I: A Rosa e o Lisianto

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"A milhares de anos, o nada prevalecia onde hoje existe o tudo

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"A milhares de anos, o nada prevalecia onde hoje existe o tudo. Em uma fagulha pequena no universo, duas flores surgiram, gerando a energia vital e espiritual do universo. Seus respectivos nomes: Rosa e Lisianto.

As flores eram destinadas a criar mundos e, eventualmente, uma sociedade extensa. Juntas, elas criaram diversos planetas, contudo, nenhum fora favorável para seus maiorais sonhos. Até que, em um canto escuro do universo, elas acharam o que poderia mudar tudo: uma enorme 'rocha' cheia de oxigênio e com solo saudável. Era esse o azul, gigante e belo Planeta Terra.

Lá as Flores criaram os animais e vendo que deu certo, criaram os seres-humanos também. Porém, o que era um mar de rosas, também estava a virar uma tempestade, afinal, naquele mesmo lugar habitavam criaturas sombrias e de má fé, que acabaram pondo em risco o tão sonhado mundo da Rosa e do Lisianto.

Então, uma enorme guerra de 1001 anos se iniciou, tendo como resultado a queda e corrupção de uma das irmãs, a Rosa. Por fim, o Lisianto e seu fiel cavalheiro colocaram em prática o plano que salvaria a Terra. Em seu último dia de batalha, a Rosa que estava corrompida foi lacrada e trancafiada em um outro mundo, que foi escondido e neutralizado pelo Lisianto, terminando enfim a guerra e salvando a Terra."

             Math fechou o livro e se sentou em sua cadeira. Escolhera o curto conto por ser mais fácil e rápido de pegar; havia se esquecido da atividade especial que sua professora de Literatura faria para a aula atual. O jovem direcionou o olhar para a mulher que estava apoiada no batente da porta enquanto ajeitava os óculos de grau no rosto.

— Mathew Joseph, eu sinto dizer que você merece apenas uma nota 3 — avisou a docente, sem se esforçar para esboçar alguma expressão.

— A-ah, ok... — apertou os dedos na palma da mão, se amaldiçoando por gaguejar. — A atividade não valia muita coisa mesmo, né?

— Valia sim. — Sorriu cínica. — Já te adianto: é uma nota trimestral, então, acho melhor você se esforçar para tirar uma boa nota em suas provas e caprichar nesse... imundo e ilegível caderno, por céus! — ao criticar e debochar de Math, a docente se desencostou do batente e fechou o material de madeira. — Pode vir o próximo, rápido porque eu ainda tenho outra turma.

Math se sentou e esperou aquela aula terminar. Na sua cabeça, ele só se imaginava "bombando" e morria de medo de perder esse ano.

               O tempo passou como vento e logo Math se livrara daquela aula insuportável. Logo após suas aulas cansativas e a bronca debochada que levara, Math se viu correndo da escola, torcendo para que seu ônibus já tivesse chegado. Acabou encontrando seu irmão, que estava descendo de um outro locomotivo acompanhado de Thomas, seu melhor amigo.

Mason — irmão de Math — já estava com 17 anos, ou seja, frequentava o terceiro ano do ensino médio. Já Joseph, com seus 15 anos, frequentava o primeiro.

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