Next War

CAPÍTULO 3: Sobrevivendo ao novo mundo

5 anos se passaram após o "fim do mundo" e muitas coisas aconteceram nesses anos. A primeira foi que sim eu sobrevivi, logo em seguida a explosão eu sai pelas ruas à procura de algum sobrevivente mas encontrei ruas destruídas e sem vida, parecia um pesadelo sem fim. Lojas em que eu frequentava com meus amigos agora eram restos de boas lembranças. Minha vida havia acabado. Eu não tinha mais família. Não tinha mais amigos. De agora em diante eu teria que aprender a viver naquele mundo se quisesse sobreviver.
Andando pela cidade eu tomei coragem de ir até em casa e verificar o que havia sobrado e se alguém ainda estava vivo, eu estava torcendo para que sim. Quando cheguei lá minhas expectativas foram quebradas como se um lutador de Boxing desse um cruzado de direita em mim, minha casa estava totalmente destruída, não havia sobrado nada e eu tinha certeza que ninguém sobreviveu. Como eu tinha certeza? O carro da minha mãe ainda estava na garagem, bem, pelo menos o que sobrou dele. Comecei a chorar parado em frente aos destroços, tinha perdido as pessoas que mais amava sem poder dizer um último eu te amo mãe, eu te amo vó, eu amo vocês seus bestas para os meus amigos, não consegui proteger vocês da explosão e eu sinto muito por isso, me desculpem.
Acordei uma hora depois com sons de gritos não tão longes de onde estava, eu acabei dormindo enquanto chorava no meio da rua mesmo sem me preocupar se um ladrão me assaltasse ou que um carro passasse por cima de mim, pelo menos era o que eu pensava. Me levantei e comecei a caminhar na direção dos gritos que haviam aumentado e pareciam mais desesperadores do que antes, eram de uma mulher. Quando cheguei próximo à origem dos gritos eu me escondi atrás de um carro e observei o que estava acontecendo, conseguia ver duas pessoas adultas e uma morta com o que parecia ser uma machadada bem no meio do rosto. Seu assassino estava de pé puxando o machado de seu rosto bruscamente olhando para a mulher sentada no chão aos berros implorando por ajuda.

-- Por favor eu imploro, me deixa ir!

Ele olhou para ela e então levantou o machado para dar o golpe final, era o fim dela. Não sei o que houve mas por um impulso de herói e peguei um pedaço de parede do chão e o golpei na nuca. Ele caiu mole e sem vida, uma poça de sangue se formava em volta de seu corpo, enquanto isso a mulher fugia para longe.

-- Meu Deus eu matei uma pessoa.

Eu estava em choque com tudo aquilo mas precisava achar um lugar para passar a noite antes que algo pior ou igual acontecesse. E foi o que eu fiz, nos primeiros dias eu dormia em carros e algumas casas que ainda estavam de pé, me alimentava com restos de comidas dos supermercados ou comida enlatada até eu encontrar o Giovani. Encontrei ele vasculhando comida em uma antiga padaria próximo ao lugar que eu passava a noite, a princípio tivemos uma pequena discussão por uma rosquinha mas algumas horas depois viramos amigos. Com o tempo fomos encontrados por um casal de professores que nos levou até um grupo de sobreviventes organizado pelo exército, achei que o pior tinha passado mas estava errado, muita merda iria acontecer ainda.

O governo estava certo sobre o cometa em relação ao Minério, ele seria essencial para a evolução tecnológica mas também seria responsável pela separação da humanidade e divisão das classes ricas e pobres. 6 meses depois da queda a poeira baixou e era hora da extração do Minério e a produção novas tecnologias começarem, os Estados Unidos foi o primeiro a instalar suas bases próximas ao cometa para marcar território, tinham medo de países como Rússia e China fossem os primeiros do mundo a colocarem suas mãos no Minério. 1 ano depois estávamos tentando nos reorganizar no mundo enquanto altas cidades eram criadas por cima de seus antigos destroços, Nova York agora se chamava Cardano e era o lar dos mais ricos e importantes dos Estados Unidos. Enquanto o resto da população teve que se adaptar se quisesse sobreviver, alguns formaram pequenos grupos mais distantes com suas próprias regras, eram chamados de Skelliges. Embaixo das grandes cidades a sanidade foi mantida e conseguimos construir nossos novos lares e empregos, eu por exemplo morava em cima de um submarino que foi parar entre dois prédios e trabalhava na extração do Minério, éramos chamados de Croks. Por um tempo achei que aquela seria a minha vida até os meus momentos de vida, trabalharia na extração até os meus dedos caírem mas estava errado, algo ainda me esperava.