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Depois daquele dia, o contato entre os dois ficou muito mais intenso. A atração física era muito forte, não conseguiam manter-se sãos um próximo do outro. Era como se fossem recém-marcados.

Deidara quase abandonou a ideia de fazê-lo pagar. Não conseguiam mais evitar a companhia, o desejo e muito menos sentir a mínima atração por qualquer outra pessoa. Sentiam quase que repulsa de outros seres.

O ômega tentava culpar seu cio, botar a culpa na própria natureza e no seu subgênero que era uma vagabunda apaixonada pelo alfa, mas no fundo sabia que sua paixão e seu amor por ele estavam tão fortes que não tinha certeza se iria aguentar mais tempo solteiro.

Yodo agora entendia um pouco mais da dinâmica dos pais e agora usava, inocentemente, suas táticas infantis para tentar deixá-los mais próximos, como quando pedia para ambos se deitarem consigo, quando fazia birra para que vissem qualquer desenho ou série do seu lado e até quando os obrigava a cozinharem juntos, o que quase nunca dava certo já que Deidara acabava se irritando.

Ambos percebiam as atitudes da filha e achavam uma graça a forma que ela tentava unir os pais.

Em Deidara até doía. Merda, sua filha só faltava virar do avesso para tentar deixá-lo junto ao alfa. Parecia que o atual sonho da garota era vê-los como um casal real e assumido, que andava de mãos dadas o tempo todo e que demonstravam sentimentos por fora também.

Estava ao ponto de se deixar mesmo ao alfa. Seu desejo era se entregar de verdade, deixar que ele fosse seu namorado novamente e que dessa vez o levasse até o altar.

Porém, possuía aquele medo desesperador de ser uma mera brincadeira, de ter todos os seus passos zombados por Obito e seus amigos, de ser humilhado por todos aqueles homens. Tinha um enorme receio de aceitar até casar com ele e, no altar, todos dizerem que era uma brincadeira, que Deidara caiu direitinho na "zoeira" do grupo.

Sabia como os "amigos" de Obito eram. Nenhum valia absolutamente nada e o ômega temia que ele tivesse se tornado igual.

Talvez ele estivesse fingindo e nem se importasse com nenhum dos dois, que no fim atacasse até Yodo pelas costas. Não duvidava de mais nada naquela vida.

Havia se tornado tão inseguro que, para si, todos podiam ser uma possível ameaça, todos podiam o abandonar e lhe deixar a beira do suicídio novamente.

A única que confiava de olhos fechados e nunca desconfiou ou possuiu medo fora Yodo. Já chegou a desconfiar de seus pais, se seus amigos, de qualquer pessoa. Queria estar preparado para qualquer situação para poder suportar.

- tá tudo bem? - a voz de Obito soou baixa ao seu lado. Ambos estavam deitados ao lado de Yodo, a qual havia adormecido ha pouco tempo após pedir para ter a companhia dos progenitores até dormir.

- tá. - concordou no automático, suspirando ao ver que não havia sido o suficiente para Obito acreditar.

- você não tá bem e sabe que pode me contar qualquer coisa. Eu fiz algo que não gostou?

Deidara negou com a cabeça e desviou o olhar para encarar o teto.

- certo...você quer fazer alguma coisa agora que ela dormiu?

- não tô afim hoje, Obito...- a resposta foi bem objetiva. Não conseguiria fazer nada de teor sexual enquanto pensava no quão iludido poderia estar sendo.

- definitivamente tem algo muito errado. - Obito sabia daquilo. Nem se referia a sexo e, mesmo assim, ele negou. - vamos conversar em outro lugar.

Sem escolha, Deidara foi carregado para a sala do apartamento do ômega e teve que se sentar à frente do Uchiha, o qual ficou lhe encarando com a feição mais amável e carinhosa que poderia ter. Os olhos amolecidos traziam muitos sentimentos, mas mesmo assim o ômega não acreditava cem por cento nele.

Laços - obidei Onde histórias criam vida. Descubra agora