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Any Gabrielly

Eu sabia que se fosse ouvir o que ele tinha a dizer, eu o perdoaria. E pra ser sincera, eu estava com saudades dele. Queria passar mais tempo nos braços dele, porque eu sinto que nós perdemos tempo demais com esse acidente. E Josh me parece arrependido. Acho que ele entendeu que se fizer algo parecido outra vez, eu não vou perdoá-lo porque me machucou.

- Você ainda se lembra do nome das constelações? - Eu perguntei, enquanto me ajeitava sobre o colo dele. Nós dois estávamos deitados na toalha que ele tinha esticado na grama, enquanto conversávamos sobre qualquer bobagem.

- Aquela é a... Cruzeiro do sul? - Ele diz qualquer coisa que o vem a mente, porque ele realmente não se lembra.

- É a Ursa Maior. - Digo rindo de leve. - É a nossa constelação. Você me ensinou a achá-la, porque você disse que ela seria nossa enquanto nós estivermos juntos. - Josh permaneceu calado, mas eu pude ouvir seu coração se acelerar um pouco mais. - Ta vendo aquela ali? É a Ursa Menor. - Perguntei apontando.

- Você não pode apontar! - Ele desviou o meu braço e eu o encarei com um sorriso enorme. Ele ia se lembrando aos poucos. - Vai nascer uma verruga agora.

- E você vai me amar mesmo assim? - Eu me sentei e apoiei meu corpo nos meus cotovelos. Ele também sorriu pra mim.

- Posso pensar no seu caso, senhorita. - Ele diz e dá de ombros.

- Eu te amo, Josh... Mesmo se nascer uma verruga no seu dedo, eu prometo que ainda vou te amar! - Eu disse sorridente e ele gargalhou também. - Promete que não vai me esquecer?

- Nem em um bilhão de anos. - Ele diz sério. Josh se apoia em seus cotovelos também e aproxima o seu rosto do meu. - E agora eu falo sério. Não vou te esquecer nunca mais... E eu te amo mais do que Shakespeare amou a senhorita Hathaway!

- Huh, isso é muito amor então! - Eu comentei brincando. Ele riu, mas logo voltou a ficar sério. Eu me aproximei dele e o beijei de novo. Como eu senti falta dele!

- Acho que você deveria ir falar com a Sabina... - Ele disse depois de alguns minutos em silêncio. Eu me sentei direito na toalha, e suspirei fundo. - A amizade de vocês é mais importante do que qualquer probleminha eventual, Any.

- Eu sei, mas foi mais fácil te perdoar do que perdoar ela. - Fui sincera. - E eu nem sei o porquê.

- Se me deu uma chance, eu acho que deveria dar uma chance pra ela também. Escuta o que ela tem a dizer. - Ele colocou a mão na minha cintura e acariciou o local. - Não estou te expulsando, deixando bem claro. Ainda quero passar o resto da noite com você, mas eu acho que você deveria falar com ela.

- Vou fazer isso. - Disse por fim. - Mas amanhã. Hoje eu quero ficar com você, senhor Beauchamp!

[...]

Meu coração estava acelerado, porque agora eu estava com medo da reação que a Sabina poderia ter. O pior cenário que eu pude imaginar, foi ela me dizendo que nunca gostou da nossa amizade mesmo e que eu estando ou não na vida dela, não faz diferença nenhuma. Ok, acho que consigo aguentar isso. Com as mãos trêmulas, eu toco a campainha e espero que alguém venha abrir a porta. É a Hope quem abre.

- Oi Hope. - Eu sorrio simpática pra ela.

- Oi Any! Que surpresa! - Ela diz em um riso nervoso. - O que veio fazer aqui? A Sabina não me disse que vinha.

- Isso é porque ela não sabe. - Eu sorri como uma criança que aprontou. - Por falar nela, ela está em casa? Eu e a sua irmã estamos passando por uns problemas na nossa amizade...

HeartbrokenOnde histórias criam vida. Descubra agora