Estrangeiro

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A/N: Oi gente, desculpa por não postar, eu estava viajando, esse capítulo ta meio ruim mas é o que tem pra hoje, sorry, talvez eu reescreva ele depois:( Esse capítulo foi traduzido da minha fic em inglês e é baseado numa conversa que acabei de ter com a minha mãe <3
Sinopse: Percy não sente que pertence com a família de Annabeth
História em terceira pessoa
⚠️Palavrões⚠️

"Eu não gosto disto aqui". Percy comentou, escondendo sua cabeça no pescoço de Annabeth.
"Eu sei, eles são tão chatos".
"Não é isso..." Ele suspirou. "Podemos ir embora?"
Annabeth franziu o cenho, claro, Percy nunca havia gostado de sair com a família (também não é como se ela gostasse), mas ele nunca lhe havia pedido para sair, ele deve ter ficado muito desconfortável.
"Claro, não se preocupe".

Quando chegaram ao quarto dela, Annabeth percebeu que Percy estava muito tenso, olhando estranhamente para o chão, suas mãos se mantinham perto de seu corpo como se tivesse medo de tocar alguma coisa, suas bochechas estavam vermelhas e seus olhos estavam nervosos.
"Você está bem?" perguntou ela.
"Eu me sinto inadequado".
"Inadequado?" Ela franziu o sobrolho. "Por quê?"
Ele corou. "Annabeth, por que tem uns... vinte e quatro garfos diferentes em cima da mesa? Seu pai me olhava feio cada vez que eu ousava tentar pegar um. Se eu deixasse cair um copo de água, você sabe como eu pagaria por ele? Eu não pagaria, custa mais do que minha casa!  Seu quarto é maior que minha antiga casa, sem brincadeira. Eu me sinto tão deslocado, eles agem como se eu estivesse louco toda vez que menciono como algo é incrível ou bonito, como... Desculpe-me, eu não conheço a Grande Muralha da China! Desculpe nunca ter visto a porra de um quadro de Picasso em uma sala de jantar!" Sua voz se transformou em ironia no final, como se estivesse zombando deles.
Percy se sentiu inadequado em sua casa, não por causa dela, mas por causa de seu estilo de vida.
"Vocês nem sequer apreciam quanto dinheiro têm! 'Oh, deixem-me emprestar-lhes três mil dólares! Vocês podem devolvê-los amanhã. Mas que porra... Eu costumava trabalhar em criança, para impedir que eu e minha mãe levássemos uma surra, minha mãe trabalhava em três empregos para me manter vivo! Incomoda você que eu não saiba como fazer essas coisas chiques? Que eu não seja como você?" Sua última pergunta foi muito mais silenciosa do que as demais.
"Claro que não". Ela pegou o rosto dele em suas mãos, beijando seu nariz gentilmente, enxugando a única lágrima que lhe havia escapado dos olhos. "Eu amo do jeito que você é. Deixe-me contar-lhe um segredo, meu amor". Ela sussurrou, observando como os olhos dele se concentravam nos dela, como se esperasse impacientemente pela grande verdade que ela estava prestes a lhe contar. "Não sei por que há vinte e quatro tipos de garfos na mesa, não faço a menor idéia por que eles não podem usar o mesmo". Ela sorriu, vendo-o sorrir em troca, beijando-a.
"Eu te amo". Ele sussurrou.
"Eu amo mais, não se preocupe com esse tipo de coisa, está bem? Prometo-lhe que não tem importância nenhuma".
Ele riu, descansando sua cabeça sobre o pescoço dela.

One shots de PercabethOnde histórias criam vida. Descubra agora