Nossos destinos foram traçados na maternidade

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Rose é o amor da minha vida. Talvez você não acredite nisso, considerando que tenho apenas dezesseis anos de idade e uma vida inteira pela frente, dizem as más línguas que quando se é jovem o amor é muito intenso e nada daquilo que imaginamos ser. Mas aqui estou eu com a certeza de que Rose é o meu amor, mesmo que ainda não seja meu amor. Veja bem, nossos destinos foram traçados na maternidade.

Minha mãe estava com sete meses quando eu decidi estourar sua bolsa, tudo porque Rose estava nascendo no Saint Mungus naquele dia. Tudo bem... Não sabia que Rose estava nascendo de fato naquele dia, mas você deve concordar comigo que foi uma coincidência maravilhosa! Coincidência não! Destino!

Hermione, minha possível futura sogra, estava em trabalho de parto já fazia dez longas horas, segundo minha mãe, que estava no quarto ao lado, ela podia ouvi-la urrar com seu marido:

— Você nunca mais fará sexo comigo porque não vou correr o risco de engravidar de novo! Ahhhh!

Ela sofria e minha mãe podia quase sentir sua dor, até que veio o alívio e a sinfonia perfeita do choro de Rose. Era quase meia-noite do dia 18 de fevereiro, foi aí que decidi nascer, ou em outro linguajar, minha mãe começou a sentir as dores das contrações, pouco mais de três horas depois lá estava eu em seus braços berrando que queria conhecer Rose, para ela me levar para perto de Rose. Era 19 de fevereiro. Fomos separados por 3 horas e 27 minutos, dias diferentes e signos diferentes. Ela era aquariana, rainha das melhores ideias e de ideais inovadores e eu era um pisciano sentimental, filhinho da mamãe e completamente apaixonado por ela.

Na maternidade do hospital ficamos lado a lado, ela tomando um banho de sol artificial e eu precisando ficar aquecido por nascer prematuro, tenho certeza que aprendi a respirar e me manter aquecido porque estava ao lado dela. Eu tinha que sobreviver por ela. Por nós!

Tá, você pode me achar um pouco exagerado? Talvez eu seja muito sonhador, culpo minha mania exacerbada de ouvir músicas de bandas pop, e minha obsessão por reality shows de construção de casas atrelado a construção de uma família. Mas com essa minha pequena história de nosso nascimento eu te convenci que nossos destinos foram traçados na maternidade, não é? Não te convenci? Pois tenho mais algumas.

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