Paris - França - 08:00 - terça feira.
Acordei sentindo uma dor enorme na minha cabeça. Olhei ao redor, mesmo escuro sabia que estava no meu quarto, passei a mão nos meus olhos e me sentei na cama. Acendi o abajur, olhei a hora no meu celular, 08:00 horas da manhã.
Lalisa vai me matar meu Deus! Como eu cheguei em casa?
Tinha um remédio e um copo de água na mesinha da minha cabeceira. Peguei o remédio e tomei, minha cabeça estava querendo explodir.
Levantei para ir ao banheiro, notei que eu usava apenas minha calcinha e uma camiseta que eu normalmente gosto de dormir, ia até metade das minhas pernas. Será que Lisa trocou minha roupa?
Tirei a camisa e entrei embaixo do chuveiro, me lavei rapidamente, escovei meus dentes e fui ao meu closet trocar de roupa.
Calça jeans, um suéter YSL preta de gola alta. Prendi meu cabelo. Calcei um salto da cor da blusa de ponta fina e um óculos também da YSL. Aí eu amo andar produzida com marca cara.
Desci as escadas, logo encontrei Mikael sentado na sala.
— Bom dia Roseanne. Lalisa deixou ordens para você tomar café da manhã ao acordar e em seguida ir até a YSL.
— Okay... É... Mikael, você me trouxe para casa?
— Sim senhora, Lalisa te colocou na cama.
Aí meu Deus, foi ela mesmo quem me trocou. Fechei meus olhos até superar a vergonha.
— Ela está brava?
— Com a senhora? – Confirmei com a cabeça. — Você vai sobrevier menina, não se preocupe.
Sorri sem graça e fui para a cozinha.
A senhora que trabalha para Lisa rapidamente me serviu. Acho que para trabalhar com Lisa, um dos pontos principais é saber inglês, todos dominam o idioma.
— Café senhorita?
— Sim, obrigada dona Lea.
— Nunca vi a senhora Manoban tão estressada quanto essa manhã. Querida, o que você aprontou?
Parei o pãozinho que eu levava para a boca no meio do caminho.
— Ela estava estressada?
— Lalisa não gosta muito de ser contrariada, Rosé.
— É, eu sei disso. Acho que não quero me encontrar com ela hoje.
Mastigue o pão com calma. A senhora ficou rindo.
— A senhorita tem alma de adolescente, é como meus filhos. Já Lalisa mesmo bem nova, é muito madura.
Terminei minha refeição e sai com Mikael para minha morte. Logo eu estava entrando na YSL e Javier me abraçando morrendo de rir.
— Você está rindo sua bicha safada? Lalisa quer me matar!
— Eu te avisei para não beber tanto criatura!
— Não ultrapassei as cinco, só tomei quatro!
Javier riu e me abraçou de novo.
— Vai lá encarar sua irritadinha. Já tomei a minha bronca, agora é sua vez.
— Ela não é minha...
Fiz uma careta para Javier e fui até a sala de Lisa. Nunca entrei aqui antes. A secretária dela autorizou minha entrada.
— Moça, você não quer entrar comigo não?
A menina apenas riu e balançou a cabeça em negativo. Abri a porta calmamente e entrei na sala recuada, Lisa tirou a atenção do notebook e me encarou.
— Queria falar comigo Lalisa Manoban? – Sorri torto para ela.
Não se deixe abalar Roseanne, mostre confiança.
— Sente-se Roseanne! E feche a porta por gentileza.
Ela apontou para a cadeira a frente da sua mesa. Como que anda mesmo?
Andei até ela em passos lentos, Lisa desceu os olhos para meus pés. Sentei e cruzei minhas pernas, se ela curte mulheres, eu posso tentar desestabilizar um pouquinho sua postura de ignorante com algo sensual. Nem sensual eu sou, mas preciso me convencer que sim.
— Se divertiu ontem Roseanne?
— Sim, foi bom.
— Exagerou na bebida, foi assediada, e desmaiou nos braços do meu motorista. – Ela aumentou o tom de voz, que antes era baixo.
— Isso te interessa? Não sou nada sua Lalisa, nem amiga acho que somos. Por que está tão irritada com isso? – Aumentei a voz também. Quem ela pensa que é pra falar assim comigo?
Lisa me olhou sério, tinha um papel em mãos, amassou ele com apenas uma mão e jogou no lixo com uma força desnecessária.
Em seguida ela levantou, passou a mão no cabelo, onde bagunçou até mesmo a franja que está sempre impecável, com todos os fios no lugar. Ela caminhou até uma mesinha com bebidas, colocou uma dose de alguma daquelas várias garrafas e foi até a parede de vidro da sala. Ficou de costas para mim, olhando para a torre Eiffel ao fundo, uma mão no bolso e a outra segurando a bebida.
Okay, acho que realmente irritei essa mulher, e com minhas últimas palavras ela ficou ainda mais brava. Vou irritar mais.
— Me responde Lisa, isso te interessa? Te irrita um homem me agarrar por trás?
— Se cale Roseanne!
— Isso não é resposta para minha pergunta. Se quiser que eu me cale, venha você até aqui calar minha boca!
— Mas que inferno de mulher. Saia da minha sala!
Dobrei meus braços embaixo dos seios e continuei bem sentadinha onde eu estava.
— Só saio daqui quando você me responder por que está tão irritada com isso.
Lisa se virou para mim, virou todo o líquido do copo e andou a passos rápidos em minha direção. Ela segurou minha mão e me puxou, levantei obrigada, meu corpo colidiu com o dela. A pegada na minha cintura me fez suspirar.
— Estou irritada porquê eu te desejo, e não suporto a idéia de alguém cobiçar o que eu tanto almejo.
Gemi quando ela apertou minha cintura, a proximidade, o perfume incrível, aquela boca carnuda a centímetros da minha, ela me olhava com tanto desejo, como ninguém nunca me olhou antes, me sentia nua sobre seus olhos.
Enquanto uma mão me segurava pela cintura, a outra alisou meu rosto com delicadeza.
— Tão linda e teimosa... – Lisa aproximou a boca da minha, mordeu meu lábio inferior e puxou entre os dentes com uma precisão exata.
Fiquei esperando ela me beijar, mas isso não aconteceu, Lisa me soltou e abriu a porta.
— Julie. – Lisa chamou e logo a moça entrou na sala. — Leve a senhorita Park para o Javier.
— Sim senhora. Vamos senhorita Park?
Balancei a cabeça em afirmação e caminhei até ela.
— Te pego para almoçar as 13:00 horas Roseanne.
O que diabos essa mulher quer de mim? Enlouquecer, só pode.
(.) (.)

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In Paris
FanfictionRosé é funcionária do senhor Bambam Manoban, um incrível rapaz herdeiro da agência de modelos do seu pai. Por mais que o trabalho fosse bom, ser secretaria de um cara legal, Rosé já estava cansada de sua vida repetitiva, e da grana curta que mal dav...