Capítulo 15

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Não muito tempo depois da chegada de Venti, o dia da viagem finalmente chegou. No momento, estavam todos em um ônibus, que já estava quase partindo.

Xiao olhou para o assento ao seu lado, ocupado por Aether, com Paimon em seu colo. O adeptus sorriu enquanto olhava para seu namorado.

Ainda parecia estranho se referir a ele assim.

Corando um pouco, Xiao admitiu para si mesmo que o loiro estava deslumbrante. Ele usava uma roupa típica de Liyue: um qipao sem mangas e com três faixas que chegavam ao joelho, preto que desbotava para marrom no final das faixas, com padrões de nuvens e linhas douradas. Seu cachecol foi colocado um pouco para baixo, fazendo com que seus ombros ficassem visíveis. Usava calças finas de cor marrom que chegavam ao joelho e sapatilhas pretas, suas luvas iam do pulso até o cotovelo. Seu cabelo estava preso em uma trança e havia uma flor laranja e vermelha em sua orelha direita e parecia haver uma leve maquiagem laranja abaixo de seus olhos, parecido com o próprio Xiao. Por último, mas não menos importante, o colar estava lá em seu pescoço.

Quando viu Aether nessa roupa pela primeira vez naquela manhã, o yaksha teve que se segurar para não morrer ali mesmo. Ele não conseguia acreditar como essa bola de sol amava alguém como ele. Um ser cujo único propósito deveria ser destruir. Xiao não o merecia.

Xiao parou, fechando os olhos. Cochilou por um momento, até que o ônibus começou a andar e ele se permitiu se perder em pensamentos novamente.

Ele ponderou sobre como estava Liyue. Mas, Moraxx estava certo, não estava? Liyue agora era uma nação de humanos, a era das criaturas divinas se foi. Ele não era mais necessário, o contrato foi desfeito. O que o prendia naquela terra? Era simplesmente um apego infantil que ele desenvolveu devido à sua gratidão por Moraxx tê-lo salvo? Ou simplesmente tentando pagar uma dívida? Sua cabeça estava começando a doer com tantas possibilidades.

Saindo de seus pensamentos novamente, ele virou um pouco, agora olhando para Paimon, que estava o chamando.

"Xiao! Diga a esse bardo surdo que Paimon está linda e fofa!" – Gritou ela.

O yaksha a encarou. Ela também usava roupas de Liyue, mas dessa vez era um hanfu sem mangas com estampa de galáxia, pulseiras, brincos e anéis brancos. 'Ela realmente gosta de jóias...' – Pensou Xiao, sentindo uma gota de suor descendo por sua testa. O cabelo de Paimon estava amarrado em um pequeno coque e sua "aréola" estava lá como sempre.

"Você seria fofa se não fosse extremamente barulhenta." – Ele finalmente disse, ignorando os gritos de indignação de Paimon e as risadas de Venti. Xiao tinha certeza que sua capacidade auditiva tinha diminuído 30% desde que ficou preso à fada estridente.

Ele ficou quieto pelos próximos minutos, o balançar do ônibus fazendo o yaksha cochilar um pouco mais. Para não dormir totalmente, ele ficou olhando para janela, guardando os cenários que passavam em sua memória, sabendo que não teria a oportunidade de vê-los novamente uma vez que voltasse para Teyvat.

Depois de algum tempo, ele sentiu alguém o cutucar e se virou, vendo Aether com um beicinho irritado. "O que você está pensando? Estou te chamando a um tempo e você só tá aí parecendo um peixe morto."

Xiao planejava pedir desculpas e dizer que não era nada, mas resolveu puxar uma página de Venti. Ele se aproximou e deu um beijo na bochecha de Aether, antes de proferir em um tom sedutor: "Em você, amor."

O loiro, ao processar as palavras, entrou em combustão. Seu rosto parecia um morango e ele enterrou a cabeça no ombro de Xiao, buscando alguma maneira de se esconder e abafar a timidez que sentiu com as palavras de seu companheiro. O adeptus não estava em um estado diferente.

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