Nossos destinos foram traçados na vizinhança

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Teríamos vizinhos novos. O velho da casa da frente tinha falecido e suas filhas tinham vendido a casa muito rápido. Era um bairro antigo, mas perfeito para uma família. Eu estava na janela da sala, ansioso só reparando no grande caminhão de mudança que estacionava na garagem a minha frente, logo atrás parou um ford anglia azul perfeitamente conservado e um ruivo alto e um pouco narigudo saltou. Parecia familiar.

Foi quando a vi, Rose parecia brilhar chamando minha atenção como um letreiro de lanchonete. Era minha porta da felicidade. Todos meus sonhos pareciam estar se realizando. Ela estava lá, na minha frente, se mudando para a casa em frente a minha! Se isso não é destino eu não sei mais o que é!

— Boas-vindas, vizinha! — eu estava com um sorriso bobo no rosto, como se estivesse de frente com meu ídolo mais amado, que no auge dos meus seis anos era Tobey Maguire, o homem aranha.

— Prazer, sou Rose, quem é você?

Eu? Quem sou eu? Seu futuro marido, o amor de sua vida! Como ela não lembrava de mim?

— A gente nasceu no mesmo dia, quer dizer eu nasci um dia depois de você, 3 horas e 27 minutos para ser exato, nossos pais não se dão muito bem, parece que é uma rixa meio antiga, coisa de sobrenome, uma vez eu construí um castelo na areia da praia para você, mas a onda do mar levou e…

— Ah! Você é aquele príncipe encantado fajuto.

Fajuto? Não entendi direito. Estava mais para sortudo.

— Hermione, somos vizinhos dos Malfoys?! — eu ouvi o pai dela gritar exasperado assim que me viu conversando com Rose.

— É o melhor bairro e a casa estava com um preço ótimo.

— É claro, pela vizinhança desagradável, devia estar de graça!

— Ronald! Pare de constranger o garoto, além disso, será bom para aprender a deixar o passado, no passado.

Pisquei duas vezes tentando não absorver as meias palavras dos pais dela, resolvi aproveitar minha sorte.

— O que acha da gente andar pela vizinhança, posso te apresentar o bairro?

Talvez eu estivesse indo rápido demais e a assustando, mas o primeiro passo para que Rose entendesse que eu era o amor de sua vida era virar seu amigo.

— Preciso organizar meu quarto, outro dia talvez.

Não era um não! Eu tinha dado um passo gigantesco em nosso relacionamento!

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