𝐋𝐗𝐗𝐗𝐈𝐗

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ḳᖇḭṈຮtḭṈ

— Blake,não faça isso — peço quando vejo ele estacionar o carro perto de uma floresta ao norte.

— Cala a boca,vamos andando — diz e arranca eu e Avani do carro com violência.

— Eu vou andando atrás de vocês porque se alguma torcer os pés para fugir eu atiro! — ameaça e nos ficamos em silêncio.

— Por que você está fazendo isso? — Avani com a voz rouca o questiona.

— Porque sim — ele nos empurra e eu quase tropeço quando ouvimos o barulho de uma sirene.

— CORRAM PORRA,ANDA — ele nos puxa pelos braços e nos enfia dentro de uma parte da floresta.

Blake tem as mãos trêmulas e seus olhos marejados,mas eu o odeio,e Avani também o odeia mais que nunca e eu posso ver isso nos olhos da minha melhor amiga. Nós nos assustamos quando ouvimos gritos vindo da parte de trás da floresta,eu penso em gritar,mas antes mesmo a arma de Blake está pressionada com força no meu quadril e meus olhos ardem quando as lágrimas descem,mas Avani me olha em pânico,ela quer gritar,eu vejo isso,principalmente quando ela ouve a voz de Anthony,e meu coração dispara da mesma forma quando ouço a voz do Payton,meu choro é mais dolorido ainda.

— Olha só,vieram os namoradinhos — Blake empurra Avani para o chão e não demora mais de 3 minutos para que Payton e Anthony a vejam ali.

— Você vai ficar caladinha porque a gente vai dar a volta — ele me puxa e tampa a minha boca.

— Eles não vieram sozinhos,óbvio que a polícia está ai — resmunga sozinho e eu só consigo focar em toda a dor que eu estou sentindo agora.

— Blake! — uma voz feminina o faz travar.

— Minha mãe — ele murmura e parece querer me deixar ali mesmo.

— Por favor,Blake,solte a Kristin e vamos para casa — a mulher grita de alguma parte da floresta.

— Vamos,continua andando — ele me aperta,suas unhas cravando minha pele e fazendo meu braço sangrar.

— Blake!! Pare já — um policial moreno diz quando passamos por um caminho desflorado.

— O que? Vai atirar em mim? — pergunta e atrás do policial surge mais dois e três agentes do fbi,mais para trás eu vejo o Payton e meus pais.

— SOLTA ELA — Payton passa por todos em um segundo e Blake me coloca em frente ao seu corpo e aponta a arma na minha cabeça.

— Longe,Payton,longe — ele sussurra e Payton parece não respirar.

— Para — choro e Blake aperta posiciona o dedo no calibre e minha mãe grita.

Em um instante eu ouço dois disparos,mas meus olhos já estavam fechados,e eu demoro para retornar em mim porque o barulho foi estrondoso o suficiente para fazer eu me perder em mim,quando abro meus olhos Payton está me olhando com os olhos arregalados,Blake está gemendo no chão e quando eu ia andar até o meu namorado as minhas pernas vacilam,eu sinto uma dor imensa e insuportável no meu quadril e vejo uma mancha de sangue enorme no meu pijama branco,mas antes que eu pudesse dizer algo minha mãe está me segurando nos seus braços,não sei como ela chegou tão rápido,mas chegou,Payton ainda está estável e eu,eu estou perdendo as forças,o cansaço e a dor começam a tomar conta de mim.

— PAYTON! — minha mãe grita e meus olhos vão até o mesmo.

— Acho que ele também foi atingido — diz um policial se aproximando do corpo do mesmo,em um instante minha dor física some e sobra apenas a da alma.

Antes que minha mãe pudesse me segurar com mais força eu rastejo até o mesmo,meu namorado entregue ao chão e lágrimas escorrendo pelos cantos de seus olhos.

— Fica co...comigo — travo ao sentir uma fisgada forte no estômago.

— Liga para a emergência!! — um dos agentes diz.

— BLAKE,BLAKE!! — ouço os gritos atrás de mim.

— Acho que ele disparou sem querer,amor — Payton sorri fraco e eu o beijo.

— Vai se cuidar,fica quietinha — pede e eu nego me deixando tomar pelas lágrimas.

— Eu só fico viva se eu tiver você ao meu lado — olho o seu sangue manchando seu moletom e eu puxo o tecido para cima.

— Kristin,para — pede e eu o olho incrédula.

— Vai me dizer que...que todos os planos juntos foram em vão? Você vai lutar!! — aumento o tom de voz e seus olhos se fecham.

— Eu vou,Kristin,eu vou — sua mão gelada se entrelaça na minha em quanto sua cabeça está apoiada nas minhas pernas que eu não sinto mais.

— Eu te amo,Payton! — sussurro quando meus olhos começam a se fechar.

— Eu sempre vou amar você,Kristin,sempre! Você sempre será a minha garota — ele ri e geme quando a dor aumenta.

— Se você for morrer eu quero ir junto,eu não vou lutar contra a morte — fecho os olhos já não aguentando a intensidade da dor e Payton aperta minha mão.

— Lute por nós dois! — geme.

— Não — indago cansada e sinto as mãos de minha mão envolverem meus ombros.

— Não fechem os olhos,por favor — ela chora.

— Tudo bem,mãe — abro os olhos e a encaro — o Payton cuidou tão bem de mim aqui,por que você acha que ele não cuidará de mim do outro lado? — rio cansada e ela beija minha testa em quanto sua outra mão está segurando a outra mão do meu namorado.

— Não diga besteiras — ela sorri passando a mão nas minhas bochechas.

— Eu quero ir com ele — sorrio e minhas lágrimas caem.

— NÃO! — ela grita e meu pai se ajoelha ao lado do Payton que já está desacordado.

— Sim,mamãe,sim,eu amo tanto vocês,cada um de vo... — de repente um choque é pregado em meu corpo.

Meus olhos fecham e eu estou totalmente no escuro,não sinto nenhum dor e nenhum tipo de medo que possa existir,me sinto bem,mas sinto que tem algo faltando em mim,e então o escuro vai perdendo a força quando eu o vejo chegar até mim.

— Kristin — Payton abre seus braços e eu o abraço firme.

— Nós estamos mortos? — questiono para ele.

— Nós estamos juntos,não era isso que você queria amor? — ele beija minha testa e parece ser tão real.

— Sim,por toda a eternidade — agarro sua mão direita ao lado do meu corpo.

— Toda a eternidade,minha garota — seu sorriso continua radiante e ele me beija mais uma vez.

— Eu disse que te amaria até o meu último suspiro — diz.

𝐘𝐨𝐮 𝐚𝐫𝐞 𝐦𝐲 𝐥𝐚𝐬𝐭 𝐡𝐨𝐩𝐞/ᴘᴀʏᴛᴏɴ ᴍᴏᴏʀᴍᴇɪᴇʀOnde histórias criam vida. Descubra agora