A Primeira Eterna - Livro 3 - Um Conto a Parte / Karlena

Epílogo - Para todo o sempre

Narrador | Point of View

— Por que estamos aqui? – Alex perguntou curiosa, embora ela soubesse que fazer aquela pergunta desencadearia uma enorme revolução dentro de si mesma.

Estavam em sala Robert e Alura e sentada no sofá, entre eles Clarke parecia aflita e temerosa, logo atrás estavam Kara de braços cruzados e Lena que olhava para a filha mais nova e tentava segurar o riso para que não deixasse a situação de sua humaninha pior. Alex e Samantha estavam em pé, à frente de todos tentando entender o motivo para àquela reunião inesperada.

— Clarke quer conversar com vocês! · Robert quem começou cuidadoso tentando apaziguar a situação para o lado de sua neta. — Achamos melhor estarmos todos presente para que...

— Você não pode fazer isso, pai! – Alex começou já entendendo onde toda aquela conversa levaria. — Eu sabia que o convite inesperado para tirar Lexa e Octavia de casa não era em vão, e vocês ein, aproveitando a casa cheia para armar todo esse complô, não é? – Olhou para Lena e Kara. — Eu achei que éramos amigas, Kara!

— E somos, irmãs também. – Kara comentou. — Mas não somos crianças e eu não consigo entender a implicância. É a minha filha, nenhum desconhecido ou alguém que Lexa tenha se envolvido antes.

Alex revirou os olhos e encarou Samantha, elas haviam conversado sobre aquilo e lógico que acabaram brigando. Sam não tirava a razão de Alex, mas também se sentia um pouco receosa sobre o envolvimento.

— É a minha menina, Kara! – Alex exclamou. — Por mais que eu aceite e saiba, não deixa de ser difícil pra mim.

— Clarke não permitirá que nada de ruim aconteça com Lexa, Alex. Você pode ficar tranquila. – Assegurou Lena.

— O que Alex quer dizer, é que levamos muitos anos para dar esse passo. Embora permitimos que Lexa seja transformada, é seguro para qualquer um aqui ouvir os batimentos cardíacos dela e... Alex e eu não sabemos se estamos prontas para isso.

Clarke encarou suas tias por um segundo, aquilo parecia um pouco estranho para ela. Mas foi quando tomou iniciativa, mesmo que já tivesse feito isso antes e se colocou em pé para deixar claro o seu plano:

— Não sei quantas vezes será necessário eu fazer isso, mas sempre as farei com a maior honra possível. – Segurou suas mãos, Lena sentiu saudades dos trejeitos humanos que ela apresentou antes. — Eu amo Lexa, não há dúvidas nisso tudo e mesmo que eu tenha pedido ela em casamento muitas vezes, e ter recebido um não em todas elas... Eu à quero para sempre comigo! – Seu peito subiu e desceu, buscando coragem em gestos humanos. Kara sorriu orgulhosa da sua menininha. — Eu sei que errei com vocês quando optei por deixar ela ir embora sem me esforçar mais. Eu sei que ela se deitou com outras pessoas e que beijou muitas mais... Sei que tivemos uma vida nos anos em que tivemos afastadas, mas eu não me vejo um segundo sem a presença dela no meu dia. Então, eu não quero mais pensar em um mundo onde ela não exista por que por mais que nos esforcemos, todos aqui somos capazes de defende-la de coisas físicas porém não somos capazes de defender de ameaças que não podemos ver como epidemias ou uma simples dor de cabeça. Lexa ainda é humana e pode morrer à qualquer segundo seja por um acidente estúpido ou um ataque no coração.

— E o que você pretende? – Samantha entendeu o seu ponto e queria saber se a garotinha que ela pegou no colo teria aquela coragem para dizer em voz alta.

— Eu peço permissão para transforma-la! – Ela foi direta.

— De jeito nenhum. – Alex esbravejou. — Você poderá mata-la!

— É por isso que meus avós estão aqui, para me guiar. – Ela encarou eles. — Para me falar sobre formas e jeitos de...

— Não, eu mesma faço! – Alex disse. — Você é só uma recém nascida que não tem controle sobre si.