Capítulo 03

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Obrigada por acompanhar! Boa Leitura!

Diário de um Rei: Capítulo 03

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O relógio se aproximava das 04:00 horas da manhã, do dia 11 de Novembro. Tae-eul descansava a cabeça no meu ombro durante um longo tempo. Ela conversava comigo sobretudo, perguntou também sobre minha família e como tinha sido minha semana. Pouco tempo depois sua respiração ficou mais tranquila.Nesse momento percebi que ela estava dormindo, então tentei ao máximo não me mexer, para não a acordar.
Observei sua pequena e delicada mão, envolvida na minha mão. E imaginei o nosso futuro.
Aos poucos o céu foi mudando de tonalidade. O céu de azul escuro, foi clareando em tons de violeta e laranja. O som dos pássaros preencheu o silêncio de uma noite fria. Observei o céu, até clarear. O carro seguia aquecido e silencioso, apenas sua leve respiração preenchia o silêncio. O interior do seu carro, pouco havia mudado aos longo dos anos. Seu chaveiro ainda era o ursinho que lhe dei de presente. No espelho retrovisor, ela mantinha agora, uma foto com seu pai, em um pequeno chaveiro. Ela era mais jovem na foto, mas tinha o mesmo sorriso.

Ela disse que sua vontade, era mudar seu carro assim que fosse promovida. Sempre que nos encontrávamos, ela contava de como estava ansiosa para o teste de aptidão. Físico e teórico.
Quando finalmente conseguiu, ela disse que gostava do seu carro, primeiro, porque ele era seu oficial de 05º grau e a tinha protegido durante muito tempo e segundo, porque, gostaria de ajudar o pai, ampliar sua academia de Taekwondo.

E foi o que fez. Assim que recebeu a promoção do seu emprego. Sua atitude altruísta, me fazia sentir orgulho em tê-la conhecido e saber que seus ideias são tão gentis e benevolentes.
Lembro quando nos encontramos no dia em que ela soube do resultado. Infelizmente não pude participar da festa junto com seus amigos e não pude organizar um evento em comemoração no Reino. Mesmo que só tivesse eu e o Wong presentes. Ela disse que não precisava.

Foi nesse tempo em que viajamos à praia ao sul.

Era a República da Córeia, em 1981. O ano era tranquilo, pois, tínhamos nascido, alguns anos depois. Mas ainda assim, a levei até uma linda praia, afastada da capital. Tivemos que ir de ônibus até o local, ela disse que costumava ir com seus pais na infância, então ela era bastante familiarizada com a região.
Fechei meus olhos por um momento com a lembrança daquele dia.

"- Você tem certeza de que não se importa? Vamos ter que ir em um ônibus que pode ficar lotado...- Ela perguntou... jogando o cabelo para trás, amarrando-o em um rabo de cavalo. - Eu tive essa ideia, mas se para você não for confortável...

Estendi a mão direita no ar para interromper. Iria a qualquer lugar que escolhesse e estava curioso em conhecer um pouco mais sobre seu passado, ficava fascinado quando ela compartilhava algo assim comigo.
Sobre seus pais ou avós. Todos muito gentis ainda jovens.
-Você é quem manda aqui... O meio de transporte será um detalhe. Vamos!
Chegamos ao ponto de ônibus, às cinco horas da manhã. Ela queria aproveitar todo o dia na praia e precisamos ir o mais cedo possível.
Ficamos no ponto de ônibus conversando tranquilamente. Ficar na República sempre me trazia uma sensação de liberdade.
Quando o ônibus se aproximou vi sua expressão ficar divertida, na espera pela minha reação provavelmente. Assim que entramos no transporte, nos acomodamos no final do ônibus.

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