Extase

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⚠️⚠️⚠️LEIAM!!!⚠️⚠️⚠️
Olá! E aí? Li um hc assim e quis escrever pq por mais q não seja algo que eu ache canon eu achei que fazia sentido para um bom angst (não pago terapia) isso tá ooc não me julguem. (Tive que pesquisar matéria na internet pq eu não entendo nada dessas coisas k - meu histórico chora)
Se alguém estiver passando por algo ruim, não hesitem em me escrever, mesmo que seja só para desabafar, liguem para linhas de suicídio, não façam nada que machuque a si mesmo.
Depois desse eu prometo que vem coisa feliz ;D

⚠️⚠️Gatilhos: palavrões, drogas, menções de suicídio, menções de sexo, bebidas alcoólicas, menções de abuso físico e emocional, overdose, depressão, crises emocionais.⚠️⚠️

Sinopse: Êxtase recebe o nome porque te mata com cores.

O negócio sobre êxtase é que ela te mata de um jeito criativo.
Depois de toda esse bosta dessa vida de semideus você precisa de algo que te faça sentir.
Percy se matava na academia pelo menos quatro horas por dia tentando queimar estamina (sendo sincera, ele nunca tinha transado tanto- aparentemente se a vida acalma e você está acostumado a estamina persiste).
Numa festa com seus amigos, Thalia bebeu muito e confessou que fumava para esquecer que Jason tinha morrido. Foi assim que começou. Ele pediu um pouco e Thalia, bebada demais para ligar, passou um pouco para ele.
Não era algo prazeroso, doía e ardia, sem falar que o gosto era horrível. Mas era isso que Percy merecia. Ele era um assassino, ex-servo dos deuses (os mortais achavam que ele tinha ido pra prisão juvenil).
Quando falou disso com Thalia no dia seguinte ela disse que não deixaria ele encostar num cigarro de novo. Que era algo ruim e que ela não permitiria que ele caísse nesse buraco mas Percy sabia que ela não queria que ele morresse (depois de Jason, Nico e Percy acabaram virando irmãos da garota mais ainda).
Percy acabou se enroscando com pessoas ruins que faziam coisas ruins, e foi daí pra baixo.
Ele praticamente não falava mais com Annabeth, havia gritado com Paul algumas vezes e xingado sua mãe uma vez quando estava muito drogado.
Quando pensava nessas coisas, se sentia mais triste, e quanto mais triste ficava, mais ele afundava.
Essa era a diferença.
Seus amigos fumavam para se rebelar, para se divertir. Percy fumava para morrer.
Um atrás do outro, cigarros, pods, maconha, wiskey, conhaque, vodka. Tudo menos cervja. Nunca cerveja.
"Percy, amor, o que está acontecendo com você?" Annabeth sempre perguntava, ele chorava e saía do cômodo.
De manhã, ao segurar Estelle no colo, se perguntava se o que ele estava fazendo não afetaria demais seus sonhos. Ele sempre quis ser pai, ter uma grande família, mas sempre achou que morreria antes. Ele morreu antes, só não foi fisicamente. Como se seu corpo fosse uma ilusão, criada para não fazer as pessoas terem raiva dos deuses.
Uma noite, uma terça-feira, Percy saiu de casa com raiva, bebado pra caralho e foi se enfiar numa festa qualquer com Kyle (seu amigo).
Kyle tomou uma pílula, uma capsula, e ofereceu uma a Percy.
"É êxtase." Explicou, Percy sentiu que era isso que ele precisava.
Êxtase, só conseguia se livrar de tudo com a êxtase do perigo, a êxtase de um orgasmo, essa com certeza era a resposta.
Ele se arrependeu logo em seguida.
Êxtase não tinha o nome por nada, nem as alucinações dele eram bonitas. O desespero bateu e ele correu de volta para casa.
Que tipo de amigo era esse? Essa porra era horrível!
Ele entrou no quarto e se trancou lá antes que perdesse a consciência. Com certeza não queria que Estelle o encontrasse morto no chão do quarto de manhã. Ele podia ser traumatizado, mas ela não. Nunca ela.
Olhou para o relógio, três horas e seis minutos.
Ele suava, seu coração batia rápido, rápido demais, às vezes ele parava por segundos aterrorizantes e depois batia rápido de novo.
Ele vomitou, sua visão borrada e uma enxaqueca horrível. Ao olhar para o quarto ele sentiu um grito subir sua garganta. Ele o engoliu. Ele morreria em silêncio, sem machucar mais ninguém.
Suas paredes não eram mais azuis, eram vermelhas, manchadas de sangue como as paredes do Tártaro, corpos deitavam no chão, mortos, em um estado perturbador. Charles estava deitado, sangrando, queimado e parcialmente em cinzas no canto daquele inferno, seu amigo tão querido. Silena estava ao lado dele, sempre juntos, até o fim. Silena e Beckendorf, juntos, ensanguentados. Lee e Michael estavam ao lado dos dois, faces escondidas atrás dos cabelos loiros manchados de vermelho, Bianca e Zoe se deitavam do lado dos irmãos, olhos abertos ainda, embaçados com lágrimas. Jason se deitava aos pés de Zoe, lança cravada ao peito, seus gritos ecoando pelo cômodo.
Na outra parede estavam empilhados outros corpos, ilusões completas. Annabeth, Sally, Paul, Estelle, Nico, Thalia, Piper, Leo, Hazel, Frank, Grover e tantos outros.
Tudo começou a rodar e então Percy sentiu uma mão em seu ombro.
"O que você fez?" Julia chorava. "Achei que você era bonzinho."
'Eu também achei.'
Outra voz soou no quarto. "Você é igual a mim. Igualzinho."
Percy chorou, vomitando.
"Olha só para você, você não passa de um bebado drogado. Olha o que você fez. Você assustou a criança. Você matou todo mundo." Gabe continuou. "Você fede. Você fede a maconha, a bebida. Você é um assassino. Nada mais que isso."
Percy chorou. "Ajuda! Por favor!"
Ele viu Gabe avançar para cima dele, tentando soca-lo, e correu para o banheiro de seu quarto.
Ao chegar, coloque-se a pia, contra o espelho.
Gabe tocou seu braço com aquela mão engordurada e imunda.
"Não! Não! Por favor não!"
"Você não fez nada quando foi a vez da sua mãe. Agora é a sua vez, e ninguém vai te ajudar."
Percy se virou, encarando o espelho, não se vendo no reflexo, mas sim Gabe. Ele era igual a ele.
Socou o objeto com força, fazendo sua mão sangrar, cacos do espelho se espalharam pelo chão e Percy caiu em cima deles, com monstros girando em torno dele.
Conforme ele tremia e chorava, os cacos de vidro se fincavam na pele como a parte cortante da gilete se fincava em seu pulso esquerdo.
"Percy? Percy o que está acontecendo? Abre a porta!" Uma voz distorcida chamou e Percy chorou alto, soluçando. "Amor! Se você estiver perto da porta se afasta, okay? Eu vou abrir ela."
Percy ouviu um estrondo quando Annabeth chutou a porta, abrindo-a.
"Percy!" Ela gritou, ele mal podia ver seus olhos. Aquela seria sua última chance. Ele não podia morrer sem olhar em seus olhos mais uma vez.
Pôde ver sua mãe e seu pai, Paul, atrás dela.
"Liguem pro SAMU, liguem pro Will! Ajuda!" Annabeth gritava, tentando levantar ele do chão enquanto seus pais corriam para o quarto deles.
Estelle começou a chorar com a gritaria, mas naquele momento ela podia esperar.
Percy se culpava por isso, se culpava por tudo.
"Annie, eu não quero morrer. Por favor não me deixa morrer! Eu não estou pronto! Eu achei que eu estava mas eu não estou! Por favor! Annabeth!"
"Calma, calma. Eu estou aqui, está bem? Vai dar tudo certo. Você não vai morrer você não pode morrer agora!"
"Percy! Hey! Percy por favor! Não fecha os olhos! Por favor!"
...
"Percy!"
...
"Ajuda! Por favor!"

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Percy acordou em um quarto branco, desorientado e com fome.
"Percy, amor, você está bem?" Uma voz angelical chamou sua atenção.
Annabeth segurava sua mão, com a mão esquerda, afagando seus cabelos com a direita. "Hey lindinho. Como você se sente?"
Percy tentou falar mas não conseguiu.
Ela parecia cansada, pele pálida e olheiras marcadas.
Ela chamou um médico. "Seus pais estão na recepção, preenchendo as fichas. Estelle está com a sua vó, fique tranquilo. Você vai ficar bem."

Ele acabou ficando um tempo internado e, quando saiu, Annabeth ficava o supervisando 24 horas por dia. Thalia e Nico haviam entrado no quarto dele e abraçado-o com força, chorando e murmurando palavras de amor.
Percy parou de andar com Kyle, se mudou para a França no ano seguinte, esperou um ano para entrar na faculdade. Ele e Annabeth passaram esse ano vivendo tranquilamente já que os monstros tinham medo do cheiro do Tártaro empregado neles.
Depois, se mudaram para Nova Roma, fizeram faculdade, se casaram um/dois anos antes de terminá-la, tiveram filhos logo depois.
Ao pegar suas filhas no colo pela primeira vez, prometeu que elas não passariam por aquilo. Suas garotas nunca sofreriam.
Ao olhar para a esposa, viu que ela sentia esse mesmo amor por aquelas pequenas criaturas, vermelhinhas e loiras, com cheirinho de bebê.

One shots de PercabethOnde histórias criam vida. Descubra agora