Capítulo 28

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Lágrimas rolam no meu rosto, soluço sentindo meu peito doer, isso dói tanto. Vejo o médico se afasta em seguida desliga as máquinas.

— Hora do óbito. 22:54. 

Sinto mãos em meus ombros querendo me afasta dele, mas eu quero ficar aqui.

— Me deixa, por favor...— pedi com a voz de choro. — me deixa ficar com ele pelo menos um pouco. Toquei seu rosto pálido, seus cabelos caídos pela testa.

— Você ainda tem tempo antes de levamos para...o necrotério. — escutei.

Subi na cama e o abracei, ainda tinha o seu cheiro, ele ainda estava quente. Toquei seu peito não sentindo seu coração.

— San, nos íamos nos casar, você tem que voltar. Por favor...volta. — apertei seu ombro balançando levemente. — Não me deixa...não me deixa assim.....

Sinto meu corpo ser sacudido levemente. Sinto minha respiração ofegante, meu coração acelerado. Abro meus olhos devagar sentindo um aperto no peito, sinto meu rosto molhado.

— Ei...𝑚𝑦 𝑑𝑎𝑟𝑙𝑖𝑛𝑔. — ouço me chamar, abro meus olhos e vejo Santiago. — Ei...estou aqui.

Sinto minha respiração ficas mas ofegante, sorri em meio às lágrimas o abraçando. Sua mão fez carinho carinho meus cabelos, chorei baixinho.

— Estou aqui, darling...

— Por favor, não me deixa...— mumurei. — Por favor, por favor...nunca me deixe.

— Nunca, nunca. 

...

San afasta a pequena travessa de comida e me dá água na boca. Toquei seu rosto beijando seus lábios.

— Agora estou com medo de viver um sonho. — ele sorriu.

— Não é, okay? — acenei. Ele fez um carinho em meus cabelos. — Obrigada pelo rins...— soltei um riso. — E pelo bebê. Não foi planejado mas nos vamos amar ele muito.

— Sim...— mumurei sorrindo querendo chorar.

— O meu amor...não chora. — riu me abraçando.

— Aquele sonho foi tão real...ver você pálido, o coração não batendo mas...me sentir desesperada. — digo o abraçando.

— Okay...okay. Foi um pesadelo.  — ele beijou meus cabelos.

Estávamos deitados na cama de hospital, e estava noite já.

— Logo nosso bebê vai vim...e você vai poder conhecer ele. — sorri e o olhei.

— E um menino? — Ele acena. — Meu Deus, e um menino. — sorri eufórica. — me diga que é parece com você, por favor. — riu.

— Ele tem seus olhos mas se parece comigo. — sorri o beijando.

— Eu te amo.  — digo.

— Eu também. Te amo darling.

Sorri me aconchegando em seus braços sabendo que era tudo real, que nada daquele terrível pesadelo se realizaria.

...

— Você parece bem pra um paciente que acabou de sair de um cirurgia, Sr Roger. — diz o Dr.

— Eu estou bem, Dr. Melhor que nunca. — disse.

— E você, Arya. Como está? — mumura.

— Ah...eu tive um pesadelo, nada convencional. — digo.

Melhor Amigo. 𝐀𝐫𝐲𝐚 & 𝐒𝐚𝐧. Coleção Romance Clichê. ( ✔︎ Cᴏɴᴄʟᴜɪᴅᴀ)Onde histórias criam vida. Descubra agora