Algumas Pessoas Não Tem Finais Felizes

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Sinopse: Onde nem sempre tudo da certo para Hailey Zoe Jackson - AU
⚠️Gatilho: Morte⚠️
História em terceira pessoa.

Hailey Jackson tinha o que muitas pessoas diriam ser a vida perfeita, era uma garota belíssima, olhos verdes, cabelos negros e pele perfeitamente bronzeada, ela podia não ser a mais inteligente mas ela era a mais doce, sempre usava as roupas mais lindas e seu cabelo sempre estava arrumado, todos os garotos amavam-a.
Sua mãe era arquiteta, sua irmã estava em Harvard, seu irmão do meio ainda na escola e sua mãe esperava ansiosamente o nascimento de seu próximo filho, que chegaria em seis semanas.
O que poderia faltar para um garota como essas?
Seu pai.
Hailey era a filha mais velha, desde o primeiro segundo de sua vida seu pai havia sido seu herói, seu melhor amigo.
Nesses últimos meses, seu pai começou a ter problemas de saúde. Ele ficava confuso facilmente, estava sempre cansado e cada vez tinha mais dificuldade para respirar.
Will, seu tio e médico da família, havia dito que era devido a um tumor em seu pulmão que estava cortando seu oxigênio, afetando a forma como seu cérebro funcionava.
Em dois meses, a família havia entrado em auto destruição, sua mãe estava cada vez mais desesperada, o bebê em sua barriga cada vez mais em risco, seus irmãos estavam cada vez mais soltos, sem rumo, desnorteados.
A casa havia tomado um ar triste, a alegria da casa não estava mais lá.
Percy Jackson, o pai de Hailey, sempre a levava para o trabalho de manhã, era sempre a primeira pessoa para quem ela ligava quando recebia boas notícias, era seu companheiro, seu melhor amigo, seu pai.
E então, ele a esqueceu.
Ela entrou em seu quarto no hospital com as mesmas flores de sempre e uma piada para contar, mas ele não sorriu para ela dessa vez, ele franziu o cenho e perguntou se ela era uma infermeria.
Ela engoliu seco, fingindo um sorriso. "Não papai. E-eu sou a Hailey, sua filha, se lembra?"
Ele negou com a cabeça. "Hailey? Não conheço."
Ela suspirou. "Bom, trouxe flores para você." Ela as colocou na mesa de canto e se virou para sair.
Ela parou na porta. "Eu te amo, papai." Ela olhou para o homem a sua frente, nenhum resquício do homem que um dia foi.
Alguns dias se passaram, ela ia ao hospital todo dia, conversava com ele, tentava pelo menos, ele quase nunca respondia.
Um dia, ela chegou e encontrou sua família no corredor.
Sua mãe estava ajoelhada no chão, costas encostadas na parede, ela chorava.
Sua irmã e seu irmão gritavam com Will e outros dois médicos.
Sua vó e seu vô choravam ao lado de sua tia Estelle.
"Mãe?"
Ela não respondeu, nem indicou que havia ouvido a filha.
Will a ajudou a se levantar, ela não aguentaria perder o marido e o filho de uma vez, tinham que cuidar dela com o triplo de cuidado.
"Theo?"
Seu irmão mais novo olhou para ela, olhos transbordando com lágrimas. "Oi Hailey."
"Allie?"
Sua irmã apenas abriu os braços, nem comentou como odiava o apelido.
"Com licença." Um médico interrompeu o abraço das irmãs. "Qual de vocês é..." Ele olhou algo na prancheta. "Hailey Jackson?"
Hailey arrumou a postura, secando os olhos com as mãos. "Sou eu."
"Seu pai quer te ver. Ele pediu para falar com você antes de desligarmos os aparelhos."
Ela olhou para os irmãos, respirou fundo e assentiu.
O médico a levou até a sala, seu pai havia piorado, estava pálido e impossivelmente magro. "Oi Hailey." Sua voz soava fraca e rouca.
"Oi papai, você queria me ver?"
Ele assentiu. "Você sempre vem me ver, achei justo falar com você de novo."
Ela assentiu, segurando uma de suas mãos. "Claro. Precisa de alguma coisa?"
Ele negou. "Tenho coisas pra falar, sabe? Mas não lembro tudo."
Ela assentiu. "Pode falar, eu te ajudo se quiser."
"Bom." Ele começou. "Eu tenho uma esposa, queria que você dissesse a ela que eu a amo muito."
"Claro."
"Tenho três filhos, Alice, Theo e Hailey. Você me lembra muito ela, sabe? Ela ainda é jovem. Quero que diga a eles que são a luz de meus dias."
Ela abaixou a cabeça, deixando algumas lágrimas escaparem. "Não se preocupe, eu vou falar."
Ele assentiu, seu semblante doído. "Quero que eles saibam que mesmo depois que eu for, eu vou ajudar eles ainda." Piscou lentamente. "Pode falar isso a eles, pequena?"
Ela assentiu.
"Eu vou sentir saudades das flores e das piadas, você é boa nelas."
Hailey riu. "Você que me ensinou."
"Hm... Bom saber."
Seu pai parecia tão confuso, ele era jovem demais para isso.
"Pai, eu-"
"Senhorita Jackson, nós precisamos que você saia da sala." O médico a interrompeu.
"Vem aqui querida." Will chamou, abrindo os braços.
Ela piscou, respirando fundo.
Pelo menos a dor de seu pai ia acabar.
Ela olhou para ele uma última vez, beijou a sua testa, levemente acariciando seu rosto. "Eu te amo, papai. Pode me esperar? Eu não sei se consigo acha o Elisium sozinha."
Ele assentiu. "Claro, eu espero por você lá."
Ele o abraçou. "Obrigada por tudo. Eu te amo."
Ele piscou. "Eu também te amo."
"Hailey." Will chamou.
Ela se levantou e entrou no abraço apertado do tio, se permitindo ser afastada da sala para se juntar aos seus irmãos.
"Tchau, minha pequena Hailey."

AN - Eu chorei como um bebê enquanto escrevia isto porque minha avó tem alzheimer e eu fui uma das primeiras pessoas que ela esqueceu, e ela tem um ódio especial por mim

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AN - Eu chorei como um bebê enquanto escrevia isto porque minha avó tem alzheimer e eu fui uma das primeiras pessoas que ela esqueceu, e ela tem um ódio especial por mim. Ela ainda está viva, mas nosso vínculo se foi.
Se alguém está passando por isso, sinta-se à vontade para me enviar uma mensagem, sempre há alguém para ajudar.
Fiquem bem.
Amo vocês.

One shots de PercabethOnde histórias criam vida. Descubra agora