Um dia me vi sentindo algo avassalador.
Quem dera eu descobrir de onde surgiu aquele tal sentimento.
Meu coração acelerava, meu corpo ardia, meu estômago dava voltas...
Será que estou doente?
Angústia.
Caminhei a passos lentos em direção a escola. Odiava aquele lugar, quem é que gosta?
- Espera
Minha amiga chamava, olho ao longe e lá estava ela. Vindo correndo em minha direção.
- Não acredito, mais um ano. Que felicidade.
Ela diz animada. Reviro os olhos. Quem fica tão feliz assim, indo a escola às sete da manhã? Saudades da minha cama.
Ela me encara sorrindo.
- O que foi? Indago.
- Olha quem está ali.
Viro o rosto, e me deparo com ele.
Pedro.
O garoto de olhos castanhos e sorriso irritante. Alma inqueita e implicante. O garoto das minhas férias. Mas o que ele estaria fazendo ali?
- Mas o que...
Antes mesmo que eu dissesse algo, estremeço. Ele estava caminhando em nossa direção. Meu coração dispara, meu sangue congela. E minha mente fica a mil.
- Menin...
Saio correndo.
Eu corri. Ele se aproximou e eu fugir. Dele. Não, não, eu me resgatei. Certeza iria implicar comigo, assim como fez o verão todo.
Minutos depois, todos chegam a sala.
- Bom dia turma.
A professora começa as apresentações. E adivinhem só? O garoto do verão, irá estudar conosco.
Que maravilha!
Horas depois, naquela aula de matemática, deixo meu lápis cair. "Droga", sussurro pra mim mesma. Abaixo para buscar. BAM! O toque de mãos. Pedro, havia tido a brilhante ideia de pegar o maldito lápis para mim. Nossos olhares se cruzam.
" Oii"
Ele diz.
Me levanto em súbito.
- Professora, posso ir ao banheiro?
Nem espero sua confirmação e saio em disparada.
Observando meu reflexo pelo espelho, notei minhas bochechas levemente vermelhas. Torci o queixo. Mas porqu...
Sou arrancada dos meus pensamentos com ela, uma garota mais velha que eu, duas série a frente a minha.
- Tá tudo bem?
Ela pergunta.
- Sim. Digo rápido demais.
- É que você correu tão rápido, fiquei preocupada.
Ela diz.
- Não é que...
Lembro do ocorrido na sala, daqueles olhos cor de amêndoa, do toque de sua mão. Meu corpo volta ao estado de confusão. Coração acelerado.
Alguma coisa revirando em minha barriga. E mãos geladas.
- Estou doente.
Afirmo. A menina em minha frente, olha-me preocupada.
Conto tudo a ela, desde quando comecei a sentir essas coisas. Verão. Foi aquele menino, o Pedro. Ele me deixou doente. Aposto que foi quando me empurrou no Rio, a água estava quente. Devo ter adoecido. Mas ele me paga.Ela rir, a garota de cabelos cor de fogo rir. Fico confusa.
- O que foi? Resmungo.
- Você não está doente.
Afirma.
- Como não? Eu te falei os sintomas. É óbvio que estou.
Digo, com a mão na testa, sentimento minha temperatura.
- Você está apaixonada.
Congelo. Apaixonada?
Isso não é possível. Lembro da minha irmã, quando conheceu o Carlos, aquilo era paixão. Os olhos dela brilhavam. Batidinhas na porta.- Amiga? Você está bem?
Me chamam.
Olhei para a menina em minha frente, ela sorri.
Saio.
Não é possível, apaixonada? Por Pedro? Nunca.Chego na sala, e o encontro. Ele sorri de lado, aquele sorriso...
- Seus olhos estão brilhando.
Maria diz.
O que?
" Primeiro amor"
Ouço a professora de literatura comentar.
Confusão.
- Ai, isso é tão lindo. O primeiro amor, algo tão mágico, que mesmo sem entender o que sentimos. Conseguimos sentir.
Lis diz sorridente, ao lado dela Júlia pergunta.
- E como você sabe?
- Simples. Porque já tive, foi ano passado.
- O que você sentiu?
Pergunto rápido demais.
Pedro presta atenção na conversa.
- Toché, tanta coisa. Mas primeiramente meu coração acelerava quando o via, era algo em comum. Ah e parecia que tinha um mar de borboletas em minha barriga.
Sorri. - Sem contar nas minhas mãos trêmulas.Com meu coração batendo absurdamente alto, que meus próprios ouvidos não puderam escutar mais nada além daquele único som.
Tum, tum, tum, tum.
Olho para frente, Pedro também parece pensativo. Nossos olhares se cruzam.
Sintomas.
É, talvez haja um mar de borboletas em mim tambem.
Sorrir.
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Wwwhhooott que fofo, o primeiro amor realmente é algo indescritível.
Nossos protagonistas que o digam, hum?Quem sabe, os mesmos possam aparecer neste livro novamente... Agora, mais velhos... prevejo mais um conto? Hehe
Olá, bom não sei se estão gostando de " Confusões de um coração " espero que sim, estou amando poder compartilhar esses textos com vocês. Amo escrever, e está sendo uma experiência incrível.
Então, eu peço para vocês, se caso estiverem gostando, deixe uma estrelinha, hein?? Por favor, para ajudar a iluminar nossos queridos personagens que aparecem vez ou outra.
Obrigada pela atenção jujubinhas ❤
Sim, do nada ☺
Beijos... até mais.
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Confusões De Um Coração
Historia CortaConfusões de um coração é uma coletânea de textos, cuja idéia é tentar do meu jeito descrever sentimentos, compartilhando um pouco experiências minhas, de outras pessoas ( com autorização, claro) e histórias fictícias. Por que deve da uma chance pa...