Capítulo 6

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Um homem alto e loiro entrou no prédio da UA, seguido por mais dois homens. Um deles era quase igualmente alto, enquanto o outro era apenas um pouco mais baixo.

Eles seguiram direto para o escritório do diretor. Chegando lá, o loiro começou a explicar o que havia ocorrido.

Toshinori havia saído para comprar mantimentos para o dormitório dos professores em sua forma - apelidada por Nemuri - Small Might.

Ele passou despercebido e comprou o que precisava. Quando estava indo pagar, viu dois homens parecendo confusos, enquanto o caixa suspirava.

"Senhores, isso não é dinheiro. Se for, não é valioso no Japão." – Repetiu o caixa.

Os homens se entreolharam. "Então, não estamos mais em Liyue.." – Disse um deles.

Toshinori engasgou, felizmente sem sangue. Nezu havia o contado sobre os garotos de outro mundo logo após a primeira aula. Ele se recompôs rapidamente e pagou suas compras, antes de se dirigir aos dois homens que ainda conversavam baixinho.

"Vocês falaram de Liyue, certo?"

Ambos assentiram.

"Venham comigo" – Chamou o loiro, fazendo um gesto para seguirem. Enquanto caminhavam, o herói percebeu uma coisa.

"Não te disse meu nome, certo? Que falta de educação a minha. Sou Toshinori Yagi." – Se apresentou.

"Meu nome é Zhongli."

"Sou Tartaglia Childe!"

Nezu assentiu. "Bem, acho bom vocês saberem que há outras três pessoas do seu mundo aqui."

Os olhos de Childe se arregalaram, enquanto Zhongli deu um pequeno sorriso.

"Eu senti o viajante, já que ele ainda tem o elemento geo." – Disse o ex-arconte. "Mas não sei quem seriam as outras duas."

Antes que qualquer um pudesse falar outra palavra, Childe já havia desaparecido.

-

Pouco antes do aparecimento dos dois homens, Xiao e Aether ainda conversavam.

"Mas que..." – Foi o que saiu da boca de Xiao, que encarava as costas de Aether. Ele não estava olhando para as costas, e sim para as asas.

O loiro franziu a testa. "Estão... Amarradas."

Eles estavam tentando manifestar os poderes originais de Aether. Por muito tempo, não tiveram sucesso, até que dois pares de asas apareceram, divididas em seis partes, com detalhes dourados e diamantes brancos incrustados no centro. Havia um porém. As asas estavam cercadas por correntes que iam de preto à vermelho flamejante, com alguns brilhos que lembravam estrelas.

O viajante conhece aquele padrão. Era o mesmo dos cubos da Deusa Desconhecida. Fazia sentido. Afinal, ela que havia selado seus poderes. Mas não doía menos.

"Você tinha outros poderes, certo? Podemos testar eles e deixar as asas por último." – Sugeriu Xiao, percebendo como o humor de Aether caiu repentinamente.

O loiro deu um sorriso trêmulo antes que as asas desaparecessem.

Ele tentou invocar sua espada original e, para sua surpresa, funcionou. Mas algo parecia... Errado.

"...Que tal irmos para algum lugar aberto testar isso?" – Disse o yaksha, sentindo uma coisa ruim da espada.

"Boa ideia."

Já que Paimon ainda estava adormecida e eles não queriam perturbá-la, deixaram um bilhete dizendo que estariam treinando.

Logo depois de deixar os dormitórios, ignorando os olhares curiosos dos colegas, se dirigiram para encontrar Aizawa.

Depois de alguns minutos de procura, eles o encontraram na sala dos professores.

"Hm. Com licença? Aizawa-sensei?" – Chamou Aether timidamente, vendo como todos os professores pareciam estar na sala.

Antes que o professor pudesse responder, uma mulher de cabelos longos e espetados para os lados, de cor azul marinho, com óculos vermelhos, olhos azuis cintilantes e uma roupa bem peculiar apareceu na frente deles, com um grande sorriso no rosto.

"Então, vocês são as gracinhas que Aizawa trouxe? Vocês são tão fofos para serem tragos por esse vagabundo! Ele tratou vocês bem?" – Falou ela apressadamente, apertando suas bochechas. "Vocês ainda não tiveram aula comigo, mas serei a professora de Artes Modernas, sou Midnight!"

Xiao rosnou e se teletransportou para o lado de Aizawa, escondendo-se ao lado dele.

O professor da 1-A, cansado das baboseiras de sua colega, logo puxou Aether para fora de seu alcance também. "Kayama, deixe meus alunos em paz"

"Você já se refere a eles como seus alunos, fofo!!"

"Cala. A. Boca."

Os dois alunos assistiram a troca em silêncio, antes que o loiro murmurasse baixinho "Ela meio que me lembra a Lisa."

Aizawa se virou para eles, com um olhar cansado. "Enfim, o que vocês querem?"

"Queremos saber se há algum lugar onde podemos treinar." – Disse Xiao.

O homem ergueu a sombrancelha, mas respondeu "No mesmo lugar que vocês foram hoje para o horário das aulas de herói. Ainda se lembram de onde é?"

Eles assentiram, antes de agradecer e sair da sala.

Chegando na área, a primeira coisa que Aether fez foi invocar sua espada novamente.

"Então, o que você fazia?" – Perguntou Xiao.

O loiro colocou a mão no queixo. "Hmm. Não sei como explicar. Mas posso mostrar..?"

Xiao assentiu e Aether se preparou.

Ele pretendia fazer o mesmo ataque que fez contra a Deusa Desconhecida, mas dessa vez contra o solo.

Ergueu a espada, que estava adquirindo um tom dourado muito brilhante, e começou a abaixá-la em direção ao chão. Parecia tudo normal, mas foi quando tudo deu errado.

A luz dourada se tornou uma mistura de azul escuro, roxo e vermelho, com um padrão típico de universo, mais a constelação Viator no centro.

Os dois garotos arregalaram os olhos, mas nenhum dos dois conseguiram ser rápidos o suficiente para impedir a espada de fazer contato com o solo. Assim que as duas coisas se chocaram, Aether e Xiao pularam para longe.

Poucos segundos depois, uma explosão gigante ocorreu no lugar onde a espada havia encontrado o chão, deixando uma enorme cratera com marca de queimadura nas bordas.

Xiao encarou fixamente a espada. "Isso... Definitivamente tem algo de errado. Isso é.."

Aether colocou a mão sobre o braço e engoliu em seco. "A maldição do abismo, mas um pouco diferente."

O adeptus percebeu que um fio de sangue saiu de onde Aether havia coberto e rapidamente se aproximou. "Você se machucou?"

O loiro mostrou o braço e sorriu. "Não é nada demais, vou ficar bem."

"Aether, você sabe o que acontece se essa maldição entrar no seu sangue, não sabe..?" – Perguntou Xiao, com uma carranca preocupada.

Aether suspirou. "Sim, eu sei... Mas a probabilidade é pouca!"

"Mesmo assim, melhor irmos naquela enfermeira e pedir para ela te verificar e observar se há alguma atividade anormal na sua corrente sanguínea."

"Estou falando que não é necessário!"

"Se alguém ouvisse o que você diz, você estaria morto a muito tempo."

"Rude!"

Eles saíram da área, deixando para trás um enorme buraco que mais tarde seria questionado por várias pessoas que ainda passariam por lá.

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