quero que você me toque...

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Extra.

Estávamos voltando de uma das visitas mensais do pré-natal do nosso bebê. E já haviam se passado alguns meses e minha barriga já estava com um volume notável, considerando que nós, ômegas do sexo masculino, não cresciamos tanto a barriga. Nossos músculos abdominais desaparecem, e no lugar ganhamos uma barriguinha.

Mas notável o bastante se você olhar com atenção.

- Eu não suporto essa rádio - Todoroki reclama, focado na estrada. - Pode... pode trocar pras músicas do pendrive, por favor?

- Claro... - assim eu fiz, agradecendo mentalmente por ele ter pedido pra trocar.

E depois, me ajeitei no banco novamente e comecei a observá-lo. Nosso bebê poderia puxar os traços fortes dele. Os cabelos bicolores, olhos heterocromaticos... na verdade, poderia ser uma cópia fiel dele.

E eu ri com esses pensamentos, e ele me olhou curioso pelo retrovisor. Me encolhi um pouco, ainda o observando.

Faz um tempo desde que... na verdade desde que fizemos coisas... que ele me tocou. Tem tudo isso de cuidar com o bebê e tudo mais, mas... eu estou sentindo falta dele.

Ele leva um pouco a sério os cuidados, e me provoca algumas vezes, mas sempre para antes das coisas esquentarem e eu... só queria que esquentássem.

Com um movimento involuntário, eu apoei minha mão na perna dele. E cogitei tirar, e esquecer aquilo. Mas ele ficou quieto, durante um longo tempo, sem desviar o olhar da estrada.

- Shouto - eu o chamo baixinho, - sabe o que eu quero muito agora? que você me toque, me provoque e faça qualquer coisa que signifique ter as suas mãos em mim.

- Por que derrepente você está falando disso? - ele tenta disfarçar um sorrisinho, me acompanhando pelo retrovisor.

- Porque eu preciso que você me toque. Agora! - falo um pouco alto, constrangido. - Você... você não tem feito nada ultimamente e... não demonstra que também quer isso tanto quanto eu...por isso...

- Izuku. Acho que, se eu for fazer tudo o que eu tenho vontade de fazer com você, o bebê realmente seria prejudicado.

- Mas...

- Mas na verdade eu quero tanto isso que chega a ser insuportável - ele diz, e eu sinto meu rosto esquentar.

- Nós não precisamos ir até o... final, sabe - eu falo, acariciando devagar a perna dele.

- Acho que eu não resistiria.

- E mesmo que fôssemos até o final, isso só teria acontecido uma vez! e está tudo bem...

E com isso, percebi que estávamos estacionando na garagem subterrânea do prédio. Todoroki desceu primeiro, dando a volta no carro pra abrir a minha porta. Não era do normal dele fazer isso, mas era do normal dele me pegar no colo.

No caminho pro elevador, ele sussurrou um breve tudo bem, vamos fazer isso. Quando chegamos no nosso andar, ele me levou direto pro quarto, e me deitou na cama.

- Você fica lindo vestindo branco - ele diz, antes de me beijar de forma intensa, mas calma, e desabotoar com facilidade cada botão da minha camisa.

Ele desviou os beijos pra lateral da minha orelha, e os desceu pelo pescoço, ombro... até chegar minha barriga.

- Não quero que pense que de alguma forma você fica menos atraente com a barriga elevada - ele sussurra contra minha pele, e ergue o olhar pra mim. - Você é perfeito da cabeça aos pés. Cada centímetro de você é perfeito. E o que você carrega dentro de você agora é especial. Você é especial, e por isso...

Ele abaixa minha calça.

- Palavras deveriam ser o suficiente, mas você quer isso, e pra falar a verdade, seus pedidos são ordens.

Meu corpo inteiro estremeceu, e eu senti algo escorrer por entre minhas pernas.

- Ah, nossa... - ele sorri com a minha reação rápida. - Você ficou excitado com o que eu disse? pois bem, saiba que é tudo verdade.

- B-bom, da forma que você falou... - eu indago, desviando o olhar.

Senti ele roçar o volume da calça dele em mim.

- Está vendo? qualquer coisinha que você faça e que seja feita somente na minha presença, acontece isso.

Eu arfei derrepente. Ah, tinha que ser agora. Puxei ele pela gravata, e enterrei minha boca na dele, desesperado por qualquer fricção. Ele correspondeu com a mesma intensidade e derrepente, eu o senti deslizar pra dentro de mim, devagar.

E eu gemi, apertando minhas unhas nas costas dele por cima da roupa.

Não estava doendo. O que eu sentia era de alguma forma, só prazer. Isso considerando o tempo que não tínhamos feito nada...

E... ele começou a se mexer, e meu corpo a se sentir estranhamente bem com o ritmo dele, que não estava devagar. Ele apertou um pouco as mãos na minha cintura, murmurando coisas em um tom baixo mas... pelos deuses, aquilo estava muito bom.

Os olhos dele brilhavam em puro prazer, assim como a respiração dele estava começando a ficar agitada. As presas dele se tornaram visíveis, e ele... queria me morder. De novo.

E eu puxei aquele fio invisível que nos ligava, para lembrá-lo que já pertencíamos um ao outro emocional e fisicamente. E o chamei baixinho, até que ele retornasse, entrasse mais fundo dentro de mim, e me guiasse até o fim daquilo.

Assim que atingi meu ápice, fiquei ofegante. E ele continuou por um tempo até que tivesse que se forçar a sair de dentro de mim e gozar fora.

Eu queria xingá-lo muito por aquilo, por não me deixar tê-lo inteiro dentro de mim até o final. Mas sabia que não podíamos nem pra início de conversa estarmos fazendo aquilo.

Então deixei passar. Mais tarde, ele jurou que não faríamos aquilo de novo tão cedo.

Mas, ele quebrou aquela promessa quando sentiu necessidade daquilo de novo.

Vicious - TodoDekuOnde histórias criam vida. Descubra agora