CAPÍTULO 6

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Jade passou a semana correndo por todos os lados procurando um emprego fixo mesmo que não fosse no seu ramo, as coisas iam de mal a pior em Marley, as sequelas do estrondo foram piores do que pareciam e aquele país que foi uma grande potência estava decaindo cada vez mais por mais que todos o tentasse levantar.

Não teve contato com Levi no decorrer da semana, ainda se sentia envergonhada por aquela cena no consultório, mas ao mesmo tempo tinha consciência de que fora algo bobo e aquele sentimento era irrelevante, o que a fazia questionar do por que se sentir assim.

Na quarta-feira daquela semana saiu para fotografar o aniversário de quinze anos da filha de um dos líderes políticos de Marley, isso lhe rendeu algum dinheiro para ajudar seus pais em casa, mas sabia que não dava pra viver de bico, ainda mais naquela situação. Então na quinta levantou mais cedo que o normal decidida que não retornaria para casa enquanto não encontrasse um emprego fixo. Por enquanto as fotografias seriam apenas uma renda extra.

Depois de meio dia procurando por um emprego Jade parou para comer alguma coisa no mesmo lugar onde antes tomou chá acompanhada de Levi, sentiu falta das conversas com o amigo. Pediu um café forte para se manter enérgica na procura e um pequeno pão, comia devagar observando as pessoas passarem pela rua naquele dia ensolarado, foi então que viu Levi andando com um novo livro em mãos, provavelmente retornando da livraria que era perto dalí. Ele parecia muito melhor, ainda se apoiava nas muletas mas era visível que elas não seriam necessárias por muito mais tempo, Jade sorriu pequeno por ver que as coisas estavam progredindo.

Levi estava focado em seu caminho olhando fixamente para frente, não havia visto a garota. Jade não estava a vontade para falar com ele, por mais que sua cabeça gritasse para que a moça o chamasse, a moça então apenas ignorou sua mente e abaixou a cabeça fingindo não ter visto nada, sabia que mesmo se o Ackerman a visse no café não se aproximaria para conversar pois era extremamente fechado e tímido.

-Droga! Preciso resolver essa outra pendência na minha vida -reclamou sozinha se lembrando do motivo idiota de estar evitando o mais velho.

Quase no fim daquele dia, já cansada da busca sem sucesso, Jade parou em frente a uma pequena floricultura não tão longe do café onde "almoçou", respirou fundo e sorriu ao ler a placa de: "Procura-se atendente". Respirou fundo antes de entrar, só de saber que o local estava contratando já era um avanço e um ótimo sinal, todos os outros estavam demitindo e não contratando, então a moça não havia tido sequer uma chance durante todo aquele dia de procura.

­-Olá, bom dia! -disse Jade para a mulher que se encontrava no balcão. Esta aparentava ter uns trinta e cinco anos e segurava um bebê eufórico nos braços.

-Oi, bom dia! -respondeu simpática.

-Eu vi o anuncio lá fora de que vocês precisam de uma atendente, se ainda estiver vaga eu estou interessada -Jade.

-Claro! Desde que o Henry nasceu não tenho dado conta de ficar o dia todo aqui com ele, não são as melhores condições para se ter funcionários mas eu realmente preciso -sorriu- Você tem alguma experiência?

-Na verdade não, eu trabalho com fotografia. Trabalhava. -sorriu sem graça -Mas com tudo que aconteceu não tenho encontrado emprego nesse ramo. Mas eu posso me adaptar com as coisas aqui bem rápido.

-Não tenho um ideal de funcionário, e o trabalho é simples, você aprenderá bem rápido. Quanto ao salário devo dizer que não é grade coisa, você sabe como as coisas estão na cidade e a renda aqui não é tão grande também. Mas garanto que você receberá toda semana -Jade concordou. Sabia que estava sendo difícil para todos.

After Chaos | Levi AckermanOnde histórias criam vida. Descubra agora