𝐋𝐗𝐗𝐗𝐕𝐈𝐈𝐈

56 3 0
                                    

⋆ ƿѧʏṭȏṅ

Eu e Bryce descemos as escadas correndo,meu corpo inteiro em instinto defensivo,paramos na frente da porta do jardim,Bryce corre pela cozinha,gritando e quebrando os vidros dali,eu corro até o jardim e vejo ela,Kristin,sendo levada,ela está nos colos de um homem alto,encapuzado,vestido todo de panos negros.

— SOLTA ELA! — eu grito e corro até eles,a porta do carro é aberta e ela é jogada sem cuidado nenhum ali,fazendo meu coração se apertar e sangrar.

— Vai embora — ele se aproxima e me joga na grama,seu corpo pesando sobre o meu e sua respiração profunda batendo no meu rosto.

— O que você quer? Quem é você? Quer dinheiro? Quanto? — tento me desvencilhar dos seus braços e ele me segura ainda mais firme em baixo de si.

— Eu não quero nada,nada que venha de você,eu quero ela,ela sempre foi e sempre vai ser tudo o que eu sempre quis — ele ri e me solta,antes de eu conseguir soca-lo ele aponta uma arma para mim.

— Vai para dentro — ele balança o objeto sem jeito.

— Nem fodendo,você é maluco? — continuo ali parado,e ele ri alto agora tirando o capuz que tampa seu rosto.

— Vocês me chamavam assim — ele arruma seu cabelo e guarda a arma no bolso.

— Blake? Por que? Cara,por que você tá fazendo isso com ela? — me aproximo e ele me empurra.

— CALA A BOCA! — grita alterado e tremendo.

— BLAKE! FILHO DA PUTA,DEVOLVE A MINHA IRMÃ — em um instante Bryce está no jardim,passando por mim e indo em direção ao Blake.

— Não,não chega perto,Bryce,ele tá armado — digo e Bryce para,me olhando sem reação.

— Parece que eu venci isso — Blake sorri e entra no carro.

— MERDA! — Bryce grunhi com as mãos no cabelo.

— Vamos atrás dele — me levanto e o mesmo assente.

Eu e Blake ligamos para a polícia e a Avani,mas a garota parece não estar atendendo as ligações,até que em uma das tentativas o Anthony atende Bryce,ele parece estar chorando,desesperado,disse que chegou a casa dela e tudo estava aberto,a porta de seu quarto estava bamba,sua janela despedaçada no carpete marrom e a garota não estava na cama,tinha manchas de sangue nas escadas e um bilhete escrito apenas "Gray.B" e então ele chamou a polícia,depois de ver tantas ligações perdidas nossas no celular da garota ele resolveu nos ligar,mas com todo o seu relato o meu estômago se revira e eu saio da sala onde estão policiais e o Bryce,eu caminho até o jardim onde foi a última vez que eu a vi e a dor de imaginar perdê-la me toma,na calçada está o pai dela abraçado com a mãe falando com um agente do FBI,esse caso só está sendo tão levado a sério porque a mãe da Kristin é uma ótima e reconhecida advogada.

Meus pés se afundam na grama e eu caio,já cansado e totalmente perdido,parece que em minuto em tinha tudo e no outro eu já não tinha mais nada,ela estava o dia todo se despedindo de mim,ela estava se sentindo mal,ela pressentiu isso,e eu não a escutei,não fui um bom namorado para a minha garota,um grito idiota e fraco vaza das minhas cordas vocais surradas de tanto eu segurar o choro,chamando a atenção dos pais e do agente,rapidamente a mãe de Kristin corre até mim e apoia a minha cabeça em suas pernas,acariciando meu cabelo em quanto suas lágrimas caem sobre o meu pescoço.

— Vamos achá-las,Payton — o pai diz e eu apenas solto um soluço alto.

— Tudo bem,eu estou com você,estamos juntos — a mãe da Kristin me abraça e soluça em mim.

— Eu quero a minha namorada,eu a quero de volta,quero casar com ela e ter filhos,eu quero que possamos realizar nossos sonhos juntos,eu a quero aqui e agora — suplico e o agente me olha cabisbaixo.

— Vamos achar ela,rapaz,não perca a fé — ele assente com a cabeça para os dois ao meu lado e sai até sua equipe.

— Vamos pegar ele — um policial sai da casa com um celular na mão e nos mostra uma gravação de uma das avenidas perto da estrada para sair de Los Angeles.

— Provavelmente ele não é tão burro o quanto pensamos,mas também não é tão inteligente,ele quer fugir com elas,vimos as garotas em um estacionamento também,ele estava abastecendo o carro todo encapuzado em quanto elas estavam abraçadas na calçada com uma garrafa de água ao lado — ele nos mostra a cena e sinto que todos respiramos aliviados.

— Vamos buscar eles — o agente do fbi volta.

— Eu posso ir? — pergunto a mulher e ela assente.

— Certo,garoto,se mantenham longe da cena,mas também estejam preparados para tudo,principalmente a senhora — diz olhando para a mulher a metros de distância da gente,a mãe de Blake,eu não sei quando ela chegou,mas ela está aqui e parece ser útil para capturar ele.

— Certo — ela sunga o nariz em seus dedos e me olha.

— Eu sinto muito — implora para nós e se desmancha em lágrimas rapidamente.

𝐘𝐨𝐮 𝐚𝐫𝐞 𝐦𝐲 𝐥𝐚𝐬𝐭 𝐡𝐨𝐩𝐞/ᴘᴀʏᴛᴏɴ ᴍᴏᴏʀᴍᴇɪᴇʀOnde histórias criam vida. Descubra agora