Contos do anjo e o caçador

Oh god, what's happening to me?

olares de novo rs
essa foi a primeira oneshot que escrevi (tipo a primeira mesmo, da vida toda) e já ta postada faz um tempo no spirit

na verdade eu não gosto muito dela e acho bem infantil e ruim e nunca ia postar aqui, mas tava vendo hoje e pensei: pq não?

eh isto
perdoem qualquer coisa e não desistam de mim.

Pai, eu sei que não tenho sido o melhor dos filhos, ao contrário! Desobedeci, fui contra as ordens divinas, me rebelei, cai, trai, e, confesso, por muitas vezes questionei as suas vontades.
Oh meu pai, eu já errei muito, eu sei. Eu até já matei! Trago em minhas mãos sangue de meus irmãos.

Eu costumava ser um soldado, um ótimo soldado. Vivia para defender o céu e lutar por suas ordens. Eu até já estava, como dizem os humanos "indo bem", muito bem. Até que me foi dada a missão de resgatar um humano do inferno. Diziam que ele poderia nos salvar e impedir que o apocalipse caísse sobre a terra. Eu o salvei, e juntos, ele, o irmão caçula, um velho amigo e eu, impedimos que a grande guerra celestial acontecesse. 
Foi o senhor que me ordenou que o tirasse daquele lugar, não foi? Mas meus irmãos costumam dizer que foi no instante em que minha graça tocou aquela alma que eu me perdi. 

Dean Winchester é um bom homem, pai. Um dos melhores! Diferente de mim, Dean sempre foi um ótimo filho e um irmão como eu jamais serei. Sua vida foi dedicada a cuidar e proteger o Sam, e ele não falhou. Foi para salva-lo que ele caiu e sua alma foi para onde nunca deveria ter ido.

Dean Winchester caiu por amor.

E hoje, pensando, acredito que eu também.

Deus, meu pai, me ajude a entender o que está acontecendo comigo. Eu sou um anjo, criado e treinado para amar e defender só ao céu, só ao senhor. O que é isso que estou sentindo? Por que esse humano significa tanto pra mim? Por que a idéia de perdê-lo me machuca de uma forma que que eu mesmo não sei explicar? O que é essa paz que a presença dele me traz? 
Oh Pai, é tudo tão diferente, tão complicado... Sentimentos não eram algo exclusivamente humano? Por que eu me sinto tão cheio deles quando estou com ele? Isso é... Certo? 

Pai, eu sei que não tenho direito de lhe pedir nada, mas eu preciso de uma luz, de um sinal. Eu preciso entender o que é isso!

— Cass? - Essa voz! É ele! Pai, isso é um sinal? 

— Dean, o que faz aqui? - Quando me virei, meus olhos encontraram aquela imensidão verde. Senti um arrepio estranho percorrendo todo o meu corpo. Ele desviou o olhar, e eu fiz o mesmo. 

— Eu é que te pergunto, o que faz aqui? Você sumiu, cara! Já fazem semanas que você não aparece. Eu... nós ficamos preocupados! - Reparei que perto do olho esquerdo havia uma cicatriz vermelha um pouco arroxeada. Alguma coisa aconteceu enquanto estive fora. 
— O que é isso? - Diminui a distância entre nós e toquei a pequena marca. Senti a pele de Dean se contrair com o toque. O que fosse aquilo, era recente. 
— Não é nada! - Seu tom era rispído. Dean tirou minha mão de seu rosto antes que eu pudesse cura-lo. — Pare de mudar de assunto e me diga: onde esteve esse tempo todo?