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Deidara corou por completo com a fala do ex namorado e deixou que ele entrasse em seu apartamento. A grande quantidade de girassóis em suas mãos era linda e tinha até uma cartinha delicada presa ao buquê. Obito sempre fora romântico consigo e parecia que nada tinha mudado mesmo depois de tanto tempo.

O ômega não conseguia parar de pensar no quão incrível seriam se ele não tivesse ido embora. Seriam um casal tão feliz e apaixonado e com certeza colocariam inveja em muitas pessoas e relacionamentos. Desde que começaram a namorar eram daquela forma, imagina então se fossem casados? Seriam tão felizes...

- cadê Yodo? Ela ainda está dormindo? - O alfa perguntou preocupado com o seu filhote e Deidara prendeu o ar. Era estranho vê-lo perguntando e se preocupando com sua filha. Ele acabou de a conhecer e mesmo assim demonstrava amor e carinho por ela.

- ela está no banho. E-eu vou tirar ela de lá e vou vestir ela. Você pode...arrumar o cabelo dela? Eu tenho que fazer algumas coisas. - pediu e o moreno se animou.

Cuidar do cabelo de Yodo pela primeira vez era algo significativo para ele.

- claro, pequeno. E-eu vou esperar aqui. - avisou e o ômega concordou com a cabeça. - Você quer ajuda em alguma coisa? Eu posso ajudar você em algo.

- ah, não. Não precisa. - negou rápido e se afastou, deixando o maior quietinho sentado no sofá como um cãozinho.

O alfa soluçou baixo ao vê-lo se afastando lentamente até o quarto de sua filha. Ninguém conseguiria medir a dor de não ter Deidara como seu e por ser um estranho em seu apartamento. Era como se não se conhecessem, como se não tivessem sido namorados e como se Deidara não portasse a sua marca.

Agora, o que realmente lhe restava, era cuidar dele e, caso seus planos de reconquista falhassem, prezar por sua felicidade e vê-lo feliz de longe nem que fosse do lado de outro alguém. Poderia remover até a marca se ele quisesse, iria até o inferno para tentar dar a mínima felicidade para ele.

Não demorou para Deidara voltar para a sala e mandar que fosse para o quarto dela, sendo logo obedecido pelo Uchiha que foi correndo até seu bebê para cuidar dela.

Yodo estava vestindo um tênis confortável quando entrou no quarto com o urso em mãos e, antes que ela percebesse sua presença, Obito se ajoelhou em sua frente e estendeu a peça em sua direção.

A até então Uzumaki arregalou os olhos e corou com o "presente" que o pai lhe entregou. Era assustador ver seu pai em sua frente lhe dando coisas como se fossem conhecidos desde seu nascimento.

Tanto para ela quanto para o alfa, qualquer mínimo toque e demonstração de afeto era importante para um caralho.

E não era atoa. Eram pai e filha que passaram anos um longe do outro e, agora, queriam recuperar os momentos em família o quanto antes. Era normal que fossem dois emocionados.

- v-você tá me dando isso, papai? Não tá mentindo, tá? - a garota perguntou curiosa e feliz enquanto fazia carinho na cabeça do urso e Obito terminava de arrumar seu sapato em seu pezinho pequenininho e macio e que estava coberto por uma meia fina e leve apenas para não incomodar sua pele.

- claro, bebê. Por que não? Você é minha filha e, agora, eu vou te dar tudo que não te dei durante todo o esse tempo que fiquei longe de você e da sua mãe. Papai não teve muito tempo para ir e comprar algo significante, então amanhã ou até hoje mesmo, se eu ter tempo, eu trago algo que você goste mais. O que você quer ganhar, minha pequena? - acariciou seus joelhos delicadamente enquanto perguntava e viu seus olhinhos encarando seu rosto com um tom curioso.

- qualquer coisa? - perguntou e Obito concordou no mesmo instante.

Dinheiro não era um problema e nunca foi. Poderia dar qualquer, exatamente qualquer coisa para ela que não iria nem fazer falta para si. Yodo merecia tudo e Obito não iria negar nada para ela. Ela era sua filha, afinal de contas.

Laços - obidei Onde histórias criam vida. Descubra agora