Capítulo 8

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Seul - Coreia do sul - 19:35 - Sábado.

Vesti uma roupa confortável para viagem, mas resolvi de última hora colocar um salto, tô nem aí se vou viajar, vou sentada, não vou correndo. Estava agarrada no sofá com Jisoo e Jennie em um grande abraço.

— Pasta promete que vai ligar todos os dias bebê? Nunca ficou longe das suas duas mamães.

— Prometo Jichuu...

— Promete que vai pegar a Lisa. – Disse Jennie.

Comecei a rir, Jennie não para de falar isso, bem que eu queria mesmo.

Ouvi a campainha tocar, deve ser ela. Meu coração deu um pequeno surto. Vou passar uma semana na companhia de Lisa. Teste pra cardíaco.

Engoli em seco, levantei e abri a porta, dando de cara com ela.

Lisa não estava de terninho, eu estranhei, mas foi interessante vê-la com roupas mais casuais. Calça de um tecido grosso vermelha, blusa de mangas longas, cabelo em um coque, máscara e óculos de grau. Uma das mãos no bolso, como sempre.

— Boa noite senhorita Park.

— Boa noite Lalisa. Você poderia cortar esse senhorita Park e me chamar de Rosé ou Roseanne?

— Como queira.

Puxei minha mala, mas logo Lalisa tomou ela das minhas mãos. E desceu os olhos até meus pés.

— Você vai viajar, não tinha um tênis para colocar no pé?

— Gosto de estar de salto.

— Volte até seu quarto, tire o salto e coloque um tênis, Roseanne.

— Lisa!

— Agora!

Bati meu pé no chão emburrada, mas entrei e fui até meu quarto.

— O que foi? – Disse Jennie vindo atrás de mim.

— Essa maldita mulher mandona!

Tirei meu salto, coloquei uma meia no pé e calcei um tênis qualquer.

— Garotinha obediente...

Jennie me zombou, mostrei o dedo do meio pra ela e voltei para a sala.

— Pronto, podemos ir agora?

Lisa estava conversando com Jisoo, olhou para meus pés e balançou a cabeça uma única vez em afirmação.

— Até mais senhorita Kim Jisoo. É um prazer Senhorita Jennie. – Lisa mesmo abriu a porta e ficou segurando. — Vamos Roseanne?

Lisa apontou com a mão para que eu andasse na frente. Dei um último abraço em Jennie e Jisoo. Sai do apartamento, e a própria Lisa fechou a porta.

Andei até o elevador ainda emburrada. Os olhos dela não saiam de mim. Estava Lisa encostada nas paredes de aço do elevador, uma perna passada sobre a outra, com uma mão segurando minha mala e a outra sempre nesse maldito bolso. Parece que não quer que essas mãos fique expostas.

O elevador chegou ao térreo, sai andando sozinha sem esperar por ela. Vi o carro estacionado, o motorista rapidamente abriu a porta e eu entrei. Logo Lalisa também entrou.

— Está fazendo charme, pois pedi que você tirasse o salto?

— Você não pediu, você mandou!

— Sim querida, eu mandei, e ótimo que você obedeceu, mesmo batendo o pé. Se você fosse minha namorada, e batesse o pé no chão, após uma ordem minha, da mesma forma que fez hoje, você se arrependeria Roseanne.

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