Capítulo 2

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Era mais uma manhã como tantas outras...

Ao sair porta a fora da cabana, olhei para o céu acinzentado. As manhãs de chuva eram ainda mais tristes. 

Vovó remendava a rede de pesca, sentada em sua velha cadeira de balanço. Éramos apenas eu e ela... Desde que papai nos deixou.

– O inverno chegara mais cedo... – Vovó murmurou, com aquela voz cansada e mansa. Suas palavras eram sempre ditas com extrema calma. A calma de quem já viverá bastante.

– Por isso preciso caçar o máximo que conseguir. – Disse.

– A floresta ainda está muito escura a essa hora da manhã. – Vovó disse, sem tirar os olhos da rede de pesca. – Sabe os perigos que a escuridão oculta.

Não respondi, pois não queria pensar no passado. Então, fui até a vovó e beijei sua testa.

– Deseje-me sorte e proteção.

– Boa sorte. Que Odin lhe proteja.

Beijei sua mão em agradecimento e ao me levantar, peguei o machadinho pendurado numa das colunas da cabana.

– Afiou o punhal? – ela perguntou-me, como de costume.

Sorri em resposta.

– Vovó estarei de volta antes que termine de costurar essa rede.

Sobre os ombros, minha pele de urso cobria boa parte do meu corpo. Além e todo o couro que cobria meu corpo. As longas botas de pelo de coelho eram macias e me protegiam da umidade da floresta.

Em minha cintura, meu cinturão carregava pouco do que precisava para caçar, como meu punhal e cordas.

Havia muita neblina, a vegetação rasteira estava encharcada, era preciso muito cuidado para fazer o mínimo de ruídos possíveis e assim não espantar a caça.

Com facilidade, encontrei um coelho. Ele tentou fugir, e foi preciso atirar o punhal e depender de minha força e precisão para cravar a lamina no dorso do animal... Ainda assim, o peludo correu por algumas arvores até cair quase sem vida.

O sangrei, e em seguida o amarrei pelas patas em meu cinturão. Era importante tirar o sangue do animal. Assim, não corríamos o risco de estragar a carne ou deixar um trilha perigosa de sangue, qualquer predador poderia ser facilmente atraído pelo rastro de sangue.

A chuva tornou-se intensa de repente, e mesmo sabendo que não era inteligente caçar com o mal tempo, insisti. Vovó nunca errara a chegada do inverno. Precisávamos garantir o estoque de alimentos.

Um estalo na floresta me fez entrar em alerta. Abaixei-me, camuflando-me na mata, e fiquei à observar.

Ainda que estivesse escuro para ver além das arvores, e a chuva dificultasse por demais minha defesa, eu fora criada na mata, e aprendi a nunca abaixar a guarda.

Uma sombra começou a crescer por trás das árvores. Meu coração acelerou. Retirei meu punhal da cintura e me preparei. Só poderia ser um urso pardo, e para minha sorte, seria bom que ele não me encontrasse.

De uma árvore, morcegos se espantaram e fugiram. Causando uma algazarra nos galhos.

Seria meu fim, aquele urso iria me encontrar e nunca poderia vencê-lo.

Contudo, a agitação dos morcegos espantou o suposto urso. Vi a grande sombra se afastar até desaparecer completamente.

No fim daquela caçada, quando retornei para a cabana, decidi que não contaria a vovó sobre a presença de um urso Pardo. Reforçaria as armadilhas ao redor da cabana e ficaria atentar durante as noites.


Continua...

quando este conto conto tiver ao menos 1k de views, eu volto com mais um capítulo!

Beijos e mordidas!


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A Sombra do LoboOnde histórias criam vida. Descubra agora