Epílogo

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Rose recebeu novamente minhas rosas roubadas, o pai dela melhorou curando-se completamente do câncer. Mesmo sem precisar do meu ombro para chorar, estava lá levando as rosas no nosso parque das coisas banais. Até aquele dia, em que fracassei.

Desde então, caro leitor, depois dessa minha saga longínqua para lhe explicar todo meu amor e exagero por Rose, a fim de chegar nesse momento, eu venho por meio dessas palavras dizer que perdi. Não temos "felizes para sempre" aqui. Bem que o pai dela avisou que não existia isso de "príncipes encantados", talvez devesse ter percebido que não existia isso de "contos de fadas" também.

— 999? Achei que fosse persistente, exagerado, nada convencional.

O que posso fazer? Perdi justo no final!

— ...Mas tenho a solução para a rosa mil roubada.

Levantei meus olhos encarando-a curioso.

— ...Depois de tantas provas, destinos traçados em diferentes formas, mancadas, exageros, sem respirar, sem comer, largando carreira, dinheiro, sobrenome... é agora ou nunca mais. Digo a você que sou eu. Sua Rosa mil. A última rosa roubada.

Rose aproximou-se de mim me dando um beijo nos lábios.

Depois disso tudo ficou preto, cai desmaiado no chão, como um exagerado que sou.

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