𝐋𝐗𝐗𝐗𝐕𝐈𝐈

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ḳᖇḭṈຮtḭṈ

O resto do dia se resume em eu e o Payton comendo e assistindo filmes no celular dele dentro do carro,agarrados um ao o outro,como se nunca fôssemos sair dessa nossa bolha.

— Temos que ir para casa,amor — ele me olha e vê o horário em sua tela.

— Sim,temos — sorrio e beijo seu rosto,deixando vários selinhos nas suas bochechas e queixo.

— Eu te amo,ok? — digo segurando seu rosto e dando visão para seus olhos castanhos me enxergarem.

— Isso soou tão triste...como uma despedida amor,o que você quis dizer? — ele me olha preocupado,mas a verdade é que nem eu sei,hoje eu acordei com um mal pressentimento,meu estômago revirando e minha mente embaralhando qualquer pensamento bom que viesse átona,e eu não faço a mínima ideia do que seja,no começo do dia eu quis ignorar isto e continuar a minha rotina normal,para que esse sentimento sumisse,mas agora parece que cada hora que passa o meu peito arde e se afunda em um medo e angústia.

— E...eu não sei,Payton,eu só quero que você tenha certeza absoluta,sem sombras de dúvidas,que eu sou sua,e que eu te amo,eternamente,meu coração escolheu você,minha alma escolheu você,e eu nunca vou me cansar de te amar,de te ter ao meu lado,porque eu simplesmente sou totalmente apaixonada por você — Payton continua vidrado em mim.

— Kristin,eu não estou te entendendo — ele acaricia minhas bochechas.

— Eu só quero que você nunca duvide do meu amor,é apenas isso...está tudo bem,meu amor — sorrio para ele,segurando o choro constante que toma meu peito e minha garganta.

— Eu te amo,você é a minha vida! — ele me beija,um beijo necessitado,mas também com muito amor.

— Vamos para casa,vamos descansar — indaga quando se afasta de novo,mas deixando um beijo no meu nariz.

— Vamos,amor — digo sorrindo para ele.

{...}

Depois que chegamos em casa,eu e o Payton,ficamos na sala com o meu irmão e o Ryland,jantamos e depois assistimos a um jogo de basquete. Agora eu estou deitada na minha cama enquanto o Payton joga videogame com os meninos lá na sala.

Sobressalto da cama e vejo no relógio que são exatamente 3:35 da manhã,bufo e antes de sair da cama para pegar um copo d'água,eu deixo um beijo nas costas nua do meu namorado,fazendo ele resmungar e abraçar o travesseiro,fico esperando ele acordar e descer comigo para beber água,mas isso não acontece e como minha garganta está seca,mas mais tão seca que até meus lábios estão ressecados,eu saio da cama de vez e abro a porta do quarto. Um arrepio corre pela minha espinha e um pressentimento ruim correndo ainda mais rápido pelas minhas veias sanguíneas,resisto a esses sentimentos,me enrolando mais em meu roupão já que meu pijama é curto e o tempo esfriou agora de madrugada,eu desço as escadas com um certo receio em meu peito,mas tento não dar muito ouvidos a isso,pois eu realmente acho que isso tudo é besteira.

Chegando na cozinha eu abro o armário e pego um copo,enchendo d'água e tomando de uma vez,mas começa a ser uma missão quase impossível controlar a minha mente,então eu decido fazer um chá de camomila,minha mãe sempre me ensinou que com um chá tudo se torna melhor,tanto os sentimentos,como o corpo humano,um chá quente relaxa seus músculos,órgãos,fazendo assim,com que a sua mente vá se desligando,te causando sono,e é exatamente disso que eu preciso agora,sono,dormir,e dormir muito. Então eu pego uma das minhas xícaras favoritas,encho ela com água e a coloco para ferver no microondas porque vai mais rápido,depois eu me viro para a bancada,procurando ali em cima o meu chá de camomila,pego o saquinho com a erva,mas logo me viro novamente e pego outro saquinho com erva cidreira,pois eu quero sentir sono,muito sono,mas logo,porque eu quero voltar a dormir ao lado do meu namorado.

Bocejo e tiro a xícara do microondas quando ele está perto de apitar,mas eu não quero fazer barulho,então eu tiro 2 segundos antes,colocando as ervas em um sachê e deixando-o boiar na xícara,arrasto a mesma até o balcão e me sento ali,esperando agora o chá esfriar. Depois que o tomo  eu lavo a pequena xícara e bebo mais meio copo d'água,mas quando estou prestes a sair da cozinha eu ouço o barulho de uma das portas que dão para o jardim bater,revirando os olhos eu caminho até lá,me perguntando por que caralhos o Bryce deixou aquilo aberto,ele tem essa mania,mas porra,que saco,eles ficaram até tarde aqui em baixo,porém antes mesmo que eu pudesse fechar a porta,eu vejo uma sombra no jardim,fazendo com que o meu corpo congele e eu me esconda na despensa,segurando a maçaneta e fechando os olhos com medo,aquele medo de hoje mais cedo,parece que está me consumindo agora,sei que se eu gritar seja lá quem for que estiver ali,vai me escutar e com certeza eu estou em desvantagem agora,pois todos os meninos estão dormindo em seus quartos,meus gritos demoraram para fazer efeito nessa casa,então o meu plano é ficar aqui,com a porta trancada,abraçada nos meus joelhos e segurando a maçaneta.

Ouço passos firmes tocarem no piso de madeira,fazendo meu coração saltar para a minha garganta,meus olhos já cheios d'água e meu peito doendo e ardendo em medo e desespero,juro que não sei o que fazer,tampo minha boca porque o choro que quer tomar conta de mim seria estrondoso,mas mesmo assim alguns soluços vazam de mim.

Kristin,você está aqui! Não se preocupe,minha princesa,tudo vai ficar bem — meu coração se acelera com suas palavras,minhas pernas bambeiam e meu estômago está prestes a sair pela minha boca,minha visão ficando turva e minha garganta perdendo a força.

𝐘𝐨𝐮 𝐚𝐫𝐞 𝐦𝐲 𝐥𝐚𝐬𝐭 𝐡𝐨𝐩𝐞/ᴘᴀʏᴛᴏɴ ᴍᴏᴏʀᴍᴇɪᴇʀOnde histórias criam vida. Descubra agora