Capítulo 6

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[Mais cedo naquela noite]

Noah Puckerman

Nesses últimos anos da minha vida consegui fazer amizade com muitas pessoas em várias partes do mundo e posso garantir que tenho alguns conhecidos na cidade, sou um homem influente e não foi uma tão difícil encontrar a Rachel e meu filho. Contudo, tomar coragem para procurá-los foi uma árdua tarefa, já que demorei dois meses e meio para comparecer ao prédio onde eles estão morando. A reação da Rachel é esperada, ela deve me odiar por lhe abandonar grávida, sei que a morena não vai me aceitar com facilidade, entretanto, eu vou lutar pela mulher que amo e pelo meu filhinho que tem todo direito de me conhecer, ele tem o direito de desfrutar da minha fortuna e merece viver na melhor vida de conforto que o dinheiro pode oferecer ao meu primogênito.

O prédio em que eles moram não era de todo ruim, ele ficava bem localizado, mas a sua segurança é muito baixa e a higienização deixava a desejar. A última dedetização deve ter sido a uns dois anos atrás, já que vi umas duas baratas andando livremente pela recepção e conhecendo a Rachel, ela teria um treco ao ver esse bichos asquerosos.

Perguntei a recepcionista pelo andar e número de apartamento de Rachel Berry, eu sabia todas aquelas informações, mas não poderia apenas subir, já que eles poderiam me barrar e chamar a polícia por ter tantas informações sobre uma moradora. Então, logo após os dados confirmados pela recepcionista que flertou comigo umas duas vezes, peguei o elevador principal, coloquei o número do seu andar e estava ensaiando um discurso para dizer a minha ex-namorada, mas, sei que vou esquecer todas as palavras quando a olhar.

As portas do elevador se abriram e tão agradável foi minha surpresa ao encontrar a Rachel parada no meio do corredor, ela continuava linda e imensuravelmente gostosa, meu sorriso foi inevitável, pensei que ela iria sorrir de volta, mas, recebi sua expressão confusa.

—Noah? -Rachel perguntou desnorteada ao me ver parado em sua frente com um sorriso.

—Rachel! -Minha alegria não podia ser contida, corri em sua direção e abracei-lhe forte.

No calor do momento e tomado por uma grande saudades, colei os meus lábios aos dela em um beijo castro, mas ela ainda estava imóvel e ao perceber o que estava acontecendo, ela conseguiu me empurrar para longe e me deu um tapa no rosto. Porra, eu senti tanta falta dessa mulher em minha vida!

—O que está fazendo aqui? -Sua voz era gélida, seus olhos estavam lacrimejando e negros.

—Quero falar com você, conseguir o seu perdão e conhecer meu filho. -Falei de uma vez.

—Acho que você está cinco anos atrasado! -Rachel comentou e tentou ir para o elevador.

—Sei que estou atrasado, mas tente me dar uma chance, por favor! -Fiquei em sua frente. —A cinco anos atrás, eu era uma pessoa diferente, admito que era um moleque que não tinha condições financeiras e nem psicológicas para cuidar de uma criança, mas os meus erros me ensinaram a ser uma pessoa melhor, não teve um único dia nesses últimos anos que não pensei em vocês, mas não tive coragem de procurar vocês! -Comentei choroso. —Hoje sou um empresário e posso cuidar de vocês muito bem, mas preciso que me dê uma chance, Rachel! -Tentei segurar suas mãos, mas a morena se afastou do meu toque.

—Podemos conversar outro dia... -Rachel entrou no elevador e acabei fazendo o mesmo. —Tenho um encontro agora e me dói olhar ou falar com você, pois ainda não te perdoei!

—Encontro? -Fiquei muito irritado. —Quem é o idiota que vou arrebentar os dentes?

—Não te devo satisfações da minha vida... -Rachel comentou e logo o elevador se abriu. —Não vou te impedir de conhecer o Antony, mas vai ser sobre as minhas condições e ...

—O nome dele é Antony? -Perguntei com um sorriso bobo nos lábios.

—Vou prepará-lo para te conhecer, vou me preparar para te ver novamente e vou te ligar.

Ela saiu sem se despedir ou me deixar dar rebater aquelas condições, ela caminhou até um carro preto que estava estacionado mais a frente e percebi que não era um homem que estava dirigindo e sim, uma loira muito bonita. As duas devem estar saindo como amigas.

[Presente]

Quinn Fabray

Rachel me contou sobre o pai de Antony algumas vezes durante as nossas conversas pelo celular, eu desenvolvi um ódio irracional por esse homem e queria ter descido do meu carro para arrebentar a cara dele por ter feito essa mulher maravilhosa sofrer no passado, mas a morena está precisando de uma amiga, uma pessoa que a distraía dessa realidade e não de uma barraqueira. A levei para o parque, pois era um bom lugar para se distrair, compramos dois cachorros-quentes em uma barraquinha e nos sentamos em um banco da praça para que pudéssemos comer em paz e admirar a lua cheia.

Terminamos de comer nossos lanches e compramos dois sorvetes, ela pediu um de flocos, eu pedi um de chocolate e peguei em sua mão para puxá-la comigo até um lugar especial. No parque havia um laguinho com uma ponte suspensa e a luz do luar dava uma iluminação natural ao local e tudo ficava mais lindo e romântico.

—É lindo! -Rachel comentou.

—É meu lugar favorito e poucas pessoas conseguem chegar aqui... -Comentei sorrindo.

—Você trouxe mais pessoas aqui? -Perguntou curiosa e lhe ofereci um largo sorriso.

—Você é a primeira e quero que seja a última, Rach. -Comentei. —Gosto muito de você!

—Também gosto muito de você, Quinnie! -Rachel sorriu com timidez e pegou minha mão. —A muito tempo não me sinto assim por alguém, mas quando te conheci, uma chama se acendeu em meu coração, uma chaminha gostosa e a muito esquecida... -Ela comentou.

Depois daquela declaração tomei a iniciativa, me aproximei dela e toquei o seu rosto, ela não se afastou e então quebrei a distância entre nossas bocas. O beijo era calmo, muito desejado por mim e por Rachel. As nossas bocas se encontravam de forma desajeitada, mas com o passar do tempo fomos nos acostumando uma com a outra e o beijo foi se aprofundando.

Minhas mãos pousaram em sua cintura e seus braços rodearam o meu pescoço com força.

Inexplicável: FaberryOnde histórias criam vida. Descubra agora