Capítulo 7

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Rachel Berry

Os lábios de Quinn são macios, seu gosto é maravilhoso e ela beija fodidamente bem, admito que posso ficar nessa posição pelo resto da minha vida e jamais iria reclamar, mas a merda do meu celular tinha que tocar para interromper aquele momento mágico. Queria apenas ignorá-lo e continuar beijando a Quinnie, mas poderia ser alguma coisa importante ou algo relacionado ao meu filhinho.

—Tenho que atender... -Murmurei assim que me afastei dos lábios de Quinn e ela estava sorrindo.

—Não tem problema. -Quinn afagou o meu rosto e se apoiou no corrimão da ponte para admirar as estrelas.

Peguei meu celular para atender a ligação e meu sangue gelou ao ver o número presente no visor.

—Britt? -Perguntei assim que atendi o celular e nem dei tempo da minha amiga falar alguma coisa.

—Rach... desculpa... desculpa... ter... ter... ter atrapalhado... -Brittany estava chorando do outro lado.

—O que aconteceu? Por que está chorando? -Perguntei preocupada e acabei prendendo o fôlego.

—Antony... Antony... ele acordou... ele foi ao banheiro... e quando estava... voltando... ele... ele...

—B, o que aconteceu com meu filho? -Meus olhos já estavam cheios de lágrimas nesse momento.

—Ele desmaiou no corredor... tentei acordá-lo, mas... não adiantou... então corri com ele para o... hospital... eles levaram o Antony... e não... não me deixaram.... acompanhá-lo.... desculpa... Rachel... -Brittany estava chorando em puro desespero do outro lado da linha, Quinn estava me observando, preocupada, pois sem perceber minhas lágrimas começaram a cair. —Estou com medo... Rach...

—Fica calma, por favor, estou chegando! -Comentei enquanto desligava o telefone e o guardava.

—O que aconteceu? -Quinn perguntou enquanto engolia em seco algumas vezes.

—Meu filho está no hospital... -Chorava de forma copiosa agora e ela me puxou para um abraço de urso.
—Preciso... preciso ir agora... sinto muito... -Murmurei enquanto me afastava dos seus braços protetores.

—Eu estou indo com você! -Quinn se prontificou e lhe ofereci um sorriso agradecido.

—Você não precisa... -Comentei e enxuguei algumas lágrimas com a palma das mãos.

—Escute com muita atenção... -Quinn segurou meu rosto entre suas mãos. —O Antony é importante para mim e saber que ele está em um hospital acaba comigo, ok? -Perguntou e notei algumas lágrimas em seus olhos esmeralda. —Pode parecer loucura, mas aquele menininho roubou o meu coração com seu jeitinho...

—Ele é um menino muito especial... -Murmurei com um sorriso no rosto enquanto as lágrimas rolavam.

—Vocês dois são especiais! -Quinn sorriu bobamente e percebi uma lágrima solitária escorrendo. —Vamos...

Quinn pegou uma das minhas mãos, ela caminhou em passos rápidos até o seu carro e fomos para o hospital.

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Brittany S. Pierce

Estava assistindo um programa sobre a vida selvagem na TV quando meu sobrinho acordou e me perguntou onde estava sua mamãe. Claro que dei uma resposta vaga, pois não queria dar falsas esperanças ao pequeno.

O Antony apenas sorriu para mim, ele disse que iria ao banheiro e depois voltaria para sua caminha, visto que estava cansado e precisaria acordar cedo para ir até a escola amanhã, claro que perguntei se ele precisaria de ajuda para se limpar, porém o menininho disse que era um rapazinho e saberia fazer aquela tarefa sozinho, estava orgulhosa do meu sobrinho e voltei a assistir o meu programa enquanto ela ia fazer suas necessidades.

Ele me chamou depois de alguns minutos, pensei que havia mudado de ideia e estava precisando de ajuda, mas antes que pudesse me levantar para ajudá-lo, um baque vindo do corredor ecoou por todo o apartamento.

Antony me chamou assim que saiu do banheiro, pois deveria estar passando mal, mas não cheguei a tempo, ele desmaiou antes que pudesse pegá-lo e tentei muitas formas para acordá-lo, porém nada funcionou e como uma boa tia, decidi levá-lo para o hospital, já que eles saberiam o que fazer nesse caso. Os médicos tiraram o meu sobrinho dos meus braços, eles os levaram em uma maca para dentro de um corredor e não pude acompanhar. Estou sem notícias do Antony a mais de vinte minutos.

Nesse momento estou sentada no chão da recepção, abraçando meus joelhos e chorando como um bebê.

Me sinto culpada pelo que aconteceu, ele ainda é uma criança e eu deveria ter ficado de olho nele, tinha que o acompanhar até o banheiro e ficar ao seu lado, mas o deixei fazer isso sozinho e continuei assistindo a TV.

—Britt! -Ouvi a voz de Rachel vindo das portas do hospital e me levantei em um pulo.

—Rach... -Abracei o corpo da minha melhor amiga e juntas choramos como duas crianças. —Me desculpa...

—A culpa não foi sua... -Rachel me abraçou e senti um peso saindo das minhas costas. —Ah, essa é a Quinn...

—Oh, um prazer conhecê-la! -Me forcei a dar um sorriso para a loira mais baixa.

—O prazer é todo meu, mas lamento termos nos conhecido nessas situações... -Quinn era educada e gentil.

—Essa é a Brittany, minha melhor amiga e irmã de alma! -Rachel me apresentou formalmente. —Ela sempre esteve ao meu lado, sabe? -Perguntou e Quinn apenas concordou com um sorriso no rosto.

—Tenho dois melhores amigos... -Quinn comentou. —Não sei o que seria de mim sem eles... -Ela sorriu.

Nesse momento o celular da loira começou a tocar e ela pediu licença para que pudesse atender a ligação.

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Quinn Fabray

Quem estava me ligando era o Finn, ele deve estar querendo saber mais sobre o meu encontro com Rachel.

—ME CONTE TUDO! -Santana gritou do outro lado da linha e acabei dando uma risada nasalada.

—Nos beijamos.... -Não tive tempo de terminar, pois os dois começaram a gritar em comemoração.

—Está indo para o apartamento dela essa noite? -Finn perguntou.

—Estamos no hospital... -Meu coração se apertou ao dizer aquilo. —Antony desmaiou e viemos para cá...

—Estamos indo para o hospital! -Finn comentou e ouvi passos apresados do outro lado.

—ONDE ES~TAO MINHA MALDITAS CHAVES? -Ouvi a Santana gritar do outro lado da linha.

—Vocês não precisam... -Novamente não terminei minha frase.

—Eles são importantes para vocês e nós estaremos ao seu lado nesse momento! -Finn comentou irritado.

—EU PRECISO DAS MINHAS CHAVES! -Santana gritou novamente.

—SANTANA NOSSAS CHAVES ESTÃO BEM ALI! -Finn gritou antes de desligar o celular.

Eles podem ser loucos, mas são os melhores amigos que alguém poderia querer ter em todo o mundo.

Inexplicável: FaberryOnde histórias criam vida. Descubra agora