5 | Comensais da Morte e Sangues Ruins

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— Você não é o que eu imaginei que seria — ela sorriu para o teto quando viu a cabeça dele saltar do travesseiro ao lado dela de repente.

— Bem, o que você estava esperando? — ela fingiu não notar a carranca encantadoramente confusa que ele lançou para ela já na defensiva.

Ela tentou conter o riso enquanto levantava as mãos unidas. Ela nunca teria acreditado que estaria de mãos dadas com esse homem tão de repente, mas havia algo tão libertador em saber que ela talvez nunca mais precisasse vê-lo novamente ou descobrir quem ele realmente é, se quisesse.

— Você é alto.... — ela disse enquanto inspecionava as veias fluindo pela mão na frente dela, — ... e largo — ela torceu as mãos para mostrar sua mão muito menor envolvida pela dele, — ... suas mãos são muito maiores que as minhas ...

Ela podia ver seus olhos cinzentos observando o movimento de suas mãos unidas enquanto ela torcia a mão dele de volta para a frente, — ... mas você não é tão grande quanto eu pensei que seria — os olhos dele brilharam de volta para os dela, começando a ficar ofendido. Ela riu e deixou as mãos deles caírem entre eles. — Da maneira como alguns livros falavam sobre alfas, você pensaria que eles eram do tamanho de Hagrid — ela riu.

— Você conhece Hagrid? — ele perguntou no silêncio recém-descoberto quando Hermione percebeu o que ela tinha feito.

— Você conhece Hagrid? — ele perguntou novamente, a excitação iluminando sua voz. Ela tentou falar, mas toda vez que encontrava suas palavras falhavam. Tudo o que ela pôde fazer foi fechar os olhos tentando evitar os dele enquanto sorria para o teto. Ele não estava aceitando.

Ela sentiu a cama ondular sob suas costas com os movimentos dele e sorriu para a escuridão autoinfligida, e quando os abriu seu coração bateu forte no peito. Ele estava pairando sobre ela, parecendo muito com o gato que conseguiu o leite, e havia algo inegavelmente... sexy nisso.

— Você cometeu um erro, bruxa — ele disse baixo e cheio de ameaça brincalhona.

Ela engoliu em seco, mas se recusou a tirar os olhos dos dele. Sua voz baixa e poderosa, juntamente com sua proximidade, foram... suficientes para alertá-la para o fato de que seus braços a estavam prendendo debaixo dele. Se ele abaixasse seu corpo muito mais, seu peito nu ficaria pressionado contra o dela, e se ele largasse tudo mais ele seria...

— Ah, eu cometi? — ela disse inocentemente enquanto chupava o lábio inferior entre os dentes, tentando e não conseguindo esconder o sorriso de Cheshire brilhando na travessura em seus olhos cinzentos.

— Porque agora... — ele se inclinou mais perto do rosto dela, o peito pairando perigosamente acima do dela — eu sei que você estudou em Hogwarts.

Ela queria perder o fôlego e ceder ao poder que irradiava dele, mas em vez disso, ela sorriu: — E como exatamente você tem certeza disso? — Ela ergueu ambas as sobrancelhas para ele, — peut-être que je suis de Beauxbatons? — ela perguntou, convencida de que seu sotaque francês era perfeito. (Talvez eu seja de Beauxbatons)

— Não, não, você definitivamente não é de Beauxbatons — ele baixou a cabeça e riu no espaço entre eles.

O queixo dela caiu diante da insolência dele, e ela empurrou levemente o ombro dele, rindo sem fôlego: — E por que eu não poderia ser?

Ela não sabia como ele fez isso, mas a mão em seu ombro de repente foi agarrada por sua enorme mão, apoiada contra a cama ao lado de seu rosto. Ela não pôde deixar de suspirar e automaticamente inclinou a cabeça e fechou os olhos esperando sentir os lábios dele nos dela. Ela podia senti-lo se aproximando dela, sua respiração pairando sobre seu rosto, mas o beijo nunca veio. Em vez disso, quando ela abriu os olhos, ela estava olhando para os cabelos brancos dele no lado esquerdo de sua visão. Ela o sentiu sorrir contra seu pescoço, e seu pulso deve ter acelerado contra seus lábios.

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