EPÍLOGO

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Epilogo

O filho de Drácula havia nascido e ele foi chamado de Drake. O senhor da noite agora tinha seu herdeiro. Aurora já não seria mais útil, mas ao contrário do que planejou, não conseguiu levar adiante a ideia de ceifar-lhe a vida. Amava aquela mulher como nunca supôs ser possível. Estava rendido a uma humana, porque por mais que ela tivesse dons especiais, ainda era só uma humana.

Durante o tempo final da gestação de Aurora, Isla/Lefhetiti não deixou de visitá-la, assim como passou a ir frequentemente para a cama com o senhor da noite, aliás passou a implorar por um pouco de sua atenção. Irremediavelmente, fora dominada pelo mestre. Seu corpo vampiro reagia a ele, não importava o quanto sua alma se rebelasse. Terminou se curvando a ele. Nada do que fizera para se desviar sortira efeito. Não pode lutar contra sua maldição.

O que ela não se deu conta, foi que começou a levantar suspeitas em Aurora, que terminou por flagrá-los, mas que por conta de sua gestação avançada, resolveu se conter. Contudo, agora era hora do acerto de contas. A "amiga" não tinha ideia do que a aguardava quando veio visitá-la naquela noite.

— Isla, querida...

— Como está o pequeno?

— Muito bem! – Disse encarando o pacotinho em seus braços — Leve-o para cima, por favor! – Pediu à sacerdotisa Zephi que sempre a estava acompanhando desde que o bebê nascera, só ainda não ficara claro se ela era sua babá ou do menino.

— Sim, minha senhora! – Assentiu pegando o rechonchudo de seus braços.

— Vamos para a biblioteca? Quero conversar com você em particular. – Aurora se dirigiu à Isla.

— Claro! – Concordou após um instante e a seguiu.

Sem que ela percebesse, Aurora trancou a porta. Estava ciente de que uma porta trancada não impediria um vampiro como Dracon, mas só precisava de alguns minutos com a mulher à sua frente.

— Vinho? – A inquiriu como boa anfitriã. —É uma pena que eu não possa acompanhá-la, estou amamentando!

— Sim, por favor!

Aurora entregou-lhe uma taça e a serviu.

Isla/ Lefhetiti estava incomodada em estar ali com ela, pois este tivera sido seu local de encontro com o senhor da noite. Ainda assim, sentou-se com ela no imenso sofá. Engoliu em seco quando ela a encarou com um olhar frio e desafiador.

— Então, é aqui que tem transado com Dracon?

Ela quase engasgou com o vinho que acabara de pôr na boca para mais um gole.

— Minha senhora...

— Dispenso o protocolo! – Foi cortante — Só quero saber o porquê. Você era minha amiga desde a infância, sei que muita coisa mudou, que você esteve em côma, mas fazer isso comigo?

— Não devia perguntar isso a ele?

— Eu já sei o que esperar dele, mas de você?

— Você é patética, Aurora! Ele só a está usando, assim como o faz comigo, assim como faz com todas. Só porque você foi a porta de entrada para o monstrinho dele nesse mundo, acha que é especial?

Aurora franziu o cenho. O tom de Isla se tornara diferente. Não, aquela não era sua amiga. Ela chamou seu filho de monstrinho e essa palavra estava constantemente na boca da caçadora de deuses.

— Lefhetiti?

— Hum... até que enfim...

— Por Deus, o que faz aqui?

Drácula: O mestre dos vampiros - O legado de LilithOnde histórias criam vida. Descubra agora