Inexplicável: Faberry

Capítulo 10

Rachel estava esperando em uma cafeteria no centro comercial de NY, ela escolheu uma mesa um pouco mais afastada para precaver futuros incômodos aos demais consumidores do café. Ela estava preocupada com a conduta do ex-namorado ao descobrir sobre o estado do filho.

A morena sabe perfeitamente que o homem sempre fora um pouco egoísta, ela estava com medo do rapaz se recusar a doar as células para o transplante de Antony, mas a judia estava disposta a implorar se fosse necessário para salvar o seu filhinho das dores excruciantes dele.

A porta da cafeteria se abriu atraindo a atenção da morena, ela engoliu quando viu o moreno entrando com uma camiseta branca e calças jeans. Puckerman sorriu para a garota e se sentou na cadeira livre em sua frente, mas nenhum deles falou alguma coisa de primeira. Na verdade, eles não sabiam ao certo o que dizer, porém, Rachel decidiu quebrar o silêncio desconfortável.

—Antony está no hospital... -Rachel não se demorou a falar e Puck se preocupou com o filho.

—O que ele tem, Rachel? -Perguntou o moreno enquanto batia os pés no chão em ansiedade.

—Ele está com Mieloma múltiplo... -Rachel enxugou uma lágrima solitária que insistiu em cair.

—Ele... ele está com... com câncer? -Puckerman perguntou em um fio de voz e ele tremia.

—Sim... -Rachel suspirou. —Ele precisa de um transplante de medula, mas não sou compatível!

Noah Puckerman entendeu imediatamente do que aquela conversa se tratava e ele iria ajudar.

—Quero fazer o teste! -Ele declarou e Rachel o encarou com um sorriso aliviado no rosto.

—Eu não sei o que dizer... -A morena comentou enquanto pegava um lenço em sua bolsa.

—Nosso filho está doente, você não precisa dizer nada, pois é minha obrigação ajudar! -Disse.

—Você mudou mesmo... -Rachel sorriu e segurou a mão do rapaz a sua frente. —Obrigada...

—Não precisa agradecer! -Apertou carinhosamente sua mão. —Acha que ele gostará de mim?

—Oh, ele vai ficar radiante quando souber que tem um papai! -Rachel comentou sorrindo.

—Ele pergunta por mim? -Puck perguntou com a cabeça baixa para esconder as lágrimas.

—Todo dia desde que aprendeu a falar... -Rachel comentou. —Ele quer te conhecer, Puck.

—Eu... eu posso conhecê-lo? -Puck perguntou com um sorriso bobo estampado no rosto.

—Claro que pode... -Ela comentou em meio a várias lágrimas. —Vamos? -Perguntou a ele.

—Como ficamos? -Puck segurou a morena pelos braços e perguntou antes que ela saísse.

—Posso te oferecer a minha amizade, mas nada a mais que isso, Noah! -Ela foi sincera.

—Eu posso aceitar isso! -Puck aceitou que não teria a morena de volta como namorada.

O homem fez questão de pagar pelos cafés e os dois rumaram para o hospital em seus respectivos carros, mas a morena mal pisou na recepção e a recepcionista a chamou.

—Srta. Berry o seu pagamento do quarto e do atendimento médico está atrasado! -Falou.

—Eu preciso falar com meus pais... -Rachel sussurrou olhando o papel em suas mãos.

—Estarei passando o cartão e podem passar todas as despesas para o meu nome! -Falou.

Noah Puckerman esticou um cartão prateado para a recepcionista que sorriu torto para o rapaz, mas ele não estava interessado em interações românticas no momento e somente ignorou a mulher que deu um suspiro derrotado e terminou de passar o cartão do rapaz.

—Você não precisava fazer isso! -Rachel comentou e o rapaz lhe ofereceu um sorriso.

—Você cuidou dele sozinha por anos, por favor, me deixe ajudar, Rach! -Ele comentou.

—Você realmente mudou! -A morena estava feliz com a mudança verdadeira de Puckerman.

—Posso... posso conhecer o Antony agora? -Noah perguntou enquanto coçava a sua nuca.

Rachel concordou com a cabeça, eles pegaram os crachás na recepção e entraram na ala de internações para encontrarem o menininho deitado na cama assistindo desenhos animados.

—Oi meu pequeno! -Rachel entrou e o menino desviou os olhos da televisão.

—Mamãe! -Ele esticou os bracinhos para receber um abraço da sua mãe. —Quem é ele, mãe?

Puckerman estava parado a porta com os olhos cheios de lágrimas e um sorriso bobo no rosto.

—Você lembra quando me perguntou sobre o seu pai? -Os olhinhos do menino brilharam.

—Eu lembro, mamãe! -Antony ofereceu um largo sorriso que havia herdado de Rachel.

—Ele é o seu papai e ele veio ajudar para que possamos levar você pra casa! -Ela comentou.

Antony encarou o homem que se aproximava com um sorriso no rosto e lágrimas em seus olhos castanhos. O menininho era uma perfeita mistura dele com a morena e ele estava muito orgulhoso por ter feito uma coisa tão perfeita. O Antony era a sua coisa perfeita e ele não iria se afastar desse menino nunca mais, pois desenvolveu um amor incondicional pelo filhinho.

Naquele momento ele estava se amaldiçoando como nunca havia feito por ter o abandonado.

—Papai? -Antony perguntou e isso fez com que o moreno caísse de joelhos ao lado da cama.

Noah Puckerman puxou o menino para os seus braços e eles se abraçaram por longo tempo. Os soluços do moreno estavam ecoando pelo quarto enquanto ele se desculpava com o menininho que olhava para o seu progenitor sem entender nada, mas ele começou a chorar.

—Você vai fazer a dor passar? -Antony perguntou quando eles se afastaram e Noah sorriu.

—Vou fazer o possível e o impossível, meu filho! -Puckerman prometeu ao menininho.

Do lado de fora do quarto a Quinn estava assistindo toda a cena, ela estava chorando em pura emoção e temporariamente esqueceu todo o ódio que sentia por aquele homem, pois o seu garotinho estava feliz e a vida de Antony estava nas mãos daquele homem naquele momento.

—Ele está feliz... -Quinn murmurou para a Rachel que havia saído do quarto aos prantos.

—Ele queria conhecer o Puck a muito tempo! -Rachel comentou olhando pela janela da sala.

—Vocês voltaram? -Quinn perguntou com certa insegurança em sua voz.

—Não, pois o meu coração pertence a outra pessoa! -Rachel comentou e elas se encararam.

—Eu te amo! -Quinn declarou enquanto puxava a morena para um beijo ardente, mas rápido.

—Eu te amo! -Rachel declarou. —Amo muito! -Disse. —Me leve pra casa? -perguntou sugestiva.