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NA // Oie! Como já avisei lá nas notinhas de aviso, mudei completamente essa fic! Ela havia sido criada num momento de pura raiva de Pedro, mas a raiva passou e a inspiração também! Mas uma cena, um acontecimento especifico entre Luísa e o traste de Eugenio me fez querer mudar tudo aqui, e assim eu fiz! Espero que gostem!

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- Não mãe, eu não tive como te avisar antes porque nem eu sabia! - falo com Dona Leopoldina pelo viva voz do telefone enquanto mantenho minha atenção firme no trânsito. - Sim! Eu fiquei sabendo hoje pela manhã! - respiro fundo ouvindo seu falatório.

Ela estava brava, porque era sexta feira e eu havia cancelado minha ida até Petrópolis pra visita-la em sua pousada.

- Prometo! - continuo - Assim que eu tiver uma folga, porque sabe como é! - e lá vamos nós de novo.

Mais 10 minuto dela falando na minha cabeça, e eu com a desculpa que havia chegado encerramos a ligação. Respiro fundo, olhando ainda de dentro do carro, o enorme e majestoso prédio na minha frente. Se tudo desse certo, eu trabalharia ali.

Pego minhas coisas, tiro os óculos escuros deixando ali mesmo, e saio do carro. Pela hora, eu ainda tinha cerca de 30 min de tempo livre. Estava nervoso, muito nervoso!

Olho pros lados e vejo a salvação dos meus problemas, uma cafeteria!
Aciono o alarme do carro e vou com passos rápidos até lá, mas assim que minha mão toca a porta pra empurra-la, ela é aberta de uma vez e por milésimos de segundos um acidente envolvendo um copo quente de café não acontece.

- Meu Deus! - a voz doce fala, e eu olho pra cima encontrando a dona dela. - Eu quase derrubei tudo em você! Me desculpa! Eu toda atrasada, ainda sai olhando pra trás falando com Dolores e ...

- Ei, respira! - falo sorrindo vendo ela se atropelar com as palavras. - Sem mancha de café, sem crime! - falo sorrindo tentando amenizar o clima.

- Me desculpa de novo, eu ... eu preciso ir! - sem um sorriso, sem nada, ela simplesmente corre em direção ao prédio que entrarei já já sem nem olhar pra trás.

Que louca!

Balanço a cabeça entrando no local, e sentindo meu cheiro favorito da vida.
Café, café e mais café.

Me sento no balcão mesmo, olhando tudo em volta.

- Não se assuste não, Luísa é assim mesmo! - uma moça fala aparecendo do nada na minha frente.

- Luísa? - pergunto sem entender, e ela me olha sorrindo.

- Deixa eu adivinhar, novo por aqui? - ela pergunta já colocando uma xícara branca na minha frente.

- Está tão na cara assim? - pergunto ao vê-la servir meu liquido favorito.

- Sim! Porque qualquer pessoa a 100 KM conhece Luísa! - ela sorrir novamente. - Eu sou Dolores, muito prazer!

- Pedro! - respondo pegando em sua mão estendida. - Muito prazer, Dolores!

- Então, você é qual deles? - ela me pergunta, secando algumas xícaras com um pano branquíssimo.

- Perdão? - pergunto sem entender dando um gole em meu café.

- Ué, médico! Você é um não é? - ela pergunta com a testa franzida. - Não entendo muito dessas coisas, mas sei que cada um faz uma coisa.

Ah, ela estava querendo saber minha especialidade.

- Sou Pediatra! - falo sorrindo.

- De criança? - ela pergunta. - Que coisa linda! Mas oh tem que ter a santa paciência de Jesus né? Porque tem uns pestinhas que vou te dizer! Vontade de atirar no rio! - ela fala e eu não consigo evitar minha gargalhada.

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