The Program | Dramione

13 | Mojito de Morango

— Você quer me dizer que recusou um contrato sexual sem compromisso com a maldita Hermione Granger?

Draco estava de costas para o amigo, mas revirou os olhos para ele de qualquer maneira enquanto passava os dedos ao longo de um caule de lavanda.

— Você está louco, cara?

— Não foi assim, Zabini — Draco resmungou enquanto a nuvem roxa caía sobre a mesa de poções abaixo dele, — ela está ignorando completamente o vínculo e me escondendo como uma espécie de... brinquedo sexual trancado em uma gaveta — o desgosto que vazava de sua voz era pútrido, mas seu melhor amigo não pareceu notar.

Blaise zombou, e Draco pôde de alguma forma senti-lo balançando o pé sobre o joelho. — Estou lhe dizendo, por uma chance dessas, eu a deixaria me trancar no Programa entre os cios.

— Blaise! — Draco finalmente retrucou, jogando os talos de lavanda na mesa de poções e virando-se para seu amigo. O fogo borbulhando em suas veias finalmente veio à tona. Ele esteve errático por dias, mudando de uma melancolia silenciosa para uma raiva ardente em minutos. Ele sabia o que isso significava, era seu alfa exigindo que fosse ouvido, exigindo que ele reconhecesse a raiva e a dor que sentia, ao mesmo tempo tornando sua vida miserável.

— Viu! — Blaise exclamou enquanto saltava do assento, — é exatamente disso que estou falando — Blaise apontou em sua direção enquanto se aproximava dele, — Você está em todo lugar, companheiro!

Draco de repente sentiu como se um pomo tivesse sido lançado dentro de seu corpo, atingindo todos os nervos. Ele arrancou seu avental de poções e bateu-o na mesa de poções atrás dele, espalhando uma tempestade roxa pelo chão. — Você acha que eu não sei, porra! — Sua voz falhou, rouca e rouca enquanto a realidade disso o penetrava. Ele recuou um passo, usando a mesa como apoio quando bateu as coxas nela. Ele havia se afastado dela, mas nunca se livraria dela.

Seu amigo imediatamente reconheceu a vulnerabilidade de sua raiva e dirigiu-se a ele. A mão pesada de Blaise pousou em seu ombro e puxou-o para um abraço apertado: — Eu sei, eu sei. Eu só precisava que você deixasse escapar.

— Você é um idiota, Blaise — ele murmurou no ombro do outro homem, mas passou os braços em volta do amigo e deixou o homem confortá-lo de qualquer maneira. Foi o mais próximo que ele chegaria de agradecê-lo. As bolhas em seus nervos reduziram-se a um estrondo silencioso e depois a nada.

Eles ficaram em silêncio por um momento antes que ele deslizasse as mãos das omoplatas de Blaise pelas costas e puxasse seu corpo para longe. Blaise entendeu a dica e recuou. Ele não perdeu tempo, caminhando imediatamente até a cadeira em que estava sentado para tirar a capa do lado. — Vamos. Vamos tomar uma bebida.

— Blaise, precisamos? Se eu conseguir colocar a quantidade certa de lavanda na poção, eu poderia... — Draco achou difícil se concentrar quando Blaise estava tirando sua capa do cabide no canto da sala, — ... fazê-la funcionar.

Seu amigo estava em frente à lareira com um punhado generoso de pó de flu na mão, as duas capas penduradas no braço. Com uma sobrancelha levantada de cabelo escuro, Draco foi derrotado. Blaise estendeu o braço e Draco pegou seu casaco, fixando seu amigo com seu melhor olhar de "só um". Blaise zombou enquanto jogava o pó na lareira. Não seria apenas um.

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— Só estou dizendo, cara. Você não acha que está sendo um pouco duro?

Draco engoliu dramaticamente como se o uísque de fogo que ele estava girando entre os dentes pudesse sufocá-lo, — Eu?!

Blaise ergueu as sobrancelhas como se fosse a única coisa que mantinha suas pálpebras abertas. — Sim, você! — Ele ergueu a mão e apertou os dedos, deixando um espaço de cerca de dois centímetros entre eles, — nem um pouquinho?