Meu Melhor Amigo ||

CAPÍTULO 6

ANALU

- Licença Ana, me pediram pra te entregar esses papéis aqui - Arthur disse entrando na minha sala

- Muito obrigada - agradeci e peguei os papéis

- Você vai hoje no bar com o pessoal? - perguntou me olhando

- To pensando ainda, se o trabalho continuar tranquilo provavelmente eu vou, e você?

- Acho que vou sim, bom, vou deixar você trabalhar, nos vemos mais tarde - falou e eu concordei e ele logo saiu da minha sala.

Fiquei mais um tempo na empresa até receber a ligação de um cliente dizendo que estava na delegacia e eu tive que ir até lá.

- Briga na rua Antonio, sério? Seu pai vai te matar - falei olhando brava para o meu cliente

- Ele não precisa saber Analu e outra, o cara que começou tudo - disse me olhando. Eu já conhecia o Antonio fazia um bom tempo, tanto que ele até já me chama pelo meu apelido, ele é um grande playboy que vive arrumando confusão, a sorte dele é que seu pai é um empresário de sucesso e um dos nossos melhores clientes, se não eu já tinha desistido dele.

- É óbvio que seu pai precisa saber, eles estão pedindo uma grande quantia de fiança, não foi só uma briga né Antonio? Pode me contar tudo agora mesmo

- Eu estava andando de skate de boa com os meninos e depois fomos tomar uma cerveja em um barzinho que ficava perto da pista, e então depois de algumas cervejas eu já estava alegrinho, fui no banheiro e quando eu saí de lá tinha uma loira linda do lado de fora do banheiro, eu achei que ela tava me dando bola pelo jeito que me olhava e então cheguei nela, ai o namorado dela viu isso e partiu pra cima de mim - falou dando de ombros - Nós começamos a brigar e quebrar tudo, na hora estava passando uma viatura e viu tudo e agora to aqui

- Não foi só isso

- Eu estava com um pouco de maconha no bolso e eu também tentei intimidar os policiais falando quem era meu pai

- Você só me dá trabalho, vou ligar pro seu pai e se prepare porque ele vai te matar.

Eu saí da sala onde o Antonio tava e respirei fundo e rezei antes de ligar para seu pai, o senhor Renato é um doce geralmente, mas quando o Antonio entra em confusão ele se transforma. Foram dez minutos de gritaria dele pelo telefone, nem precisei ficar com o celular na orelha de tão alto que ele estava gritando, mas por fim ele disse que iria pagar a fiança e me pediu para levar o Antonio pra casa.

- Dez minutos de gritaria do seu pai Antonio, dez minutos e ele disse que essa será a última vez que ele paga fiança, na próxima você vai ficar preso - falei o encarando

- To liberado? - falou animado

- Liberado da delegacia, agora vou te levar pra casa e você vai enfrentar seu pai - falei e ele fechou a cara na mesma hora.

Depois de deixar o Antonio em sua casa eu fui para o barzinho que o pessoal tinha falado, depois de mais de cinco horas em uma delegacia eu precisava de uma cerveja pra relaxar.

- Você veio - Arthur falou sorrindo ao me ver

- Preciso de uma cerveja - falei o encarando

- Vi que você saiu as pressas, o que aconteceu?

- Um cliente se metendo em confusão, mais de cinco horas na delegacia, to acabada - falei pegando um pouco da cerveja de sua garrafa.

- Ei Ana, achei que você nem ia vir - Lu disse se sentando ao meu lado

- Não ia mesmo, mas depois do dia de hoje eu preciso de um pouco de álcool - falei a olhando e ela riu

- Por isso não viro advogada, ta tudo numa boa e do nada um problema gigante aparece

- Nunca vire advogada mesmo Lu, você não sabe o trabalho que dá - falei a olhando. Ela ficou mais um tempo com a gente e logo depois saiu com um boy, deixando só eu e o Arthur na mesa

- E você? - Arthur perguntou me olhando

- O que tem eu?

- Como tá seu coração?

- Ele tá melhor do que nunca, sou noiva, não te falei?

- Não falou não - respondeu decepcionado

- O que foi?

- Parece que nunca vou ter uma chance com você, toda vez que eu chego tem gente ocupando o espaço no seu coração

- Você é engraçado demais Arthur

- To falando sério mesmo, desde a época do colégio que sou doido por você - falou me olhando

- Podemos mudar de assunto? - falei encarando meu copo.