31 de dezembro de 2010
— Rosé, me escute, eu não quero te magoar! Só entenda que nós não damos mais certo, isso já deveria ter acabado faz um tempo. — essas palavras saíam de Karina, eram secas e impacientes.
— Eu não fui suficiente o bastante. — era o que Rosé conseguia dizer, era só isso.
— É por isso que não dá certo! Você só lamenta, lamenta e lamenta. Para mim, chega. Te vejo depois, Rosé. — grossa, furiosa e embriagada de lágrimas, Karina saiu.
Era isso, acabou, mais uma vez. Karina e Rosé tiveram um relacionamento inflexível, sempre foram e sempre voltaram. Mas agora, Rosé tinha certeza que era para valer, ela falou mais sério do que nunca.
Tantos relacionamentos acabados, mais um coração partido para conta. Parabéns, Rosé! Você é a garota com o coração mais partido do mundo, que maneira ótima de se orgulhar disso. A menina estava desabando em lágrimas, sentada no chão enquanto suas mãos tremiam e seu coração quase saia pela boca. Que amor é esse tão angustiante? Isso não é amor.
Rosé levantou e saiu correndo atrás de Karina, a chuva que caia em Nova Iorque era forte e o clima estava gélido, mesmo assim, Rosé só usava um vestido florido. Inclusive, foi Karina que a presenteou com esse vestido, para passarem ano novo juntas. Não adiantou tanto esforço, Karina já tinha ido embora com o carro. O bairro vazio, a chuva fria e Rosé, sozinha de novo.
E desistiu. Rosé agora andava na calçada cinzenta do bairro, luzes piscando que pareciam mais que iam queimar ou explodir, o que fizer mais sentido, e um homem de smoking preto. Seu cabelo era mullet preto, alto, mãos marcadas, fumava e seus olhos? Verdes esmeralda, brilhantes. Encostado em uma parede, se livrando da chuva, riu quando ouviu Rosé pisar na poça de água em sua frente.
— É engraçado, não é? — disse enquanto tirava o cigarro da boca, dando leves batidinhas. — O quão o amor é vazio. As pessoas se apegam demais as coisas que vão, na verdade, tudo vai.
Rosé ignorou, deve ser só mais um bêbado ou um empresário bravo com os negócios falindo.
— Não estou delirando, mocinha. — ele riu, mais uma vez — Sei que está com o coração partido! Foi aquela moça, certo? A que saiu brava no carro.
— É — concordou. — Mas ela tinha razão e eu só não sou suficiente, não sei por quê acreditei que eu fosse.
— Eu posso te dar o que você quer. — Rosé vidrou nos seus olhos assim que ele falou. — O preço não é nada demais, você nem vai sentir falta.
Que tolice, era o que Rosé pensava. A que ponto ela estava de aceitar a proposta de um estranho? Mas a proposta era quase irrecusável, Rosé precisava daquilo. Chega de corações partidos, ela só queria ser o que as pessoas quisessem. Ela queria que as pessoas a vissem da forma que quisessem, que as pessoas pudessem desejá-la. Ela quer ser suficiente.
— E qual é o preço? — A curiosidade de Rosé quase a matou, precisava saber.
— Sua alma.
11 de fevereiro de 2014
Rosé balançou a cabeça quando se tocou que estava lembrando daquela noite, logo ali, na sua festa de aniversário, se é que é uma festa. Sua mãe preparou um bolo e de convidados ali tinha seus pais, seus avôs e Jennie, uma amiga de infância.
Estavam cantando o de sempre de aniversários, enquanto ela se recuperava da lembrança. Só tomou um sorriso simples no seu rosto, bateu palmas de leve e soprou a vela, hora do desejo.
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mandela | chaelisa
Fiksi Penggemar[concluída] sabe quando você tem certeza de que algo é real e não é? desde que rosé entregou sua alma à um pacto, sua vida nunca mais foi a mesma. nem um pouco. era o que ela achava, todos esses anos, até conhecer lisa.