A chuva cai como se fosse um sinal nada bom, Marcelo me esperava na esquina do vestiário. Com aquele casaco preto e segurando uma bolsa e fumando um cigarro, agora entendo aquele hálito de menta com cereja.
Cheguei e caminhei até Marcelo. Marcelo apagou o cigarro e veio falar comigo.
- Por que você não veio falar comigo ?
- Não sei, Marcelo fiquei com medo de te perder.
- E você acha que eu vou destruir sua família.
- não, Marcelo não fala.
- Falar que Greg acabar com sua família, a sua mulher tá grávida. Você acha que eu ia tirar o pai do seu filho perto dele.
Andei até Marcelo e ficamos frente a frente, não resisti e beijei.
- Não me abandone. Marcelo.
- Para Greg, para.
Eu e Marcelo nos beijamos mais. Marcelo aguentou o máximo que podia e me empurrou.
- Adeus Greg, Greg. Marcelo com olhos marejados sai andando.
- Não, Marcelo não me abandona, Marcelo volta.
Marcelo foi andando. Fiquei sentado no chão chorando enquanto a chuva caía pelo meu rosto.
Me levantei e fui andando pela rua com a chuva como minha companheira lembrando dos momentos de amor que tive com Marcelo e as lágrimas caiam pelo meu rosto.
Fiz sinal para um táxi que parou.
- Pra onde moço?
- Avenida 3.
o táxi me levou pra casa e lá estava Felícia no sofá.
- O que houve seu macho te largou?
- Largou sim e o mesmo eu vou fazer com você.
Subi as escadas e abri o guarda-roupas e peguei o máximo de roupas possíveis e botei na mala. Felícia surgiu.
- Você tá me largando?
- TÔ.
- Mas o nosso filho?
- O nosso filho vai ter um pai presente o mesmo não posso dizer de você.
- Mas você era um marido presente.
- era você falou o verbo certo era.
- Greg eu te amo.
- Mas eu não te amo mais.
- Foi aquele Marcelo que mudou sua cabeça, não foi?
- Não foi o Marcelo, fui eu que senti o que o amor verdadeiro.
Fechei as malas e a Felícia ficou na minha frente.
- Não vai embora Greg?
- Sai Felícia da minha frente.
Felícia tentou me barrar sem hesito e fui embora daquela casa que vivia com Felícia aquela casa de aparência sem amor sem nada.
Peguei o carro e fui para um apart-hotel qualquer do rio.
Cheguei no apart-hotel.
-Quantos dias senhor.
- O máximo possível.
- Toma senhor a chave.
- Obrigado.
Subi e fui para meu quarto. Com aquelas sala vazias , parecia que eu estava num hospital em como esperando alguém desligar os aparelhos.
Peguei o celular e mandei um áudio para Marcelo.
- "Sai de casa se quiser me visitar estou no arpt Thorville."
Marcelo visualizou e não respondeu. Me deitei na cama lembrando Marcelo e imaginei Marcelo ali comigo com a gente beijando enfim livres sem ninguém só nós.
A companhia tocou e fui atender com o coração batendo forte, será que eu Marcelo.
Abri a porta com a esperança de ser o Marcelo.
- Marcelo.
Não era o Marcelo, era só a camareira querendo limpar o quarto. Saí e deixei a camareira limpar o meu novo lar e fui para a praia ver o mar e pensar no Marcelo.
- Por que Marcelo você me abandonou eu te amo tanto.
Um surfista passou do meu lado e me notou.
- Ei, você não é aquele jogador do time do Rio.
Balancei a cabeça que sim ele tirou uma foto comigo e saiu.
O que eu queria era só Marcelo aqui do meu lado.
Respirei fundo e fui para o mar refletir sobre o acontecido.
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Além do Vestiário
Short StoryGreg um jogador de futebol casado que se rende à paixão para Marcelo seu colega de clube mas tudo pode ir abaixo quando sua esposa descobre que está grávida.