8. Mesmo sem estar ao seu lado, ainda estamos juntos.

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Seo Yeon.

Um gemido baixo ecoou pela minha garganta quando eu ouvi o despertador tocar. Faziam apenas três horas que eu havia me deitado para dormir, e já ter que levantar era o pior pesadelo possível.

Me remexi na cama e senti uma dor horrível em meu corpo, mas sorri ao observar Sun Mi se espreguiçar e coçar os olhinhos. Ela era tão linda.

— Bom dia, filha! — Disse após ela rolar na cama para subir em meu colo.

— Bom dia, mamãe! — Falou e me deu um beijo carinhoso na bochecha.

Acabei por envolvê-la em um abraço, enchendo-a de beijos. Ela ria como se fosse a coisa mais divertida do mundo, fazendo o meu coração querer explodir de amor.

Após isso, levantei com ela da cama para me arrumar para o trabalho e arrumá-la para a creche. Não me sentia bem, porém esperava que aquilo fosse apenas pela noite mal dormida. Fiz tudo o que precisava fazer. Não costumava me render para a fadiga.

— Mamãe, onde está o papai? Sinto falta dele. — Sun Mi perguntou enquanto eu descia as escadas com ela em meu colo.

Respirei fundo, pensando no que dizer. Não queria arrasta-la para o meio dos nossos problemas ainda. Ela nem ao menos entenderia.

— Ele foi trabalhar, mas eu prometo que irá buscá-la na creche e que vai levá-la para tomar sorvete, tudo bem? — Contei e ela sorriu para mim.

Havia sido uma coisa inventada de última hora. Teria que me resolver com Hoseok durante o dia e esperava que ele não inventasse desculpas para não buscá-la na creche. Pensar no assunto fazia o meu estômago embrulhar, ainda mais depois de sentir o cheiro do café da manhã que estava sendo servido.

Meu pai me encarou quando entrei na sala de jantar. Dei um bom dia e coloquei Sun Mi em uma das cadeiras para poder começar a montar o que ela comeria.

— Está tudo bem? — O mais velho perguntou, ainda me olhando.

— Acho que sim. Apenas um pouco cansada. — Suspirei.

— Tem certeza? — Insistiu e eu apenas concordei com a cabeça.

Permaneci em silêncio enquanto dava comida para Sun Mi e aproveitava para comer algo também, mesmo que fosse difícil engolir o pouco que estava tentando.

Meu pai se levantou da mesa e quando eu pensei que estava deixando a sala, ele retornou e tocou a minha testa. Emiti um grunhido em reprovação e afastei a sua mão, confusa e brava pelo toque repentino.

— Sua temperatura está pior que a sua aparência. — Disse, me tocando mais uma vez. — Você está com febre. Deve está resfriada por ter saído no meio da noite e por não ter descansado direito.

— Isso não é nada. — Suspirei, me levantando, e olhei para o relógio em meu pulso. — Precisamos ir ou vamos nos atrasar. Quer mais alguma coisa, filha? — Perguntei e ela negou com a cabeça.

— Seo Yeon, você está doente. — Meu pai insistiu.

— Eu vou ficar bem, só preciso de um antitérmico ou de um analgésico. — Dei de ombros enquanto ajudava Sun Mi a descer da cadeira.

Suspirei pesadamente ao levantá-la. Meu corpo dolorido reclamou imediatamente do peso de Sun Mi em meus braços, o que me fez colocá-la imediatamente do chão.

— Volte para a cama. — Meu pai ordenou. — Vou pedir para alguma das empregadas fazer uma sopa e levar junto com algum remédio para baixar a sua febre.

— Pai, eu não sou mais uma criança. — Respondi brava. — Preciso ir agora, Sun Mi vai se atrasar.

— Não é mais criança, mas está se comportando como uma. — Ele me olhou feio. — É melhor ir descansar agora do que sofrer com as consequências disso mais tarde. Não se preocupe com Sun Mi, eu vou levá-la para a creche.

HUSH ME {Jung Hoseok}Onde histórias criam vida. Descubra agora