que a Ayo me esperava — Tenho que ir...

Agente Rogers Romanoff  [+16]Onde histórias criam vida. Descubra agora