Vicious - TodoDeku

eu sempre estarei aqui

Capítulo 9

Haviamos nos casado e estávamos felizes. Mas ainda sofríamos ataques da mídia, que diziam que um noivado desse patamar deveria ter sido anunciado muito tempo antes, principalmente quando envolvia um laço de parceria.

Claro, não respondíamos a nada disso. Mas era impossível não ler coisas daquele tipo. Haviam também boatos que escondíamos uma gravidez, e essa parte mexeu com a minha mãe.

Tive que passar por uma série de exames logo após ela saber que Todoroki havia me marcado. Eu ainda sentia a sensação da mordida, e ela ainda parecia incrível, porque simplesmente foi.

Felizmente, eu estava bem e não carregava nenhum bebê. Ocasionalmente, ela também soube o que aconteceu no evento, e eu só queria poder enfiar minha cabeça na terra.

De toda forma, também haviam pessoas que nos apoiavam imensamente e com todo o amor. Era difícil ficar muito tempo sem aparecer nos assuntos mais comentados porque onde íamos, acabávamos sendo o centro das atenções.

Aprendi mais sobre o Todoroki e descobri que ele é simplesmente uma caixinha de surpresas muito interessante. Da mesma forma que a cada dia que passa ele aprende mais sobre mim. Até porque eu sou um livro aberto e sempre fui pra ele.

Minha mãe e a Rei estavam muito felizes também, e nenhuma das duas estavam dando bola pra mídia.

No início quando conheci o Todoroki, toda essa história de casamento era apenas algo que aumentasse nossos status na sociedade. De duas famílias incrivelmente poderosas, à uma, melhor do que duas. Mas coisas mudaram, e era uma mudança enorme.

Não imaginava que acabaríamos assim, apaixonados um pelo outro.

Todoroki passou por uma mudança radical desde a mordida, e um pouco antes, e o casamento. A pessoa sarcástica que eu conheci no início mal e mal existia agora, por mais que eu tenha... um pouco de saudade das provocações diárias dele.

Mas ele ainda me provocava. E isso em qualquer lugar, qualquer hora. E das muitas vezes, acabávamos em um único lugar...

Tínhamos planos, e isso era verdade. Mas não é nada tão extravagante, do tipo clichê.

Não pensamos que assim que nos casássemos literalmente compraríamos nossa casa própria e encheríamos o jardim de filhos, não. Queríamos curtir um ao outro, viajar e criar lembranças memoráveis pra ambos. E isso é algo que vai levar um pouco de tempo, considerando o quão somos jovens ainda.

Mas queríamos, pelo menos da minha parte e no futuro, um filho.

- Shouto - eu o chamo baixinho, - não vamos curtir nada desse fim de semana se você quiser ficar dormindo.

- Aquela reunião maldita me esgotou - ele resmunga, ainda de olhos fechados.

- Eu sei, eu sei - falo. - Mas o dia está lindo, e estamos em uma casa de praia.

Ele se virou e me agarrou em um abraço. Com um beijo na minha testa, ele se aninhou mais em mim.

- O que você está fazendo? - um silêncio. - Pare.

- Não estou fazendo nada - ele diz, mas eu ainda sentia e se arrepiava conforme ele deslizava as mãos pelas minhas costas, pra baixo e pra baixo, até estar ameaçando invadir minhas roupas.

Em uma tentativa que deu errado, eu tentei empurrar ele. Mas era tudo em vão, levando em conta que ele era maior e mais forte.