15 - Tarde de irmãos

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Catarina Allen

 . Paramos em frente ao Empire Estate, desço e me despeço de Argos, entro e logo sou recebida pelo porteiro que me deixa subir direto, me senti importante. Eu entrei no elevador e apertei o botão do seiscentésimo andar , mais uma vez sou jogada de um lado para o outro e logo as portas se abriram e eu pude ver o Olimpo, vejo Killian, a serva que me ajudou da ultima vez, me esperando alguns passos mais a frente, sorrio e vou cumprimenta-la com minha mochila na mão.

- Olá Killian! - a cumprimento.- Olá senhorita, é um prazer revê-la - ela curva levemente a cabeça.

- Vamos! Não precisa de toda essa formalidade - digo - que tal irmos até meu quarto? Preciso arrumar minhas coisas.

- Claro senhorita, eu levo sua bagagem - ela pega a mochila em uma velocidade da qual eu até me desequilibrei um pouco - eu arrumarei suas coisas, aproveite para dar uma volta, até mais - e ela sai não me dando chance para contestar.

 . Franzo as sobrancelhas e cruzo meus braços resmungando, mas bom, vou aproveitar e fazer o que ela falou e dar uma volta. Ando até uma parte mais movimentada que descubro ser uma cidade, várias estátuas dos deuses estão espalhadas, sua arquitetura é inacreditável, sátiros, ninfas, dríades e outros seres andam para todos os lados, comprando nas barracas ou simplesmente andando e conversando, é lindo. Minha mãe tinha me apresentado a parte onde os deuses costumavam ficar a maior parte do tempo, acho que ela também não teve tempo de me apresentar esse mercado, vejo uma fonte mais a frente, sua água é cristalina e é rodeada por flores, exceto na parte que a liga com a estrada, vejo uma mulher de cabelos escuros sentada nela observando as flores, sorrio sabendo quem é.

- Deméter? - a chamo, ela se vira para mim surpresa.

- Catarina! Você chegou, que saudades - ela se levanta e aproxima de mim, ela me envolve em seus braços e me abraça.

- Tia.. eu não consigo...respirar! - falo sem ar.

- Oh! Perdão, só estou contente da minha sobrinha vir finalmente morar conosco no Olimpo - ela diz me soltando - Venha querida, vamos conversar, como foi no acampamento? 

 . Passo algum tempo conversando com Deméter, até que nós vimos um casal vindo em nossa direção, Perséfone e Hades, meu tio não parecia muito feliz de estar aqui, já minha tia/prima/irmã estava radiante.

- Catarina! Estávamos ansiosos pela sua chegada - ela diz.

- Tanto faz - diz Hades.

- Que malvado titio! - brinco com um bico infantil nos lábios - estou tão triste! Meu amado tio não me quer aqui! Bua! - finjo um choro, ele arqueia uma sobrancelha, eu paro de atuar e estreito os olhos para ele - eu ainda vou arrancar um sorriso seu, tio! - sorrio e corro tentando abraça-lo, mas ele desvia e eu tropeço quase caindo, olho emburrada para ele.

- Isso só vai acontecer no dia em que os animais falarem! - ele zomba e eu sorrio.

- Eles já falam tio! - eu respondo.

- É claro - ele debocha.

- É sério! Pelo menos eu consigo entender eles - eu digo, e ele parece confuso junto de Perséfone.

- Ow! Seu poder é relacionado aos animais! Que fofo! Estou tão orgulhosa querida - diz minha tia apertando minhas bochechas.

- Ai tia - reclamo mas ela não para.

- Mãe, se acalme, sim? Esta machucando ela - intervêm Perséfone.

- Catarina, não imaginei que estaria aqui - ouço uma voz atrás de mim, me viro e vejo minha mãe, meus olhos brilham e eu corro para abraça-la.

A HerdeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora