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Acordei sentindo a falta de uma presença ao meu lado, me virei para o lado oposto e ainda de olhos fechados estiquei o braço na intenção de abraça-lo, mas o local estava vazio e gelado, o que indicava que ele teria se levantado a um bom tempo. A contragosto abri os olhos e me sentei.

_Harry?- Chamei, mas não obtive resposta. A casa estava estranhamente silenciosa. Me levantei e olhei no banheiro do meu quarto, estava vazio. Fui para sala.- Harry?- Nada. Não tinha ninguém ali, nem na cozinha, fui até a área. Nada também. Olhei no banheiro da sala e nada.- Harry?- Chamei uma última vez e como esperado não obtive resposta. Eu estava sozinho. 

Será que Harry havia saído? Mas ele me avisaria certo? 

O nervosismo da noite passada me atingiu novamente. Minhas mãos começaram a suar novamente e a sensação de peso tomou conta.

Harry estava bem? A onde ele poderia ter ido?

Sabendo que não tem muitos lugares que ele poderia ter ido, vesti uma roupa qualquer, escovei os dentes e sai em disparado pela rua. Precisava encontra-lo.

Fui até a padaria da esquina e perguntei ao seu Antonio, o padeiro, se havia visto um garoto alto, de olhos verdes e cabelo cacheado, mas ele me disse que naquele dia ele ainda não havia o visto.

Passei em todos os lugares existentes aos redores de casa. Igreja, padarias, lojas, alfaiataria e até no banco, mas nada. Depois de muito andar, voltei para casa com o coração na mão, não tinha muito o que eu pudesse fazer, só me restava esperar até que ele aparecesse, isso se aparecesse.

Quando me joguei no sofá escutei meu celular tocar, o encontrei entre algumas almofadas, olhei no identificador e era um número desconhecido, atendi meio desconfiado.

_Alô?

_Alô? Sr.Louis Tomlinsom?

_Sim, sou eu.

_Aqui é o Niall da MPC.- Meus olhos se arregalaram.- Gostaríamos de marcar uma reunião com o senhor para sexta-feira a tarde para conversarmos a respeito de seu projeto, esta disponível?- Não respondi, eu estava em completo choque.- Sr. Tomlinsom?

_Ah.... O-Oi, estou aqui. N-na sexta-feira? Estou... Estou disponível sim.

_Que bom, fica combinada e estaremos o aguardando então.

_Ok.

_Tenha um bom dia.

_Obrigado. Igualmente.- Assim que desliguei o celular uma alegria imensa tomou conta de mim a ponto de soltar gritinhos e dar pulinhos pela casa.

Depois de Harry ter lido algumas de minhas música e ter dito que eu deveria "coloca-las no meu currículo pois as pessoas iam gostar", resolvi me dar uma chance e tentar a sorte, enviei duas  delas para a MPC, mas não esperava que fosse receber uma resposta, ainda mais uma resposta tão rápida quanto está.

Meu Deus! Eu havia acabado de receber uma ligação da MPC e eles queriam marcar uma reunião comigo. A Music Payne's Company queria falar comigo! 

Eu estava em surto, corri para o meu quarto para contar a Harry, mas me vi completamente perdido ao encontrar somente o vazio.

***

Sexta-feira.

Sétimo dia do ano.

Sete dias sem noticias de Harry.

Sete minutos da minha reunião.

Hoje era para ser um dia de imensa alegria, mas como ficar feliz se a pessoas mais responsável por isso não está aqui? Depois de três dias, e de ter procurado a delegacia, cheguei a conclusão de que talvez o sumiço de Harry significava que o pedido dele havia dado certo, até tentei ficar feliz por ele nas primeiras horas de minha constatação, mas também existe a chance de algo ruim ter acontecido, e esse último fato tem me tirado o sono e a calma desde que percebi seu sumiço naquela tarde.

Um príncipe no natal - {L.S}Onde histórias criam vida. Descubra agora