Three, two, one... (pt final)

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— Eu ainda não tô acreditando que a nossa pista pra achar Deus era só um Rugarú morto de fome. Que merda, hein, Sam? – Dean resmunga ao estacionar o Impala na garagem do bunker.

— Ah, pelas pistas das notícias eu achei que podia ser.

— Você está ficando mole, irmãozinho. Nunca demoramos tanto pra matar um desgraçado desses como hoje, parecia até que você tava querendo ganhar tempo. – Sai do carro acompanhado pelo caçula e tira a mochila do porta-malas.

— Por que eu faria isso? Esse cara só era inteligente demais pra ser pego, simples. – Deu de ombros e pegou o celular no bolso pra ver se tinha alguma mensagem de Castiel avisando que podiam entrar.

— Tanto faz. O que importa é que o monstrengo tá morto e eu tô cheio de fome. – Sorri e joga a mochila nas costas, se preparando para entrar.

— Ei, Dean, espera. – Sam chama a atenção do irmão, mas na hora que o mais velho olha em sua direção a mensagem que esperava autorizando que chegassem brilha na tela de seu telefone.

— O que foi, Sammy?

— Nada. Só queria saber se você estava atento. – Dean ergue uma sobrancelha e torce o rosto numa careta.

— Tá engraçadinho hoje, hein? O novo ano te fez palhaço? Pensei que você tinha medo dessas criaturas aterrorizantes da terra do pirulito.

— Sério, Dean? – Sam resmunga e anda na frente, dando um leve empurrão no irmão.

Como as crianças que sempre foram juntos, Dean devolve o empurrão de forma ainda mais forte, andando mais rápido e ultrapassando o caçula, entrando primeiro.
Quando a porta principal se abre, o som de sino é ouvido e quando o mais velho olha pra cima, lá estão pequenos sinos natalinos enfeitando a porta.

— Feliz natal e um feliz ano novo, Dean! – A voz de Claire é ouvida ao mesmo tempo que a garota pula na frente de Dean e o recebe com um abraço.

— Feliz o que? – O Winchester estranha e olha ao redor, estranhando tudo ainda mais.

A sala principal do bunker estava completamente decorada com pequenos pisca-piscas, meias natalinas, bonecos de neve feitos de crochê e EVA, e tinha até uma pequena árvore de natal completamente decorada em baixo da escada de entrada. No canto da sala, Donna, Jody, Alex e Jack vestiam ridículos casacos natalinos.

— O que está acontecendo?

— Feliz natal-ano-novo, Dean. – Castiel surge com seu habitual sobretudo bege e com um sorriso pequeno nos lábios, o forçando a tirar o casaco sujo de sangue que ele vestia.

— Mas que coisa é essa? Natal e ano novo já passaram.

— Teoricamente ainda é ano novo, querido. – Jody comenta com típico tom de mãe. — Eu trouxe presentes pra vocês. – Aponta para os pacotes embrulhados em baixo da árvore.

— Mixtapes de umas bandas velhas pra você, um casaco que não seja bege pro seu namoradinho anjo, doces coreanos pro bebê gigante ali e um perfume com um cheiro super forte pro baby Sammy. – Claire revira os olhos e senta em frente a mesa cruzando as pernas. — Nada surpreendente.

— Não seja tão insuportável, Claire. Se você conseguir, claro. – Alex revira os olhos e senta também, provocando a quase-irmã.

— Cala a boca, barbiezinha. – A garota loira mostra o dedo e recebe o gesto de volta.

— Vocês duas podem tentar se comportar? É natal-ano-novo! – Jody repreende e segue até Dean, abraçando o loiro com força. — Feliz ano novo, querido. Eu sei que ano passado foi bem ruim, mas sabe como é, um dia após o outro. Esse ano são novas oportunidades.

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⏰ Última atualização: Jan 01, 2022 ⏰

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