Capítulo 6

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'Quanto mais doce o beijo, mais afiado os dentes. ' Ouvi a voz de minha avó em meus ouvidos. Ela nunca havia dito isto diretamente para mim, era apenas uma das frases que eu sempre a ouvia dizer pela casa. Seja para mamãe, ou para minha irmã Sara.

Sven me puxou para ele, me fazendo ficar sobre o seu corpo, passando as mãos por minha cintura e costas.

Encaixei minhas pernas ao redor dele, apoiei-me nos cotovelos e acariciei seus cabelos macios, enquanto me deliciava dos seus lábios mornos e suaves, sentindo-o passear as mãos pelo meu corpo.

Por dois segundos, cortei nosso beijo e respirei profundamente. Encaramos nos olhos. Ele abriu um sorriso e eu voltei a beija-lo com desejo.

Nosso beijo se tornou mais profundo, ousado... Assim como as mãos dele, que subiram o saiote do meu traje.

– Sven... – murmurei em seus lábios.

Seus dedos tocaram-me intimamente, e eu suspirei ao toque. Foi como se seus dedos trouxessem o inverno para dentro de mim, para em seguida aquecer-me como o sol de verão.

– Oh... – ele suspirou, e eu o encarei. – Você é pura... – ele disse, não era uma pergunta, ele afirmava. A surpresa passando em seus olhos.

– Sim... – eu disse de uma forma molenga, voltando a beija-lo.

No entanto, inesperadamente ele parou. Afastou-me dele e sentou-se ao meu lado.

– O que você...? – eu só queria entender o que havia acontecido.

– Você é pura. – ele disse outra vez. Sorriu surpreso, depois esbravejou.

– Sven? – me sentia estranha. Eu queria tê-lo, imediatamente, me tocando e beijando-me.

Ele voltou a deitar-se do meu lado e me puxou para seus braços, acarinhando-me os cabelos.

Estiquei-me e beijei seus lábios, ele correspondeu e nos entregávamos ao desejo novamente quando ele ficou imóvel.

Olhei em seus olhos, procurando por resposta.

– Não posso... – ele balançou o rosto, havia uma mistura de duvida e rancor em sua face. – Você nunca entenderia.

– Nunca estive desta forma com homem algum... – Murmurei, meus olhos queimaram, me senti magoada de uma forma que nunca imaginei que pudesse sentir. – Na verdade, eu nunca beijei alguém.

Sven me puxou para um beijo. Mas não o aprofundou.

– Sabe por que estou na floresta? – ele perguntou. De repente, seus olhos tinham um brilho sinistro. O que fez com que eu me afastasse instintivamente.

Sentei-me, e me encolhi. Proteger-me, era um instinto.

Sven sorriu outra vez, da mesma forma, com rancor e ódio.

– Porque está na floresta? – perguntei, engolindo um bile e controlando meu corpo tremulo de medo.

– Procurava por você.

Meu corpo se encolheu ainda mais. Meus olhos lacrimejaram. Eu queria levantar e correr, mas algo dentro de mim dizia que não seria o suficiente.

– Não exatamente você... – ele começou a dizer, seus olhos tinha um brilho sinistro enquanto seus lábios se retorciam em caretas de raiva. – Eu apenas preciso de uma pura.

– Por Odin, você é um demônio... – eu murmurei apavorada demais para gritar ou ter qualquer outra reação.

– Quase isso... – ele se aproximou e tocou meu rosto. – Mas algo em você me impede de lhe fazer qualquer mal... Eu me sinto estranho quando olho em seus olhos... Sinto-me incapaz de deixar que, quem eu sou de fato, lhe faço mal algum.

– Por que não vai logo embora? – eu perguntei, sentia raiva dele. – Ou me mata logo?

Sentia tanta raiva que mal podia encarar seus olhos.

Com calma, ele um puxou para ele e me beijou.

– Xiiii... – ele murmurou em meus lábios e continuou a beijar-me. – Estou confuso...

Sven me puxou para seu colo. Meu saiote subiu e eu estava exposta novamente.

– Oh, Sven... – gemi em seu colo, sentindo-o rijo, e remexendo-me em seu colo, buscando por algo desconhecido e que meu corpo clamava. – Me tome sua, ou me mate, não me importo mais...

Meu corpo sabia exatamente como reagir, o que fazer, mas minha mente estava um tanto confusa. Não sabia muito sobre o desejo carnal, e muito menos o que fazer.

– Não quero lhe machucar... – disse Sven. Seus dedos voltaram a tocar-me entre minhas pernas.

Gemi alto, tomada por um extremo prazer.

Sven parou o que fazia e seus dedos procurou pelas amarrações do meu traje... E aos poucos, estavamos nus, e o frio não incomodava... Seu corpo era tão quente.

– Anne, você me quer? – Ele perguntou.

Suas mãos estavam sobre meus peitos, pequenos, firmes, juvenis.

– Sven... Só peço que não vá embora. – Encarei seus olhos, estavam mais negros que antes.

– Mesmo que eu lhe cause dor, você iria confiar em mim? Iria continuar a me querer?

Seus dedos brincavam em meus mamilos e seus lábios sugavam minha pele no pescoço, orelha, e voltavam para meus lábios. Tirando-me o ar com beijos intensos.

– Sim, eu quero você. – Disse, completamente sem juízo. Apenas seguindo instintos insanos, carnais, lascivos.



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