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05 de Setembro, 1998Diário,

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05 de Setembro, 1998
Diário,

Aparentemente, estão me pedindo para não usar muitos palavrões. Pois os bebês não acham agradável tê-los escrito.

Olha só, eu quero é que se fodam, tudo bem? Não acham que isso já é pedir demais? Querem que eu escreva na porra de um livro meus pensamentos mais profundos. Então aqui está, caralho. Não é o que pediram? Se não gostam da aparecia da minha consciência, então me tirem dessa porra de colaboração.

Vou ter que repetir. Não quero a ajuda de vocês inferno. Não quero e nem preciso de nada disso. É uma porcaria inútil pra caralho.

"Que diferenças você vê em si mesmo após a ocorrência do seu trauma?"

Que porra é essa? Quem escreveu essa merda. Agora estão requerindo que eu responda mais um dos seus patéticos questionários?

Está bem, vou entrar nesse joguinho.

Trauma. Isso é ridículo. Eu não passei pela porra de trauma algum. É da Guerra que está querendo dizer? Porque se for, o trauma com certeza não foi só meu. Aquela porra dizimou milhares de bruxos, ou já se esqueceu? Destruiu milhares de lares. Aposto que ela o traumatizou também! Então cale essa boca.

Eu não durmo e minha cabeça lateja. Meu braço arde que nem o inferno e eu adquiri uma fascinação por não querer ao menos olhar na cara de alguém.

Espero que isso seja o suficiente. Estúpido livro.

Draco Malfoy.



O reflexo dela ainda estava um pouco embaçado pelo banho. Astoria franziu o cenho com o que viu.

De fato, os olhos verdes era o que chamava mais atenção em sua aparência. A garota se olhava no espelho e via apenas o veneno verde escorrendo entre a íris profunda.

Havia rubores em sua bochecha, pelo calor da água aquecida. E os lábios também exibiam um vermelho natural.

Os cabelos pretos como ônix estavam completamente lisos por terem sido molhados. Mas ao decorrer do tempo ainda formaria pequenas ondas nas pontas.

Mas diferentemente de como sua aparecia a apresentava, ela estava exausta.

Aqueles dias tinham se desintegrado por debaixo dos próprios olhos. Era como se Astoria apenas assistisse os dias passarem por trás de um copo de vidro.

Ela era uma estranha. Era como se enxergava. Porque todos continuavam rindo.

Vivendo como se nada tivesse acontecido. Como se naquele mesmo lugar onde agora jantavam e riam e conversavam sobre nada, nunca tivesse sido palco para o massacre de alunos que ao menos atingiram idade madura.

𝐋𝐚𝐭𝐢𝐛𝐮𝐥𝐞 ; drastóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora