Soturno (TobiIzu) HIATUS

três

Não gosto de por avisos assim, mas, peço quem estiver lendo, não seja leitor fantasma, um comentário já incentiva muito a continuar escrevendo.
Também gostaria de dedicar e agradecer as minhas quatro escritoras de tobiizu favoritas, graças a vocês estou perdendo medo de escrever algo meu e de minha autoria, e precisam que saibam que as fanfic de ambas me ajudam muito a ficar melhor, mesmo com tanta coisa ruim acontecendo comigo. Obrigada!!!
darkrooms_ BlossomHashimad _rayhxx LarryQuebrandoOTabu

"Você possui um coração coberto por cubos de gelos, querido..."

Como isso chegou a acontecer? Essas palavras e metáforas sem uma explicação fielmente concreta, enlouquece a qualquer um, como ele poderia saber que o rapaz escolhido para si mesmo é tão diferente do que ele jamais poderia imaginar, pensou que veria um homem assustado, não!, horrorizado pela situação que se encontrava em ser predestinado a olhos cor de fogo, e o coração tão gelado quanto os tempos de nevasca.

Tobirama sabia que assustava qualquer um que sequer olhasse pra si e seu olhar indiferente, analítico, e totalmente sem uma sequer demonstração ou expressão de gentileza. Mas isso não parecia intimidar o rapaz mais baixo a frente de si e com o olhar sob seu irmão, Hashirama,o jovem tinha um sutil sorriso empático e os olhos negros como a noite sem estrelas. Seus cabelos eram longos, muito maiores do que os de Hashirama, o jeito que ele ouvia atenciosamente ao irmão, realmente disposto a escutar suas boas vindas e breves cortejos.

Então esse é Izuna Uchiha?

Tão diferente, pela primeira vez o príncipe teve a impressão de até mesmo o ambiente sempre tão apático, mesmo que fosse a sala do trono, e por mais que quem mantinha se sob esse aposento fosse Hashirama, com seu jeito pacifista e gentil, pela primeira vez ele sentiu que até mesmo a luz do sol que nunca, em todas as vezes que estava naquela sala, jamais apresentou se tão iluminante sob as janelas, deixando que os belos vidros das vidraças fossem cobertas pela luz forte do sol. Desviando se desse breve acontecimento, voltou sua atenção aos dois homens que estavam presentes ali consigo.

- Espero que sinta se em casa Izuna, é um prazer finalmente ter conhecido o irmão mais novo de Madara, ele sempre falou muito bem sobre sua pessoa.- O rapaz de véus tão escuros quanto a pele de uma pantera, sorrio em resposta, desta vez, um sorriso realmente mais aberto e caloroso.

- Não se preocupe com nada em relação a seus pertences pessoais, já está tudo providenciado e organizado.- Após a sua fala, tranquila, o rapaz mais baixo assentiu mais uma vez com a cabeça.

Então você não é de falar tanto hm?

O albino, tentava ler o seu predestinado, da mesma forma como fazemos ao tentar decifrar uma metáfora. Mas Izuna Uchiha, mesmo que mantivesse sua postura delicada e elegante, não demonstrava medo algum, nem mesmo ao saber e perceber o homem enorme e de braços cruzados, próximo ao rei, o olhando analisticamente, enquanto mantinha se firme como uma grande muralha de pedra, aparentemente impenetrável e inquebrável, bom, se pelo menos era isso que o grandalhão queria passar a todos ali e principalmente a ele. Izuna nunca gostou de pré julgamentos ou achismos, para ele, saber que tipo de pessoa o outro é, é necessário diálogos e análises mais profundos, mas, ele também sabia que nem todo mundo pensará da mesma maneira que ele mesmo, e não poderia procrastinar tal fato, afinal, as pessoas tem seu direito e autonomia de pensarem da maneira que quiserem, mesmo que para si, alguns pensamentos e ideais fossem equivocados e até mesmo ignorantes. Mas isso não importava, o que importava agora era o príncipe dos olhos jasper de fogo, e cabelos tão brancos quanto flocos de neve. Ele era muito bonito, tinha que admitir, mesmo que mantivesse sua postura fria.

Ouviu o momento que o rei cochichou algo ao homem albino, onde o mesmo apenas assentiu e suspirou indo até onde o menor estava, encarando o nos olhos, o olhar vermelho como fogo encontrou se com o olhar negro como a noite sem estrelas.
Izuna sorriu de forma gentil para ele, lhe estendendo a mão em um comprimento formal, fazendo assim o grande príncipe olhar de certa forma surpreso, rapidamente para as mãos brancas e delicadas, as apertando brevemente em um cumprimento silencioso de boas vindas.

Ambos fazendo uma breve reverência ao rei, antes de Tobirama ser seguido pelo mais novo para fora da sala do trono.
Um pouco mais a frente do menor, a mente de Tobirama borbulhava com tantas coisas que aconteceram apenas com a chegada de seu predestinado, a luz solar que iluminava as janelas, como se até mesmo o maldito sol desse suas boas vindas a Izuna, enquanto sequer aparecia, mesmo que fosse um dia quente e sem uma nuvem alguma, na janela de seus aposentos. Tudo isso era muito estranho, principalmente o rapaz um pouco atrás de si, jurou que encontraria alguém extremamente nervoso, melancólico, totalmente triste pela situação que se encontrava agora, sem maneira ou forma de voltar atrás.

Sutilmente, o senju o olhou de canto de olho, o rapaz parecia apreciar todas as coisas que via enquanto caminhavam sobre o enorme corredor. Quando finalmente chegaram ao destino, Tobirama virou se dando de cara com um baixinho, carregando um sorriso animado consigo ao olhar pela janela próxima a porta do seu novo quarto.

- Vocês possuem um jardim com flores e plantas aqui?- Proferiu o moreno, voltando sua atenção ao albino, que pareceu um pouco surpreso pela pergunta repentina. Com um quarto gigantesco, ele pareceu muito mais empolgado com um simples jardim com algumas rosas e plantas, além de um chafariz e um banco logo a frente.

- Sim, nós temos, é um pequeno espaço apenas para decoração, agora venha, preciso mostrar seus aposentos.- Izuna somente assentiu, e esperou que o maior abrisse as portas, deixando o realmente impressionado com o tamanho e características do quarto, tinha tons mais claros e sutis como seu antigo quarto, tirando todo o luxo e pertences que ele acreditará serem presentes de boas vindas. Não era um homem materialista, mas, tinha de admitir que o quarto realmente o agradava, andando sutilmente para observar melhor todos os detalhes e lugares daquele aposento gigantesco. Ao olhar a grande janela, sorriu ao perceber mais uma vez os raios de sol invadindo todo o cômodo, aproximou se dá grande vidraça conseguindo abri lá sem tanto esforço. A luz do sol iluminava seu rosto, e o vento parecia assoprar delicadamente sua franja, como se também desejasse boas vindas. Enquanto de canto quase próximo a porta, o príncipe encarava tudo em total silêncio, percebendo que Izuna Uchiha, aparentava gostar muito de flores, plantas e a natureza em si, pelo menos era o que parecia, já que ele sorria igual um idiota sob a janela.

Ouvindo uma leve batida na porta, notou um dos guardas do palácio proferir educadamente, que pediam por sua presença em uma reunião naquele momento, o albino somente assentiu e o guarda retirou se para fora do quarto, antes de virar se de costas e ir fazer o que tinha de fazer, sua voz grossa e firme ecoou pelo cômodo.

- A um jardim imenso e cheio de todo tipo de flores, plantas e árvores. Caso quiser ir até lá agora, posso pedir para um dos guardas escolta-lo até o local.- E sem da a mínima chance do Uchiha mais novo dizer algo devolta, ele se foi, com a mesma pose e postura firme. Surpreso e ao mesmo tempo feliz, ele olhou para o céu azul e sem uma nuvem sequer, agradecendo a deusa e todos os outros por tudo ter dado certo até então. Indo em encontro a algum guarda que pudesse guia-lo até o jardim.

Tobirama Senju, era como uma parede de pedras, um muro impenetrável e inquebrável, mas algo sussurrará como a brisa de uma leve
ventania em seus ouvidos, que uma parede mesmo que seja firme e forte, não quer dizer que não tenha algumas rachaduras e além disso ele parecia ser como uma lua que escondia o lado mais obscuro, já que a mesma se dividi em duas partes, sendo uma impossível de se vê, mas, não significa que não esteja lá. E ele teve a impressão que o príncipe e futuro rei, tinha uma parte obscura dentro de si, e que ele fazia de tudo para omitir essa parte. Afinal de contas, nem todas as coisas são como aparentam a ser. E seu futuro cônjuge era muito mais do que ele queria mostrar.

"Enquanto seu coração se endurece com o frio, querido
eu me pergunto onde se foi o sol para descongelar as batidas e trazer lás de volta?"