CAPÍTULO 01

1K 80 52
                                    

Ano 1.999 d.C.

Um grupo de arqueólogos, durante uma escavação no Egito, recuperou um artefato especial– um sarcófago lacrado. Sucedeu-se a isso várias tentativas falhas de abri-lo e como não conseguiram levaram a preciosidade ao museu do Cairo, onde uma equipe os aguardava para analisá-lo.

Entretanto, tiveram uma terrível surpresa, pois ao chegarem, a equipe à postos os atacou sem motivo aparente e os prendeu.

— Nosso mestre precisará se alimentar quando o libertarmos de sua prisão. – falou Connan indo até o sarcófago — Tragam a inocente – Ordenou.

Lank obedeceu, trazendo-lhe a pequena Sara, uma garotinha de quatro anos de idade. A pobrezinha chorava, desesperadamente. Ela fora pega num instante de distração dos pais, que visitavam a parte do museu aberta ao público.

— O que vão fazer seus loucos?! Ela é só uma criança! – Bradava um dos arqueólogos.

No esquife não havia nenhuma fechadura, porque fora lacrado com magia e da mesma forma deveria ser aberto. Na verdade, aqueles eram súditos de Dracon que há muito tempo procuravam o paradeiro de seu mestre. Eles se divertiam com o sofrimento da pequenina, correndo-lhe o punhal pelo pescoço para amedrontá-la.

— Já chega!– Bradou Connan e por fim cortou levemente o dedo indicador da inocente, fazendo pingar sete gotas sobre o caixão, em seguida a soltou — Vá embora criança! – mandou.

A garotinha correu o quanto pode, enquanto na sala ouviu-se uns estalos e a tampa do caixão foi arremessada, subitamente. Dracon sentou-se, ainda carregava a adaga fincada no peito; removeu-a furioso. Sua aparência era a mesma de quase 5.000 anos atrás, um homem com certeza, bonito e atraente.

— Por me libertarem dessa prisão serão bem recompensados. – garantiu aos servos que o reverenciavam e como que envolto numa sombra tenebrosa, desapareceu.

Naquele momento ouviu-se os gritos dos arqueólogos sendo atacados vorazmente, pois grande era a sede do soberano, sufocada por mais de mil anos na prisão na qual Laika lhe encerrara. Agora, ele tinha por objetivo mais urgente encontrá-la; queria vingar-se de sua traição.

Ano 2005 d.C

Há seis anos que o rei dos vampiros voltara a andar entre os homens e apesar de ser uma criatura de hábitos noturnos, podia também sair à luz do dia, diferentemente de suas criaturas, exceto Laika que bebera de seu sangue e compartilhava dessa dádiva.

A maioria dos humanos não sabia da existência de vampiros entre eles; talvez estivessem ocupados demais com coisas vãs à ponto de não perceberem o perigo eminente que os ameaçava e ainda se deleitavam assistindo filmes de vampiro, crédulos que não passavam de mera ficção. Ao passo que esses sugadores de sangue aumentavam sua população significativamente, já que os poucos caçadores que resistiram ao tempo não davam conta de exterminá-los, principalmente após a volta de seu mestre.

Para solucionar o problema, Urik, o novo líder dos caçadores, resolveu procurar Laika, pois tinha esperança de encontrá-la, sabendo que ela era o único oponente temível de Dracon. O próprio rei dos vampiros a procurara por todos aqueles anos, porem inutilmente.

Urik, por sua vez, estava determinado e não descansaria até achá-la. Com isso em mente, reuniu sua equipe e viajou de Nova Iorque para o Egito, onde Laika fora vista pela última vez. Sabia-se que a maior concentração de vampiros estava em nova Iorque, o que, talvez, se devesse pela presença do soberano, daí a razão da sede dos caçadores estar naquela cidade. Dali que se transmitia as decisões importantes para os pólos de outros países, configurando-se uma rede mundial e articulada.

Drácula: O mestre dos vampiros - O legado de LilithOnde histórias criam vida. Descubra agora