Exagerado, jogado a seus pés eu sou mesmo exagerado

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Cheguei na escola com o casaco com o "W", peguei spray laranja: pintei meu cabelo, também uma canetinha marrom: fiz algumas pintinhas na bochecha.

— Você não cansa de pagar micos, não é? - Albus perguntou dando gargalhadas quando me viu.

Estava ansioso para a reação de Rose. Mas ela não havia chegado na escola no horário naquele dia, teria que esperar a chamada para dar meu show!

Rose entrou atrasada na aula de História, sentou-se na frente com Alice, nem olhou para trás.

— ...Longbottom… - o professor fazia a chamada. Meu momento se aproximava.

— Presente!

— ...Malfoy…

— Não há nenhum Malfoy na sala. - anunciei chamando a atenção.

— Que brincadeira é essa senhor Malfoy? - o professor Binns que parecia mais pálido que um fantasma olhou para mim bravo.

— ...Me recuso a ser um Malfoy, sou um Weasley agora! - lá estava eu, subindo na carteira, estufando o peito e mostrando o lindo "W" tricotado pela avó dela.

Rose ficou vermelha, feito um tomate, começou a se encolher na cadeira como se quisesse se esconder.

— A senhorita Weasley tem algo a ver com isso?! - o professor soltou uma melodia aos meus ouvidos, era como ser jogado no colo do destino.

— Ela? Rose tem tudo a ver! É por ela que renego meu sobrenome, meu passado, meu destino como um herdeiro das indústrias Malfoy!

Rose estreitou os olhos quase querendo me "assassinar"? O que? Ela não estava gostando? Eu estava abdicando de tudo por ela!

— Ótimo teatro! Diretoria! Detenção para o senhor e a senhorita Weasley.

— O que?! - Rose guinchou.

(...)

— Malfoys e Weasleys sempre me dando dor de cabeça… - McGonagall apertava suas têmporas encarando eu e Rose. - Uma semana inteira limpando os troféus da sala de troféus!

Se eu tinha alguma dúvida que ela não havia gostado, acaba de ser dissipado pois ela andava ao meu lado saindo da sala da diretora bufando a cada olhada de desculpas minha.

— O que você têm na cabeça?! - finalmente explodiu. Estava com toda a atenção voltada para mim.

— Só queria lhe dizer que por você eu largo tudo, carreira… dinheiro…

— Seu exagerado!

Berrou. Achei que o título combinava comigo.

Exagerado? Aos pés dela sou mesmo um exagerado. O que posso fazer?

O importante era que teria uma semana inteira para a convencer a acreditar no amor. No meu amor.

ExageradoOnde histórias criam vida. Descubra agora